tag:blogger.com,1999:blog-59745348174655426572023-06-20T21:50:12.423-07:00Anatomia HumanaEscola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-48546506910560781882008-12-12T11:56:00.002-08:002008-12-12T11:57:26.562-08:00Introdução à Anatomia Humana<strong>Introdução à Anatomia Humana</strong><br /><br />Posição anatômica:<br />É a posição usada para poder descrever a localização de uma lesão ou estrutura.<br />Cabeça, olhos e palma das mãos (com dedos estendidos) voltados anteriormente. Braços unidos ao corpo. Membros inferiores unidos, pés paralelos e voltados anteriormente.<br /><br />Planos anatômicos do corpo:<br />- Mediano: é o plano vertical que corta o corpo longitudinalmente, dividindo-o em duas metades (direita e esquerda). O plano corta as linhas medianas das superfícies anterior e posterior do corpo.<br />- Sagital: são planos verticais que atravessam o corpo paralelamente ao plano mediano.<br />- Coronal ou Frontal: são planos verticais que atravessam o corpo formando ângulos retos com o plano mediano, dividindo o corpo em parte anterior (frontal) e posterior (dorsal).<br />- Transverso: são planos horizontais que atravessam o corpo formando ângulos retos com os planos mediano e frontal, dividindo o corpo em parte superior e inferior.<br /><br />Termos de relação:<br />Superficial, intermediário e profundo: ajuda a definir a posição de uma estrutura.<br />Medial: próxima ou mais próxima do plano mediano do corpo.<br />Lateral: está mais afastado do plano mediano.<br />Anterior: na face anterior, frontal ou ventral do corpo.<br />Posterior: na face posterior ou dorsal do corpo.<br />Dorso: face posterior ou dorsal de qualquer parte do corpo que se projete anteriormente.<br />Caudal: região glútea.<br />Superior: situado mais próximo ao vértice ou do ponto mais alto do crânio.<br />Inferior: situado mais próximo à planta dos pés.<br />Proximal: situado mais próximo à sua fixação ou sua origem.<br />Distal: situado mais distante à sua fixação ou sua origem<br />Ínfero-medial: mais próximo dos pés e do plano mediano.<br />Súpero-lateral: mais próximo do vértice e mais afastado do plano mediano.<br />Ipsilateral: relação entre duas estruturas situadas do mesmo lado do corpo.<br />Contralateral: relação entre duas estruturas situadas em lados opostos do corpo.<br /><br />Movimentos em plano coronal: abdução e adução;<br />Movimentos em plano mediano: flexão e extensão;<br />Movimentos em plano transverso: rotação.<br /><br />Definições:<br />Eixo: reta que passa pelo centro de um corpo e em volta da qual esse corpo executa movimento de rotação.<br />Planos: superfície plana limitada.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-69954567514300928402008-12-12T11:56:00.001-08:002008-12-12T11:56:43.192-08:00Osteologia<strong>Osteologia</strong><br /><br />O osso é constituído por cálcio, sais, vasos sangüíneos e componentes celulares – osteócitos (células ósseas) e matriz extracelular (orgânica e inorgânica).<br /><br />Aspecto macroscópico do osso:<br />Constituído de medula óssea (vermelha e amarela) e periósteo (ricamente vascularizado).<br /><br />Classificação (tipos) dos ossos:<br />- osso esponjoso (com medula óssea, que produz elementos do sangue);<br />- osso compacto.<br />Os tipos de ossos se diferenciam pela quantidade relativa de material sólido e pelo número e tamanho de poros contidos em si.<br />Todos os ossos possuem uma camada superficial de osso compacto ao redor de uma massa central de osso medular esponjoso; exceto quando este último é substituído por uma cavidade medular.<br />É nas cavidades medulares e nas trabéculas dos ossos esponjosos onde são formadas as células sangüíneas.<br /><br />Tipos de crescimento ósseo: intramembranoso e endocondral.<br /><br />Divisão do esqueleto: axial e apendicular.<br />Esqueleto axial: crânio, vértebras cervicais e osso hióide.<br />Esqueleto apendicular: cíngulo superior (escápula e clavícula), MMSS, cíngulo inferior (quadril e sacro) e MMII.<br /><br />Funções do esqueleto:<br />- proteção para estruturas vitais;<br />- sustentação para o corpo e suas cavidades vitais;<br />- base mecânica para o movimento;<br />- armazenamento de sais;<br />- produção de células sangüíneas.<br /><br />Classificação dos ossos:<br />- ossos longos (são ossos tubulares – exemplo: fêmur, úmero);<br />- ossos curtos (são ossos cubóides – carpos e tarsos);<br />- ossos planos (são ossos com função protetora – crânio: frontal, parietal);<br />- ossos irregulares (são aqueles que possuem várias formas diferentes – naso, vértebras, escápula);<br />- ossos sesamóides (desenvolvem-se entremeados com tendões, e são encontrados onde os tendões cruzam as extremidades de ossos longos nos membros; mudando o ângulo dos tendões e protegendo-os de desgaste excessivo – exemplo: patela).<br />- ossos heterotópicos (se formam nos tecidos moles onde não estão normalmente presentes).<br /><br />Ossificação:<br />O crescimento ósseo tem origem embrionária (mesênquima).<br />- Ossificação intramembranosa: ocorre diretamente do mesênquima.<br />- Ossificação endocondral: é formado um modelo cartilaginoso a partir do mesênquima, e a posterior ossificação deste modelo.<br /><br />O crescimento ósseo se dá a partir das epífises e diáfises dos ossos, que se calcificam na idade adulta, formando a sinostose ou “linha epifisal” (linha de junção formada durante o processo de fusão).<br /><br />O tecido conjuntivo reveste o osso, formando o periósteo; e reveste a cartilagem, formando o pericôndrio.<br />O periósteo e o pericôndrio nutrem a face externa do tecido esquelético e são capazes de depositar cartilagem e osso, consolidando as estruturas no caso de fraturas.<br /><br />Entre as costelas, existem 7 verdadeiras, 3 falsas e 2 flutuantes.<br /><br />Termos utilizados em acidentes ósseos:<br />Capítulo: cabeça articular pequena e redonda.<br />Côndilo: área articular arredondada, que geralmente ocorre em pares.<br />Crista: crista do osso.<br />Epicôndilo: eminência superior a um côndilo.<br />Fóvea: área plana e lisa, geralmente coberta por cartilagem, onde um osso articula-se com outro osso.<br />Forame: passagem através de um osso.<br />Fossa: área oca ou deprimida.<br />Sulco: depressão ou escavação alongada.<br />Cabeça: extremidade articular grande e redonda.<br />Linha: elevação linear.<br />Maléolo:processo arredondado.<br />Incisura: entalhe na borda de um osso.<br />Protuberância: projeção de osso.<br />Espinha: processo semelhante a um espinho.<br />Processo Espinhoso: parte que se projeta semelhante a um espinho.<br />Trocanter: elevação arredondada grande.<br />Tróclea: processo articular semelhante a uma roda, ou processo que atua como roldana.<br />Tubérculo: eminência pequena e elevada.<br />Tuberosidade ou Túber: grande elevação arredondada.<br /><br />Vascularização e inervação óssea:<br />As artérias entram nos ossos a partir do periósteo, uma camada de tecido conjuntivo que reveste o osso. As artérias periostais penetram por inúmeros pontos para nutrir o osso compacto. Por tanto, o osso cujo periósteo for removido, morre.<br />Próximo ao centro do corpo de um osso, uma artéria nutrícia passa obliquamente através do osso compacto e supre o osso esponjoso e a medula óssea.<br />Artérias metafisárias e epifisárias suprem as extremidades dos ossos.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-39019642838238143612008-12-12T11:52:00.000-08:002008-12-12T11:56:09.420-08:00Crânio e Coluna Vertebral<strong>Crânio e Coluna Vertebral</strong><br /><br />O crânio é composto por 22 ossos.<br />O crânio abriga o neurocrânio ou calvária (invólucro protetor do encéfalo e das meninges) e o viscerocrânio (esqueleto da face, protetor das cavidades nasal, oral, órbitas e aparelhos de mastigação).<br />O neurocrânio ou calvária é composto por 8 ossos: frontal, parietais, temporais, occipital, esfenóide e etmóide.<br />O viscerocrânio é composto por 14 ossos: lacrimais (2), nasais (2), maxilar (2), zigomático (2), palatino (2), conchas nasais inferiores (2), mandíbula (1) e vômer (1).<br /><br />A abóbada craniana é o teto do crânio. A base do crânio é um assoalho formado pelos ossos etmóide, partes do occipital e partes do temporal.<br /><br />Fossas do crânio:<br />- Fossa anterior: frontal, etmóide e esfenóide.<br />- Fossa média: ossos maiores do esfenóide, parte dos temporais lateralmente e posteriormente.<br />- Fossa posterior: occipital, esfenóide e temporal.<br /><br />Ossos que formam a órbita: esfenóide, etmóide, frontal, lacrimal, maxila e zigomático.<br />Ossos dos seios da face: etmoidal, frontal, maxilar e esfenoidal.<br /><br />Fontanela:<br />Nas suturas do recém-nascido existem grandes áreas de tecido fibroso denominados fontículos ou fontanelas, que tem a função de permitir o crescimento do cérebro e também mecanismos de defesa na criança em caso de quedas e inchaço cerebral.<br />O fontículo anterior é o mais proeminente, conhecido como “moleira”.<br />A depressão do fontículo indica desidratação.<br /><br />A coluna vertebral é composta por 33 ossos, sendo eles 7 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeos.<br />Sua função é a proteção da medula espinhal e nervos espinais, a sustentação do peso do corpo superior ao nível da pelve, a postura, a locomoção e oferecer um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e uma base estendida sobre a qual a cabeça está posicionada e gira.<br /><br />A vértebra é composta basicamente por corpo (anteriormente), pedículo (liga o corpo ao arco), arco (posterior ao canal medular), processo transverso (lateralmente), processo espinhoso (posteriormente ao arco) e pela lâmina (segmento que liga os processos transverso e espinhoso).<br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SULBeRXiu4I/AAAAAAAAAHY/eR924rMs2Jo/s1600-h/imagem2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278994439034026882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 272px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SULBeRXiu4I/AAAAAAAAAHY/eR924rMs2Jo/s320/imagem2.JPG" border="0" /></a> Características das vértebras cervicais:<br />São as únicas que possuem forame nos processos transversos (para passagem da artéria vertebral);<br />O corpo da vértebra cervical é retangular;<br />O processo espinhoso é bifurcado, fendido, com exceção de C7.<br /><br />As 2 primeiras vértebras cervicais são as únicas com nomenclatura:<br />C1 ou Atlas: corpo diferenciado.<br />C2 ou Axis;<br /><br />Características das vértebras torácicas:<br />O processo espinhoso é longo, oblíquo e apontado para baixo;<br />Articulam com as costelas pelas “faces articulares”.<br /><br />Características das vértebras lombares:<br />O corpo vertebral lombar é maior que nas outras vértebras;<br />O processo espinhoso é curto e reto.<br /><br />Discos intervertebrais:<br />Localizam-se entre uma vértebra e outra, com função de amortecer e diminuir o atrito entre as vértebras.<br />É constituído de tecido conjuntivo (colágeno).<br /><br />Hérnia de disco: é o extravasamento do núcleo pulposo através do anel fibroso, podendo ocorrer compressão da medula espinhal ou das raízes nervosas da cauda eqüina (feixes de nervos que transmitem estímulos nervosos para diversas partes), dependendo da altura da lesão.<br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SULBYbjuDxI/AAAAAAAAAHQ/MP2IxP8X8bk/s1600-h/imagem1.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278994338690240274" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 191px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SULBYbjuDxI/AAAAAAAAAHQ/MP2IxP8X8bk/s320/imagem1.JPG" border="0" /></a><br />Ligamentos que são atravessados durante uma anestesia peridural ou raque anestesia: supra-espinal, inter-espinal e amarelo.<br /><br />Curvaturas normais da coluna vertebral:<br />- cervical: côncava posteriormente (lordose);<br />- torácica: côncava anteriormente (cifose);<br />- lombar: côncava posteriormente (lordose);<br />- sacral: côncava anteriormente (cifose).<br /><br />Curvaturas anormais:<br />Cifose torácica excessiva;<br />Hiperlordose lombar;<br />Escoliose.<br /><br />Espinha Bífida: é uma anomalia congênita comum da coluna vertebral, na qual as lâminas (arcos neurais) de L5 e/ou S1 não se desenvolvem normalmente e não se fundem posteriormente no canal vertebral.<br />A epífise de um processo transverso não se funde.<br />Seu defeito é oculto pela pele sobrejacente, mas seu local é freqüentemente indicado por um tufo de pêlos.<br />A maioria das pessoas com espinha bífida oculta não tem problemas no dorso.<br />Um tipo raro é a espinha bífida cística, onde um ou mais arcos da vértebra não se desenvolvem completamente. Este tipo está associado com a herniação das meninges (meningocele, cisto meníngeo) e/ou da medula espinhal (meningomielocele).<br />Formas graves de espinha bífida resultam de defeito no tubo neural (fechamento incompleto do tubo neural durante a 4ª semana de desenvolvimento embrionário).<br /><div></div></div>Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-90380171147422760692008-12-12T11:49:00.000-08:002008-12-12T11:52:30.552-08:00Articulações<strong>Articulações</strong><br /><br />As articulações são o local de união ou junção entre dois ou mais ossos ou partes de ossos do esqueleto.<br />Podem ser simples ou compostas.<br /><br />Definição de junturas: união ou junção entre dois ou mais ossos ou partes rígidas do esqueleto.<br /><br />Classificação das junturas:<br />- Fibrosas:<br />Suturas - podem ser cerreada (como no crânio), lisas ou lineares (como no naso) e escamosa.<br />Sindesmose (membrana interóssea) – como entre o rádio e a ulna, e entre a tíbia e a fíbula no tornozelo.<br />Gonfose – unem os dentes ao crânio.<br />- Cartilaginosas:<br />Primárias ou Sincondrose (só cartilagem), como nas costelas com as vértebras, nas epífises e diáfises.<br />Secundária ou Sínfise (é fibrocartilagem: cartilagem e tecido fibroso), como nos discos intervertebrais e na sínfise púbica.<br />- Sinoviais: tem amplo grau de movimento, devido à cápsula sinovial (que permite essa amplitude). Tem líquido sinovial para facilitar a movimentação da articulação (produzido pela membrana sinovial).<br />É composta por cavidade articular, cavidade hialina e cápsula articular.<br />Em volta da articulação sinovial, existem os ligamentos que são os que mantém estáveis as articulações.<br />A juntura sinovial une os ossos por uma cápsula articular que se estende e reveste uma cavidade articular. A cavidade articular de uma articulação sinovial é um espaço virtual que contém uma pequena quantidade de líquido sinovial lubrificante, secretada pela membrana sinovial.<br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SULAe2Ic5CI/AAAAAAAAAHI/rSV_7Gb-NDc/s1600-h/imagem.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278993349391213602" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 243px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SULAe2Ic5CI/AAAAAAAAAHI/rSV_7Gb-NDc/s320/imagem.JPG" border="0" /></a> As articulações são ricamente inervadas, e por isso, quando traumatizadas, transmitem a sensação de dor.<br />Quando ocorre uma lesão articular (com distensão ligamentar, ou ruptura), células inflamatórias são conduzidas para o local, juntamente com o líquido intersticial, causando edema. O inchaço comprime os nervos articulares, causando ainda mais dor.<br /><br />Ligamentos do joelho: patelar, colateral da tíbia, colateral da fíbula, cruzado anterior e posterior, menisco-femoral e transverso do joelho.<br /><br />Os ligamentos unem dois ossos. Os tendões ligam músculos à ossos.<br /><br />Tipos de movimentos:<br />Rotação (giro ao redor do eixo longitudinal);<br />Flexão / Extensão;<br />Adução / abdução;<br />Circundação (associação de flexão, extensão, abdução e adução).<br /><br />Classificação funcional das articulações: de acordo com a amplitude de movimento.<br />- uniaxial: faz movimento em um único plano (exemplo: cotovelo).<br />- biaxial: faz movimento em dois planos (sagital e frontal).<br />- triaxial: faz movimentos em vários planos, como circundação (exemplo: articulação coxo-femoral).<br /><br />Classificação morfológica das articulações sinoviais:<br />- Esferóide<br />- Plana (entre costelas e coluna; entre a clavícula e o acrômio): movimento de deslizamento;<br />- Bicondilares ou condilares (joelho, coxo-femural);<br />- Gínglimo ou dobradiça (cotovelo);<br />- Trocóide;<br />- Selares;<br />- Elipsóides;<br /><br />Vascularização e inervação das articulações:<br />As articulações recebem sangue das artérias articulares originadas nos vasos ao redor das próprias. São ricas em inervação; as terminações nervosas se localizam na cápsula articular.<br /><div></div>Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-86847030823087646762008-12-12T11:47:00.000-08:002008-12-12T11:49:11.398-08:00Sistema Muscular<strong>Sistema Muscular</strong><br /><br />As células musculares são chamadas fibras musculares porque são longas e estreitas.<br />As fibras musculares produzem contrações que movimentam as partes do corpo.<br />O tecido conectivo associado transporta fibras nervosas e capilares para as fibras musculares à medida que as une em feixes ou fascículos.<br />Os músculos também dão forma e fornecem calor ao corpo.<br /><br />Tipos de músculos:<br />- Músculo Estriado Esquelético: movimenta os ossos em suas articulações e outras estruturas (mímica). Faz contrações fortes e rápidas.<br />É formado por fibras cilíndricas grandes, longas, não ramificadas e com estriações transversais. São arranjadas em feixes paralelos.<br />Tem núcleos múltiplos.<br />Sua estimulação é voluntária.<br />Localizam-se fixados ao esqueleto e às fáscias dos membros, a parede corporal e à cabeça e pescoço.<br />- Músculo Estriado Cardíaco: forma a maior parte das paredes do coração e partes adjacentes dos grandes vasos.<br />É formado por fibras mais curtas, ramificadas e anastomosadas com estriações transversas, correndo paralelas e unidas por junções complexas (discos intercalados), núcleo único e central.<br />Sua estimulação é involuntária, sua contração é rítmica, forte, rápida e contínua.<br />Age para bombear o sangue do coração.<br />- Músculo Liso: forma parte das paredes da maioria dos vasos e órgãos ocos. Movimenta substâncias através das vísceras, como o intestino e controla o movimento dos vasos sangüíneos.<br />É formado por fibras fusiformes, simples ou aglomeradas, pequenas, sem estriações, de núcleo único e central.<br />É de estimulação involuntária, de contração fraca, lenta, rítmica ou tônica sustentada.<br />Age principalmente para impelir substâncias (peristalsia) e para restringir o fluxo (vasoconstricção).<br />É encontrado nas paredes das vísceras ocas e vasos sangüíneos, fixados aos folículos pilosos da pele (músculo eretor dos pêlos).<br /><br />Músculo Esquelético:<br />A maioria dos músculos esqueléticos está fixada, direta ou indiretamente, nos ossos através de tendões, cartilagens, ligamentos, fáscias ou alguma combinação destas estruturas.<br />Alguns músculos esqueléticos estão fixados a órgãos (bulbo dos olhos), à pele (músculos da face) e à túnica mucosa (músculos intrínsecos da língua).<br />As fixações dos músculos são comumente descritas como origem e inserção. A origem normalmente é a extremidade proximal do músculo, que permanece fixa durante a contração muscular. E a inserção geralmente é a extremidade distal do músculo, que é móvel. Alguns músculos podem agir em ambas as direções sob circunstâncias diferentes.<br />As músculos esqueléticos produzem o movimento do esqueleto e de outras partes. São voluntários porque muitos deles podem ser controlados à vontade, embora algumas de suas ações seja automática (por exemplo: o diafragma se contrai automaticamente apesar de poder ser controlado voluntariamente).<br />Produzem movimento por encurtamento (eles puxam, nunca empurram). Contudo, certos fenômenos tiram proveito de toda a expansão dos ventres musculares durante a contração (por exemplo: o estalido dos ouvidos para equilibrar a pressão do ar e a bomba músculo-venosa).<br />A parte “carnuda” é o ventre do músculo. Alguns músculos são completamente carnudos, mas a maioria possui tendões que se fixam nos ossos.<br />O comprimento do músculo é a distância entre suas fixações ósseas.<br />Alguns tendões formam lâminas planas, ou aponeuroses, que fixam um músculo no outro.<br />Os músculos esqueléticos podem ser classificados de acordo com sua forma:<br />- músculo plano: com fibras paralelas freqüentemente possuindo uma aponeurose (exemplo: músculo oblíquo externo do abdome).<br />- músculo peniforme: são em forma de pena, podendo ser uni, bi ou multipeniforme, como o músculo deltóide.<br />- músculo fusiforme: é em forma de fuso (o ventre é grosso e arredondado, e as extremidades são afiladas), como por exemplo, o bíceps braquial.<br />- músculo quadrado: possui quatro lados iguais, como por exemplo, o pronador quadrado.<br />- músculo circular ou esfinctérico: envolve uma abertura ou orifício do corpo, comprimindo-a quando contraído (exemplo: músculo orbicular do olho).<br />A unidade estrutural de um músculo é uma fibra muscular. Uma unidade motora é a unidade funcional que consiste em um neurônio motor e as fibras musculares que ele controla. Quando um impulso nervoso alcança um neurônio motor na medula espinhal, um outro impulso é iniciado, levando todas as fibras musculares supridas por aquela unidade motora a se contraírem simultaneamente. A quantidade de fibras musculares varia de acordo com o tamanho e a função do músculo.<br />Os movimentos resultam da ativação de um número crescente de unidades motoras. Durante os movimentos do corpo, os músculos principais são colocados em ação.<br />Agonistas são os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, se contraindo ativamente para produzir o movimento desejado.<br />Antagonistas são os músculos que se opõem à ação dos agonistas. Quando um agonista se contrai, o antagonista se relaxa.<br />Sinergistas são os músculos que impedem o movimento da articulação interposta quando um agonista passa por cima de mais de uma articulação. Eles complementam a ação dos agonistas.<br />Fixadores fixam as partes proximais de um membro enquanto os movimento estão ocorrendo nas partes distais.<br />O mesmo músculo pode atuar como agonista, antagonista, sinergista ou fixador, sob situações diferentes (não ao mesmo tempo).<br /><br />Músculo de ação rápida: é aquele cuja tração atua normalmente ao longo da linha dos ossos aos quais está fixado e emprega a maior parte de sua força para manter o contato entre as faces articulares da articulação que cruza (exemplo: braquiorrdial).<br />Músculo de impulsão: é aquele que está posicionado mais transversalmente ao osso que ele movimenta, sendo capaz de movimentar rápido e eficientemente (exemplo: bíceps braquial).<br /><br />Músculo Cardíaco:<br />Forma o miocárdio, as paredes da aorta, a veia pulmonar e a veia cava superior.<br />Faz contrações involuntárias. A freqüência cardíaca é controlada intrinsecamente por um marcapasso composto de fibras musculares cardíacas especiais, que são influenciadas pelo sistema nervoso autônomo.<br />As fibras musculares cardíacas são cadeias de células musculares cardíacas unidas ponta a ponta por junções celulares.<br />É estriado. As estriações são atravessadas em intervalos por discos intercalados. A maioria de suas células tem um único núcleo.<br /><br />Músculo Liso:<br />Ausência de estriações.<br />Forma a parede da maioria dos vasos sangüíneos e a parte muscular da parede do trato digestivo. Está presente na pele (músculos eretores do pêlo) e no bulbo do olho.<br />É inervado pelo SNA, por tanto, é involuntário.<br />Sofrem contrações rítmicas (ondas peristálticas). Esse processo (peristalsia) impulsiona os conteúdos ao longo das estruturas tubulares.<br /><br />Túnel do Carpo<br />Túnel do carpo é um canal formado pela proeminência anterior dos ossos carpais externos, que lhe servem de base, e um ligamento transverso, que compõe o teto do túnel.<br />Por esse canal, passam o nervo mediano e nove tendões responsáveis pela flexão dos dedos. O nervo mediano que vem do antebraço e passa para a mão através desse canal estreito, enerva o polegar, as duas faces do indicador e do dedo médio e a face interna do quarto dedo.<br />A sensibilidade e a motricidade de parte do quarto dedo e o quinto dedo são supridas pelo nervo ulnar.<br />A síndrome do túnel do carpo resulta da compressão do nervo mediano, e é caracterizada por dor, alterações da sensibilidade ou formigamentos no punho, geralmente associada com movimentos manuais inadequados ou repetitivos.<br /><br />Canal de Guyon<br />O canal de Guyon é um túnel osteo-fibroso limitado pelo hamato e pisiforme. O teto é o ligamento transverso do carpo. Passam pelo canal a artéria e o nervo ulnar.<br />O canal de Guyon fica localizado parte proximal do punho.<br />Na síndrome do canal de Guyon, ocorre a compressão do nervo ulnar, devido a qualquer estreitamento de espaço ocupado pelo nervo, podendo ser relacionadas ao tipo de trabalho do indivíduo como pode ser também congênito . Os sintomas são de dor parestesias, fraqueza, intolerância ao calor, impotência funcional, garra ulnar, hipotrofia dos músculos interósseos e lumbricais.<br /><br />Pata de Ganso<br />A borda medial da tuberosidade da tíbia é denominada “pata de ganso”.<br />Na pata de ganso (Pes anserinus) se inserem os tendões dos músculos semitendíneo, grácil e sartório.<br />A tendinite da pata de ganso é uma inflamação da inserção dos tendões dos músculos sartório, grácil e semitendinoso na região medial do terço proximal da tíbia. A queixa clínica é a dor , localizada no compartimento medial do joelho e percebida ao caminhar. No exame físico a dor é bem localizada e desencadeada pela compressão do local.<br /><br />O cabo longo do semimembranáceo insere-se anteriormente na tíbia, passando e formando um leito ósseo, praticamente paralelo à superfície articular superior da tíbia. Este tendão também é usado nas operações de retensionamento, particularmente naquelas em que se objetiva a rotação interna da perna. Do lado medial os músculos da verdadeira pata de ganso: sartório, grácil e semitendíneo, este em 20% das vezes tem o seu tendão bifurcado na inserção tibial.<br /><br />Músculos do jarrete<br />Os músculos do jarrete: músculo bíceps da coxa, o músculo semitendíneo e semimembranáceo.<br />Estes músculos são assim chamados porque se os seus tendões forem cortados, por trás do joelho, este deixa de poder se fletir impedindo o andar, ficando o paciente impotente para dar um passo tal como um “velho jarreta”.<br /><br />Região Poplítea<br />É a região formada pelo semitendíneo, bíceps femural e o gastrocnêmio; situada atrás do joelho. Nela há o trígono poplíteo superior, formado por: músculo bíceps femural (lateralmente); e músculo semitendinoso e semimembranoso (medialmente).<br /><br />O vértice do Trígono Poplíteo Superior é formado pelo Anel dos Músculos Adutores (Anel de HUNTER) que marca o nível ótimo para a amputação do membro inferior nos casos em que tal procedimento se faz necessário.<br />O Conteúdo do trígono poplíteo superior é:<br />- a bifurcação do nervo ciático, originado do plexo sacral, em ciático lateral (ou nervo fibular) e em ciático medial (ou nervo tibial);<br />- a artéria e veia poplíteas.<br /><br />Canal dos adutores<br />É uma passagem longa e estreita no terço médio da coxa. Estende-se do ápice do trígono femural, onde o sartório cruza sobre o adutor longo até o hiato dos adutores, no tendão do adutor magno.<br />O canal dos adutores proporciona uma passagem intramuscular para artérias e veias femorais, o nervo safeno e o nervo para o vasto medial, levando os vasos femurais até a fossa poplítea, onde tornam-se vasos poplíteos.<br />O canal dos adutores é limitado ântero-lateralmente pelo vasto medial, posteriormente pelos adutores longo e magno e medialmente pelo sartório.<br /><br />Região do trígono femoral (m. sartório, ligamento inguinal e m. adutor longo)<br />Trígono femural ou trígono de Scarpey<br />Esse trígono é delimitado por:<br />- Ligamento Inguinal (superiormente);<br />- Músculo Sartório ou Costureiro (lateralmente);<br />- Músculo Adutor Mediano (medialmente).<br />O assoalho desse trígono é formado por:<br />- Músculo Pectíneo (medialmente);<br />- Músculo Psoas-ilíaco (lateralmente).<br />O conteúdo desse trígono, do medial para o lateral:<br />- Veia Femural Comum;<br />- Artéria Femural Comum;<br />- Nervo Femural (originado do plexo lombar).<br /><br />O nervo femoral faz inervação motora dos músculos da região ântero-medial da coxa, além de inervar sensitivamente a parte medial da coxa e da perna.<br />A veia femoral é a continuação da veia poplítea, que faz a drenagem venosa profunda do membro inferior.<br />Além disso, ela também recebe a veia safena magna que, juntamente com a safena parva, fazem a drenagem venosa superficial do membro inferior.<br />A irrigação arterial da coxa, região hipogástrica, pudenda e da perna se faz pela artéria femoral e seus ramos.<br /><br />O ligamento inguinal é originário do músculo oblíquo externo ou maior do abdome, indo da espinha ilíaca antero-superior até a sínfise púbica. Com 2 orifícios:<br />- Óstio Lateral - Óstio Crural - por onde atravessa o VAN femural;<br />- Óstio Medial - por onde passa o funículo ou cordão espermático.<br /><br />Bainha femoral<br />É um prolongamento da fáscia transversal que passa por baixo do ligamento inguinal e distingue três compartimentos. No lateral, está a artéria femoral, no médio, a veia femoral e o medial é denominado canal femoral. Este canal é o menor dos compartimentos e normalmente contém vasos linfáticos e tecido adiposo. Neste local pode haver a protrusão de vísceras da cavidade peritoneal, constituindo a hérnia femoral ou crural.<br /><br />Canal dos adutores<br />É formado por fáscias no qual passam os vasos femorais da face anterior da coxa para a fossa poplítea. É limitado anteriormente pelo músculo sartório, ântero-medialmente pelos músculos vasto medial e fibras do adutor magno e, lateralmente, pelo músculo vasto medial. Passam pelo canal a artéria femoral, a veia femoral e o nervo safeno.<br /><br />Hiato safeno<br />A cerca de quatro centímetros abaixo do ligamento inguinal, lateralmente ao tubérculo púbico, encontra-se uma abertura denominada de hiato safeno, pela qual passa a veia safena magna antes de desembocar na veia femoral. É preenchido por um tecido frouxo: a fáscia crivosa.<br /><br />Tipos de pé - o arco longitudinal medial divide o pé em três tipos básicos:<br />- pé Normal;<br />- pé Plano ou Pé Chato;<br />- pé Cavo.<br /><br />Esses três tipos de pé diferem no seu Podoglifo, impressão formada pela sola do pé, mostrando o arranjo do arco longitudinal medial.<br />O pé plano ou pé chato é a causa mais comum de genuvalgo (joelhos ficam próximos) e genuvaro (joelhos ficam afastados, dando a perna a forma de um arco).<br /><br />Outra divisão para os pés se baseia no comprimento dos dois primeiros pododáctilos, e é a seguinte:<br />- pé Egípcio - o comprimento do hálux é maior que o do segundo pododáctilo;<br />- pé Grego - o comprimento do segundo dedo é maior que o do hálux;<br />- pé Quadrado - os comprimentos dos dois primeiros pododáctilos se equivalem, é o tipo mais comum entre os brasileiros.<br /><br />As patologias mais comuns envolvendo os pés são:<br />Pé eqüino: houve um encurtamento do tendão de Aqüiles, fazendo com que a pessoa não encoste o calcâneo no chão ao caminhar.<br />Pé equinovaro: é o pé torto congênito, a pessoa apoia o dorso do pé ao caminhar.<br />Pé equinovalgo: a pessoa apoia-se no arco medial (parte interna do pé) ao andar.<br />Pé invertido ou “pé-de-papagaio”: a pessoa encosta a ponta de um pé no outro ao pisar, pois seu pé fica numa posição de inversão permanente.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-52984651449137228862008-12-12T11:37:00.000-08:002008-12-12T11:46:32.134-08:00Sistema Circulatório<strong>Sistema Circulatório</strong><br /><br />É a rede de transporte formado pelo coração e vasos sangüíneos. Por meio desse sistema, o coração bombeia sangue através do vasto sistema de vasos do corpo.<br />O sangue carrega nutrientes, oxigênio e substâncias residuais das células.<br />O sangue, sob pressão alta, deixa o coração e é distribuído pelo corpo através das artérias de parede espessa.<br />Os vasos de distribuição final, arteríolas, entregam sangue oxigenado para os capilares, que formam o leito capilar.<br />Nos capilares, o sangue oferece oxigênio e nutrientes para as células, retendo escórias e dióxido de carbono.<br />O sangue proveniente do leito capilar penetra nas vênulas de parede fina.<br />As vênulas drenam para as pequenas veias que se anastomosam em grandes veias até retornarem ao coração, onde serão bombeadas para o pulmão para se re-oxigenarem.<br /><br />Artérias<br />Carregam sangue do coração para os órgãos.<br />Suas paredes tem 3 túnicas:<br />- túnica adventícia;<br />- túnica média;<br />- túnica íntima (endotélio, subendotélio, membrana basilar e lâmina elástica).<br /><br />Existem três tipos de artérias:<br />- artérias elásticas ou de condução: são as maiores; o corpo é capaz de manter sua pressão sangüínea no sistema arterial por causa de sua elasticidade.<br />Exemplo: aorta e ramos que se originam do arco da aorta.<br />A elasticidade permite expandir-se quando o coração contrai e retornar ao normal entre as contrações cardíacas.<br />- artérias musculares ou de distribuição: distribuem o sangue para várias partes do corpo. Suas paredes consistem principalmente de fibras musculares lisas dispostas circularmente. Regulam o fluxo de sangue para diferentes partes, conforme as necessidades do corpo.<br />Exemplo: artéria femoral.<br />- arteríolas: são as menores, têm lumens estreitos e paredes musculares espessas.<br />O grau de pressão arterial dentro do sistema vascular é regulado principalmente pelo grau de tônus do músculo liso nas paredes arteriolares. Se o tônus está acima do normal, ocorre hipertensão arterial.<br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK-f7bGFfI/AAAAAAAAAHA/4E3PwFq1G8A/s1600-h/imagem3.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278991168968201714" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 244px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK-f7bGFfI/AAAAAAAAAHA/4E3PwFq1G8A/s320/imagem3.JPG" border="0" /></a> 1º Ramo arterial da curva da aorta: tronco braquiocefálico arterial, que se subdivide em:<br />a) Artéria subclávia direita (vai para o encéfalo, medula espinhal, pescoço e ombro);<br />b) Artéria carótida comum direita (vai para a cabeça e pescoço).<br />2º Ramo arterial da curva da aorta: Artéria carótida comum esquerda (vai para a cabeça e pescoço).<br />3º Ramo arterial da curva da aorta: Artéria subclávia esquerda (vai para o encéfalo, medula espinhal, pescoço e ombro).<br /><br />Distribuição das artérias dos membros superiores:<br />Subclávia: distribui para encéfalo, medula espinhal, pescoço e ombro.<br />Axilar: distribui para ombro, músculos torácicos e escapulares e úmero.<br />Braquial: distribui para braço.<br />Radial: distribui para face lateral do antebraço, punho e mão.<br />Ulnar: distribui para face medial do antebraço, punho e mão.<br />Arco Superficial Palmar: distribui para palma da mão e dedos.<br />Arco Profundo Palmar: distribui para palma da mão e dedos.<br /><br />Distribuição das artérias dos membros inferiores:<br />Ilíaca Comum: distribui para pelve, genitália externa e membros inferiores.<br />Ilíaca Interna: distribui para pelve, nádegas, genitália externa e coxa.<br />Ilíaca Externa: distribui para membros inferiores.<br />Femoral: distribui para virilhas e músculos da coxa.<br />Poplítea: distribui para região posterior da perna, joelho, fêmur, patela e fíbula.<br />Tibial Anterior: distribui para joelho, músculos anteriores da perna e tornozelo.<br />Tibial Posterior: distribui para músculos, ossos e articulações das pernas e dos pés.<br />Fibular: distribui para músculos profundos da região posterior da perna, músculos fibulares, fíbula, tarso e face lateral do calcanhar.<br />Dorsal do Pé: distribui para músculos e articulações da face dorsal do pé.<br />Plantar Lateral: distribui para metatarsos e artelhos.<br />Plantar Medial: distribui para flexor curto dos dedos, adutor do hálux e dedos.<br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK-LZ-aeHI/AAAAAAAAAG4/1gC4-jUdC5E/s1600-h/imagem2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278990816392149106" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 288px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK-LZ-aeHI/AAAAAAAAAG4/1gC4-jUdC5E/s320/imagem2.JPG" border="0" /></a> Circulação colateral:<br />São canais opcionais de fluxo sangüíneo que ocorrem no caso de obstrução de canais principais, garantindo o suprimento sangüíneo para as estruturas distais à obstrução.<br />Isso é possível devido à existência de anastomoses (comunicações) entre os ramos das artérias, que servem como desvio para o fluxo sangüíneo.<br />Quando uma artéria principal é ocluída por algum motivo (compressão, posição, ligadura cirúrgica, êmbolo sangüíneo, metastático ou gorduroso), artérias opcionais de menor tamanho podem aumentar seu diâmetro e suprir as estruturas irrigadas pela artéria ocluída.<br />Existem locais que não têm circulação colateral, ou onde essas são ineficientes. As artérias que não fazem anastomoses com outras adjacentes são denominadas artérias anatômicas ou artérias terminais verdadeiras.Isso ocorre na retina, cuja oclusão arterial resulta em cegueira.<br />Artérias terminais funcionais são aquelas que cujas anastomoses são ineficazes. Por exemplo: as coronárias podem ter anastomoses eficientes ou não; isso pode depender de tempo para a circulação colateral ser criada; quando não conseguem, são chamadas “artérias terminais funcionais”.<br /><br />Veias<br />Trazem o sangue dos leitos capilares para o coração.<br />As grandes veias pulmonares são atípicas porque carregam sangue bem oxigenado (arterial) dos pulmões para o coração.<br />Por causa da pressão sangüínea baixa no sistema venoso, as paredes das veias são mais finas do que aquelas de suas artérias companheiras.<br />As menores veias são as vênulas.<br />A pressão sangüínea dentro das veias é baixa, o que não ajuda no fácil retorno venoso ao coração.<br />As veias de tamanho médio, nos membros e em outros locais onde o fluxo de sangue é contrário à força da gravidade, têm válvulas laminares que não permitem o sangue retornar no sentido oposto.<br />Existem duas bombas venosas responsáveis por manter o fluxo sangüíneo venoso: a bomba arteriovenosa (onde a pressão arterial impulsiona o sangue em direção ao coração) e a bomba músculo-venosa (a expansão externa dos ventres dos músculos esqueléticos dos membros, limitados pela fáscia profunda, comprime as veias ordenhando o sangue superiormente e os bombeiam ao coração).<br />Uma veia grande, como por exemplo a veia cava superior, é caracterizado por amplos feixes de músculo liso longitudinal e uma túnica adventícia bem desenvolvida.<br />As veias podem ser duplas ou múltiplas. Aquelas que acompanham artérias profundas (veias acompanhantes) envolvem-nas em uma rede irregular de ramos. As veias acompanhantes ocupam uma bainha vascular relativamente inflexível com as artérias que elas acompanham. Como resultado, elas são esticadas e achatadas à medida que a artéria se expande durante a contração do coração, o que auxilia na condução do sangue venoso em direção ao coração.<br /><br />Mecanismo de surgimento de varizes nos membros inferiores:<br />Quando as paredes das veias perdem sua elasticidade, elas se tornam fracas. Uma veia enfraquecida dilata sob a pressão da sustentação de uma coluna de sangue contra a gravidade. Isso resulta em veias varicosas, distendidas e edemaciadas.<br />Isso é observado com maior freqüência nas pernas devido a ser lá que a pressão ortostática do sangue venoso é maior, principalmente quando o paciente fica muito tempo de pé.<br />As veias varicosas possuem um calibre maior que a normal, e as válvulas não impedem o sangue venoso de voltar, uma vez que estão destruídas pela inflamação ou outros fatores idiopáticos.<br />Devido a essas válvulas incompetentes, a coluna de sangue retroage, aumentando ainda mais a pressão sobre as paredes venosas e fazendo a varicosidade evoluir.<br />A veia varicosa também ocorre na presença de degeneração da fáscia muscular, devido a sua incapacidade de conter a expansão muscular, inativando assim a bomba músculo-venosa.<br /><br />Distribuição das veias dos membros superiores:<br />Superficiais:<br />Cefálica: drena a face lateral do membro superior.<br />Basílica: drena a face medial do membro superior.<br />Mediana: drena a palma da mão e antebraço.<br />Profundas:<br />Radial: drena a face medial do antebraço.<br />Ulnar: drena a face lateral do antebraço.<br />Braquial: drena o antebraço, cotovelo, braço e úmero.<br />Axilar: drena o braço, a axila e a parede torácica súpero-lateral.<br />Subclávia: drena o braço, o pescoço e a parede torácica.<br /><br />Distribuição das veias dos membros inferiores:<br />Superficiais:<br />Safena magna: drena a face medial da perna e coxa, virilha, genitália externa e parede abdominal.<br />Safena parva: drena os pés e face posterior da perna.<br />Profundas:<br />Tibial posterior: drena o pé e músculos do compartimento posterior.<br />Tibial anterior: drena o tornozelo, joelho e face anterior da perna.<br />Poplítea: drena o joelho, músculos e ossos da perna e coxa.<br />Femoral: drena os músculos da coxa, fêmur e genitália externa.<br />Ilíaca externa: drena o membro inferior e a parede abdominal.<br />Ilíaca interna: drena a coxa, a nádega, genitália externa e pelve.<br />Ilíaca comum: drena a pelve, a genitália externa e o membro inferior.<br />Cava inferior: drena os membros inferiores, pelve e abdome.<br /><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK99YzaYQI/AAAAAAAAAGw/00CpDNwxSiI/s1600-h/imagem1.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278990575559401730" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 254px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK99YzaYQI/AAAAAAAAAGw/00CpDNwxSiI/s320/imagem1.JPG" border="0" /></a> <div>Capilares<br />São tubos endoteliais simples que ligam o lado arterial e venoso da circulação. Geralmente estão dispostos em rede, chamados leitos capilares, entre as arteríolas e as vênulas.<br />Em algumas regiões, como nos dedos, existem conexões diretas entre artérias e veias pequenas próximas ao leito capilar que elas suprem e drenam. Os locais de tais comunicações, anastomoses arteríolovenulares (desvio AV) permite que o sangue passe diretamente do lado arterial para o venoso da circulação, sem passar pelos capilares.<br />Os desvios AV na pele são numerosos, e possuem um papel importante na conservação do calor do corpo.<br /><br />Na circulação terminal dos dedos não se deve usar anestesia com vasoconstrictor, pois não há circulação colateral; e se houver lesões dos vasos, ocorrerá necrose na ponta dos dedos.<br /><br />Sistema Linfático<br />É parte do sistema circulatório, composta de vasta rede de vasos linfáticos que estão conectados com linfonodos, pequenas massas de tecido linfático.<br />Também inclui órgãos linfáticos, como o baço.<br />A linfa é um líquido tecidual que entra e é transportada por um vaso linfático. É clara e aquosa, possuindo os mesmos componentes que o plasma sangüíneo.<br />O sistema linfático é constituído de:<br />- plexos linfáticos: rede de vasos muito pequenos que se originam nos espaços intercelulares da maioria dos tecidos.<br />- linfáticos: rede de vasos linfáticos que se originam dos plexos linfáticos, ao longo dos quais os linfonodos estão localizados.<br />- linfonodos: filtros através dos quais a linfa passa no seu caminho para o sistema venoso.<br />- agregados de tecido linfóide: estão nas paredes do canal alimentar, no baço e no timo.<br />- linfócitos circulantes: células formadas no tecido linfóide tais como linfonodos, baço e tecido mielóide da medula óssea.<br /><br />Após atravessar em um ou mais linfonodos, a linfa entra nos vasos linfáticos maiores (troncos linfáticos) que se unem para formar o ducto torácico ou o ducto linfático direito.<br />O ducto torácico começa no abdome como uma bolsa (a cisterna do quilo) e sobe através do tórax e entra na junção das veias jugular interna e subclávias esquerdas, pelo ângulo venoso.<br />O ducto linfático direito drena a linfa do lado direito da cabeça e pescoço, do MSD e da metade direita da cavidade torácica. O ducto torácico drena a linfa do restante do corpo.<br />Vasos linfáticos superficiais estão na pele e no tecido subcutâneo. Esses vasos drenam os vasos linfáticos profundos, situados na fáscia profunda entre os músculos e o tecido subcutâneo, que acompanham a maioria dos vasos sangüíneos.<br /><br />Funções do sistema linfático:<br />Drenagem do líquido, coleta do plasma linfático dos espaços teciduais e transporte da linfa para o sistema venoso.<br />Absorção e transporte de gordura, no qual capilares linfáticos especiais (lácteos) recebem toda a gordura absorvida do intestino, e conduzem o quilo através do ducto torácico para o sistema venoso.<br />Formação de um mecanismo de defesa para o corpo.<br /><br />Câncer e o sistema linfático:<br />O câncer pode se disseminar por contigüidade (crescimento para o tecido adjacente) ou por metástase (disseminação para locais distantes do tumor original).<br />A metástase pode ocorrer por semeadura direta (das membranas serosas das cavidades corporais), por disseminação linfogênica (através dos vasos linfáticos) ou por disseminação hematogênica (através dos vasos sangüíneos).<br />Na disseminação linfogênica (mais comum), a metástase é filtrada e aprisionada pelos linfonodos, que se tornam locais de câncer secundário.<br />Assim, ao remover um tumor potencialmente metastático, o cirurgião determina o estágio da metástase, removendo e examinando os linfonodos na ordem de passagem da linfa.<br /><br />Linfangite é a inflamação secundária dos vasos linfáticos e linfadenite, a inflamação dos linfonodos. Isto ocorre quando o sistema linfático está envolvido no transporte químico ou bacteriano após um traumatismo grave ou uma infecção.<br />São estriações vermelhas na pele acompanhadas de linfonodomegalia.<br />Uma infecção não contida pelos linfonodos pode tornar-se uma septicemia.<br />O linfedema é o acúmulo localizado de líquido intersticial, e ocorre quando a linfa não drena uma área do corpo.<br />Por exemplo: pessoas operadas de câncer na axila, em que foram retirados os linfonodos, podem evoluir com um edema local (linfedema) de MS. Pessoas que tem câncer com metástase linfogênica também podem apresentar linfedema, uma vez que as metástases podem formar êmbolos nos vasos linfáticos.<br /> </div></div></div>Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-22414513058399739332008-12-12T11:33:00.000-08:002008-12-12T11:36:16.091-08:00Coração e Sistema Circulatório<strong>O Coração e o Sistema Circulatório</strong><br /><br />A posição anatômica do coração<br />O coração localiza-se na cavidade torácica, no mediastino. Dois terços do seu volume estão situados à esquerda da linha sagital mediana. Esta posição, chamada de levocárdica, é a mais freqüente. Variações na posição do coração em relação ao tórax podem ocorrer. A forma do coração é aproximadamente cônica, com a base voltada para trás e para a direita, e o ápice para a frente e para a esquerda.<br />- Anteriormente, o coração relaciona-se com os pulmões, o esterno, costelas e músculos intercostais;<br />- Inferiormente com o diafragma;<br />- Posteriormente com a aorta descendente, esôfago e veia ázigos;<br />- Lateralmente com os pulmões, hilos pulmonares, nervos frênicos e vagos.<br /><br />Situado dentro do tórax, num espaço chamado de mediastino que fica entre os dois pulmões (limites laterais), por cima do diafragma (limite inferior), na frente da coluna vertebral, em sua porção torácica, e por trás do osso esterno.<br /><br />A Grande e Pequena Circulação<br />A Grande Circulação, ou circuito sistêmico, é a designação dada à parte da <a title="Circulação sanguínea" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o_sangu%C3%ADnea">circulação sanguínea</a> que se inicia no <a title="Ventrículo esquerdo" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ventr%C3%ADculo_esquerdo">ventrículo esquerdo</a>. Dali, o <a title="Sangue" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue">sangue</a> (<a title="Sangue arterial" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue_arterial">sangue arterial</a>) é bombeado pela contração do ventrículo esquerdo para a <a title="Aorta" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aorta">aorta</a>. Esta divide-se para os <a title="Órgão" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o">órgãos</a> principais do nosso <a title="Corpo humano" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humano">corpo</a> (com exceção dos pulmões), onde se utiliza o <a title="Oxigénio" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%A9nio">oxigênio</a>. O <a title="Sangue venoso" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue_venoso">sangue venoso</a> ou seja, o que é pobre em oxigênio, (nesta etapa da circulação, já que o mesmo não acontece na <a title="Pequena circulação" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pequena_circula%C3%A7%C3%A3o">pequena circulação</a>) volta ao <a title="Coração" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o">coração</a> pelas <a title="Veia cava" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_cava">veias cavas</a>, introduzindo-se assim no<a title="Átrio direito" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81trio_direito"> átrio direit</a>o. Do átrio o sangue passa para o ventrículo direito através do orifício atrioventricular, onde existe a válvula tricúspide. Assim, a grande circulação começa no ventrículo esquerdo e termina no átrio direito.<br />Na Penquena Circulação, o <a title="Sangue venoso" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue_venoso">sangue venoso</a> que se encontra no <a title="Ventrículo direito" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ventr%C3%ADculo_direito">ventrículo direito</a> vai para as <a title="Tronco da artéria pulmonar" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tronco_da_art%C3%A9ria_pulmonar">artérias pulmonares</a> dirigindo-se para os <a title="Pulmão" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pulm%C3%A3o">pulmões</a>, onde se realiza a <a title="Hematose pulmonar" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hematose_pulmonar">hematose pulmonar</a>. O <a title="Sangue arterial" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue_arterial">sangue arterial</a> volta ao <a title="Coração" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o">coração</a> através das 4 <a title="Veia pulmonar" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_pulmonar">veias pulmonares</a>, entrando no átrio esquerdo.<br /><br />Divisões do pericárdio e sua função<br />O coração está contido no pericárdio, que é um saco fibro-seroso de parede dupla, através do qual relaciona-se com o coração e as raízes de seus grandes vasos. O pericárdio é constituído por duas lâminas: a parietal e a visceral. A primeira apresenta uma porção externa e resistente, chamada de pericárdio fibroso, que é praticamente inextensível, sendo composta por uma densa camada de feixes coláge­nos e fibras elásticas.<br />O pericárdio parietal é revestido internamente por uma serosa. Ele envolve o coração como se fosse uma bolsa desde o ápice até a base, onde se funde com a adventícia dos grandes vasos. Inferiormente, o pericárdio fibroso confunde-se com o centro tendíneo do diafragma, ao qual está firmemente aderido formando o ligamento frenopericárdico. O pericárdio fibroso, posteriormente, é fixado por tecido conectivo frouxo às estruturas do mediastino superior, relacionando-se com a aorta torácica e com o esôfago. Em suas faces laterais adere à pleura mediastinal, exceto quando dela separado pelos nervos frênicos, formando a membrana pleuropericárdica.<br /><br />A lâmina visceral ou epicárdio, está densamente aderida à superfície das câmaras cardíacas. O pericárdio seroso é um saco fechado e invaginado, sendo normalmente virtual a cavidade delimitada entre suas duas lâminas, a qual contém líquido pericárdico que lubrifica as superfícies, diminuindo o atrito durante os movimentos cardíacos. As lâminas do pericárdio fundem-se próximo aos vasos da base, refletindo-se para o coração. No interior da cavidade pericárdica encontram-se dois recessos ou seios: o seio transverso, que se apresenta como um túnel entre a superfície dos átrios e a superfície posterior das grandes artérias, e o seio oblíquo, localizado junto ao átrio esquerdo e limitado pela reflexão do pericárdio em torno das veias pulmonares e da veia cava inferior.<br />A vascularização do pericárdio é realizada pelos ramos pericardicofrênicos das artérias torácicas internas e através dos ramos pericardíacos das artérias brônquicas, esofágicas e frênica superior. Esses vasos apresentam anastomoses extracardíacas com as artérias coronárias. O pericárdio seroso, em sua lâmina visceral ou epicárdio, é irrigado pelas artérias coronárias. A inervação do pericárdio faz-se pelos nervos de ramos oriundos do nervo frênico que contêm fibras vasomotoras e sensitivas.<br /><br />Conhecer as relações anatômicas das cavidades cardíacas<br /><br />ÁTRIO DIREITO:<br />O Átrio Direito recebe a veia cava superior e inferior e o seio coronário. As veias cavas canalizam o sangue venoso sistêmico e o seio coronário retorna sangue das coronárias. A parede medial e posterior do átrio direito é o septo interatrial que separa o átrio esquerdo do direito. O assoalho do átrio direito é a valva tricúspide, que se abre no ventrículo direito.<br />Visto pelo lado direito, o septo atrial apresenta uma estrutura característica, a fossa oval, a qual exibe contorno saliente e região central constituída por uma lâmina delicada. A porção mais anterior dessa lâmina pode não estar completamente aderida à borda da fossa oval, constituindo o chamado forame oval patente. Esta comunicação, patente na vida intra-uterina, pode também ser encontrada em até 1/4 dos adultos normais, não levando a uma passagem de fluxo da direita para a esquerda, em virtude da pressão mais elevada existente no átrio esquerdo.<br />Deve-se observar que a porção mais baixa do átrio direito está separada do ventrículo esquerdo, por uma porção de tecido fibroso que se continua com o septo interventricular, chamada de septo fibroso. Isso ocorre devido os diferentes níveis de implantação das valvas tricúspide e mitral. A valva tricúspide tem inserção mais apical. Isso resulta na área conhecida como septo atrioventricular.<br />A desembocadura do seio venoso coronário situa-se posteriormente e medialmente à desembocadura da veia cava inferior, junto à transição atrioventricular. Nessa região podem ser encontrados remanescentes de valvas venosas, sendo a de Eustáquio junto à cava inferior e a de Thebesius relacionada ao seio coronário.<br />A aurícula direita (ou apêndice atrial) é uma projeção da cavidade atrial em “dedo de luva”, que recobre o sulco AV à direita. A superfície interna da aurícula direita, possui traves musculares paralelas que se estendem posteriormente, a chamada musculatura pectínea, terminando em uma banda muscular transversa e bastante proeminente chamada de crista terminal.<br /><br />VENTRÍCULO DIREITO:<br />A cavidade ventricular direita possui um formato triangular e possui 3 porções bem distintas: a via de entrada, que compreende o aparelho valvar atrioventricular, a porção trabecular ou apical, e a via de saída.<br />No ventrículo direito, as trabéculas são grosseiras, ocupando toda a parede livre e a superfície septal, dando um aspecto esponjoso à parede. Uma trabécula em particular, se sobressai das demais, pela forma e localização. É a trabécula septomarginal, em forma de "Y", que se situa no septo ventricular, no limite entre a porção trabecular e a via de saída. Na extremidade mais apical da trabécula septomarginal existe uma banda muscular que une o músculo papilar anterior ao septo ventricular, chamada de banda moderadora. Entre os dois "braços" da trabécula septomarginal situa-se o septo infundibular que, em continuidade com uma prega muscular situada na parede livre, constitui a chamada crista supraventricular. Esta estrutura separa a via de entrada da via de saída, distanciando a valva tricúspide da pulmonar. O tronco da artéria pulmonar emerge, portanto, suportado por um infundíbulo completamente muscular e liso. A via de saída termina na valva pulmonar, que separa o VD da artéria pulmonar.<br />O Ventrículo direito contém 3 músculos papilares, que se projetam para a cavidade e suportam as cordas tendíneas que se ligam as bordas dos folhetos da valva tricúspide. Os folhetos por sua vez se ligam a um anel fibroso que sustenta o aparelho valvar entre o átrio e o ventrículo.<br /><br />ÁTRIO ESQUERDO:<br />O septo atrial, visto pelo lado esquerdo, não mostra pontos marcantes. As paredes do átrio esquerdo também são mais espessas e mais lisas, estando as trabéculas restritas ao apêndice atrial que possui um formato diferente da aurícula direita, geralmente de borda chanfrada, com projeção digitiforme de sua extremidade, além de uma base mais estreita com um colo, separando mais nitidamente a aurícula do resto da cavidade atrial, ao contrário do que ocorre à direita. Quatro veias pulmonares deságuam no átrio esquerdo.<br /><br />VENTRÍCULO ESQUERDO:<br />A cavidade ventricular esquerda possui uma forma cônica e trabéculas mais finas de aspecto entrelaçado e concentradas próximo ao ápice. A face septal é mais lisa, desprovida de trabéculas. A espessura das paredes ventriculares é 3 vezes maior que a do ventrículo direito. Outra característica é a difícil delimitação das porções ventriculares, já que a via de entrada, formada pelo aparelho valvar mitral é contíguo à via de saída, sendo o tecido da valva aórtica praticamente uma continuação do folheto anterior da valva mitral.<br />A câmara ventricular contém 2 músculos papilares grandes. As cordas tendíneas também são mais espessas, apesar de menos numerosas.<br />Em secções cardíacas transversais ao nível dos ventrículos podemos observar que o perfil do ventrículo esquerdo é circular e que, portanto, o septo ventricular mostra convexidade em direção ao ventrículo direito.<br />Topograficamente, as vias de saída ventriculares não são paralelas, de tal forma que, ao se cortar longitudinalmente o infundíbulo ventricular direito secciona-se a aorta perpendicularmente. Do mesmo modo, cortes que mostrem a raiz e a porção inicial da aorta ascendente em seu maior eixo exibem o infundíbulo subpulmonar em transversal.<br /><br />ESTRUTURA DO CORAÇÃO: as paredes dos átrios são mais membranáceas e muito delgadas, enquanto que as dos ventrículos são evidentemente constituídas por fibras musculares e bastante espessa.<br />As fibras musculares do coração são estriadas, porém são inervadas pelo sistema nervoso autônomo e por isso funcionam independentes da vontade.<br />Interiormente, nas paredes dos átrios e dos ventrículos, encontramos trabéculas cárneas (feixes de fibras musculares), que fazem saliência na superfície interna das cavidades.<br />Essas trabéculas cárneas podem ser de três tipos:<br />1-Trabéculas cárneas de primeira ordem: são os músculos papilares.2- Trabéculas cárneas de segunda ordem: são os músculos pectíneos, que são encontrados nos átrios, principalmente nas aurículas.3- Trabéculas cárneas de terceira ordem: são as colunas colocadas paralelamente à superfície interna das cavidades e apenas fazem saliência nessas paredes.<br />Deve-se recordar que todos esses acidentes são recobertos por uma fina membrana, praticamente transparente, que é o endocárdio. Por outro lado, deve-se ter presente que a parede do ventrículo esquerdo é sempre mais espessa que a do direito.<br /><br />Endocárdio: lâmina interna fina ou mebrana de revestimento do coração q também cobre suas valvas.<br />Miocárdio: lâmina média espessa composta de músculo cardíaco.<br />Epicárdio: lâmina externa fina formada pela lâmina visceral do pericárdio seroso.<br /><br />Os vasos da base do coração<br /><br />Sistema do tronco pulmonar:<br />O tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se bifurca em duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifica a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares pulmonares.Este sistema leva sangue venoso para os pulmões para que ocorra a troca de gás carbônico por oxigênio.<br />Sistema da aorta (sangue oxigenado):<br />A artéria aorta sai do ventrículo esquerdo e se ramifica na porção ascendente em duas artérias coronárias, uma direita e outra esquerda que vão irrigar o coração. Logo em seguida a artéria aorta se encurva formando um arco para a esquerda dando origem a três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas:<br />1- Tronco braquiocefálico arterial;2- Artéria carótida comum esquerda;3- Artéria subclávia esquerda.<br /><br />O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias:1- Artéria carótida comum direita;2- Artéria subclávia direita.<br /><br />A artéria subclávia (direita ou esquerda), logo após o se início, origina a artéria vertebral que vai auxiliar na vascularização cerebral, descendo em direção a axila ela, a subclávia, recebe o nome de artéria axilar, e quando finalmente atinge o braço seu nome muda de novo mas agora para artéria braquial (umeral). Na região do cotovelo ela emite dois remos terminais que são as artérias radial e ulnar que vão percorrer o antebraço. Na mão essas duas artérias se anastomosam formando um arco palmar profundo que origina as artérias digitais palmares comuns e as artérias metacarpianas palmares que vão se anastomosar. As artérias digitais palmares originam as artérias digitais palmares próprias para cada dedo.<br />Artéria carótida comum (esquerda ou direita): esta artéria se ramifica em:<br />1- Artéria carótida interna (direita ou esquerda);2- Artéria carótida externa (direita ou esquerda).<br />Artéria carótida interna: penetra no crânio através do canal carotídeo dando origem a três ramos colaterais: artéria oftálmica, artéria comunicante posterior e artéria coriódea posterior. E mais dois ramos terminais: artéria cerebral anterior e artéria cerebral média.<br /><br />Artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: artéria tireoíde superior, a. lingual, a. facial, a. occipital, a. auricular posterior e a. faríngea ascendente. Seu ramos terminais são: artéria temporal e artéria maxilar.<br />Artéria aorta porção torácica: Após a curva ou arco aótico, a artéria começa a descer do lado esquerdo da coluna vertebral dado origem aos ramos:<br /><br />Viscerais (nutrem os órgãos): 1- Pericárdicos;2- Bronquiais;3- Esofágicos;4- Mediastinais;Parietais (irrigam a parede dos órgãos): 5- Intercostais posteriores;6- Subcostais7- Frênicas superiores.<br /><br />Artéria aorta parte abdominal: Ao atravessar o hiato aórtico do diafragma até a altura da quarta vértebra lombar, onde termina, a aorta é representada pela porção abdominal. Nesta porção a aorta fornece vários ramos colaterais e dois terminais.<br /><br />Veias da circulação pulmonar (ou pequena circulação): As veias que conduzem o sangue que retorna dos pulmões para o coração após sofrer a hematose (oxigenação), recebem o nome de veias pulmonares. São quatro veias pulmonares, duas para cada pulmão, uma direita superior e uma direita inferior, uma esquerda superior e uma esquerda inferior. As quatro veias pulmonares vão desembocar no átrio esquerdo. Estas veias são formadas pelos veias segmentares que recolhem sangue venosos dos segmentos pulmonares.<br /><br />Veias da circulação sistêmica (ou da grande circulação): duas grandes veias desembocam no átrio direito trazendo sangue venoso para o coração são elas veia cava superior e veia cava inferior. Temos também o seio coronário que é um amplo conduto venoso formado pelas veias que estão trazendo sangue venoso que circulou no próprio coração.<br /><br />Veia cava superior: origina-se dos dois troncos braquiocefálicos (ou veia braquiocefálica direita e esquerda).<br />Cada veia braquiocefálica é constituída pela junção da veia subclávia (que recebe sangue do membro superior) com a veia jugular interna (que recebe sangue da cabeça e pescoço). A veia cava inferior é formada pelas duas veias ilíacas comuns que recolhem sangue da região pélvica e dos membros inferiores.<br />O seio coronário recebe sangue de três principais veias do coração: veia cardíaca magna, veia cardíaca média e veia cardíaca parva ou menor ou pequena.<br /><br />Conhecer os sulcos e septos do coração<br /><br />As partes lisas e rugosas da parede do átrio são separadas externamente por um SULCO vertical raso, o sulco terminal, e, internamente, por uma crista vertical, a crista terminal. Há um sulco terminal na veia cava inferior, um sulco coronário e outro interventricular posterior. (veias)<br />O SEPTO INTERATRIAL separa os átrios e possui uma depressão oval do tamanho da impressão digital do polegar, o forame oval e sua válvula no feto no átrio direito.<br /><br />O SEPTO INTERVENTRICULAR é composto de partes membranácea e muscular, é uma partição forte situada obliquamente entre os ventrículos direito e esquerdo, formando parte das paredes de cada um.<br />- A parte súpero-posterior do septo é fina e membranácea e é contínua com o esqueleto fibroso do coração, q forma a maior parte do septo. É onde ocorrem defeitos do septo interventricular.<br />- A parte muscular é espessa e salienta-se na cavidade do ventrículo direito por causa da pressão sanguínea, mais alta no ventrículo esquerdo.<br />A trabécula septomarginal (faixa moderadora) é um fascículo muscular curvo q corre da parte inferior do septo interventricular para a base do músculo papilar anterior. Esta trabécula é importante porque carrega parte do ramo direito do fascículo atrioventricular, uma parte do complexo estimulante do coração para o músculo papilar anterior.<br /><br />O SEPTO ATRIVENTRICULAR separa o átrio do ventrículo (ver questão acima sobre átrios).<br /><br />Conhecer o mecanismo valvar do coração<br /><br />VALVAS ATRIOVENTRICULARES<br />As valvas tricúspide c mitral estão inseridas cada uma em um anel fibroso que usualmente não é contínuo ao nível da transição atrioventricular, principalmente à direita. São constituídas por cúspides de tamanho e extensão variáveis, as quais estão presas por cordas tendíneas aos músculos papilares, ou, como é observado na tricúspide, diretamente na superfície do septo ventricular. As cúspides são constituídas por tecido conjuntivo frouxo. com variável quantidade de colágeno, proteoglicanos e fibras elásticas. A partir da face atrial, identificam-se histologicamente duas camadas: a esponjosa, mais frouxa, e a fibrosa. As cordas tendíneas são classificadas de acordo com a região de sua insersão na cúspide, a saber: cordas da borda livre, cordas da zona rugosa e cordas basais. As cordas mais espessas são geralmente as da zona rugosa, uma região da face ventricular das cúspides que fica entre a borda livre e a área mais lisa (basal), junto à inserção no anel fibroso. Há, na valva mitral, duas cordas que se salientam pela sua espessura, sendo denominadas cordas estruturais. Há, ainda, as chamadas cordas comissurais, que apresentam-se em forma de leque e definem o local das comissuras, tanto na tricúspide como na mitral. A linha de fechamento valvar não coincide com a borda livre das cúspides, mas situa-se a uma distância que varia de 2mm a 8mm dela, na face atrial. No local, observa-se uma pequena proeminência linear, que costuma salientar-se com a idade.<br /><br />O perímetro da valva tricúspide varia normalmente de 10 a 12 cm. A cúspide anterior é a mais longa, seguida em extensão pela cúspide posterior e depois pela septal. O nome das cúspides deriva de sua relação espacial com as paredes do ventrículo direito. Os músculos papilares do ventrículo direito mostram variação quanto ao número. Há, entretanto, um que é constante e em geral o mais desenvolvido situado na parede livre do ventrículo direito, denominado músculo papilar anterior, já citado anteriormente. Por vezes observa-se, entre os braços da trabécula septomarginal, a presença de um pequeno músculo papilar, o chamado "músculo de Lancisi", onde se inserem as cordas da comissura ântero-septal da valva tricúspide. Quando ausentes, as cordas comissurais convergem diretamente para a musculatura septal, um achado aliás encontrado em diversos pontos ao longo das cúspides septal e posterior, e que ajuda a caracterizar a valva como tricúspide e o ventrículo como morfologicamente direito.<br /><br />A valva mitral tem sua circunferência variando entre 8 e 10 cm, apresentando duas cúspides. A anterior é a maior, mostrando formato grosseira­mente triangular e apresentando grossas cordas de sustentação, conforme já descrito. A cúspide posterior é dividida em três bolsões proeminentes, separados entre si por pequenas fendas também guarnecidas por cordas em leque. Caracteristicamente, as cordas da mitral convergem para o topo dos múscu­los papilares do ventrículo esquerdo, com exceção de poucas cordas basais da cúspide posterior, que se inserem diretamente na musculatura da via de entrada ventricular. O septo ventricular é, no entanto, sempre livre de inserções cordais. Há dois grupos de músculos papilares, um situado ântero-lateralmente e o outro póstero-medialmente. Na sua base, esses dois grupos musculares são contíguos, embora haja a falsa impressão de que eles são separados, em virtude da maneira como habitualmente se abre o coração para estudo anatômico.<br /><br />VALVAS ARTERIAIS<br /><br />Tanto a valva da aorta quanto a do tronco pulmonar apresentam três válvulas ou folhetos semilunares, cada um deles inserindo-se em uma linha com formato de "U", superiormente na túnica média da grande artéria correspondente e inferiormente no miocárdio da via de saída do ventrículo. A valva aórtica, em particular, apresenta uma área onde é contínua com a cúspide mitral anterior, conforme já descrito, e também com o septo membranoso, o que torna sua inserção inferior não muscular, mas fibrosa nos pontos citados.<br />O conceito de "anel" das valvas arteriais fica, portanto, comprometido, pois não existe uma linha circular contínua de inserção valvular, como ocorre com as valvas atrioventriculares. Do ponto de vista cirúrgico, entretanto, costuma-se considerar como "anel" da valva aórtica uma circunferência que passa pelo limite inferior da inserção de cada um dos folhetos semilunares.<br />Em cada diástole, os folhetos semilunares abaúlam pelo enchimento com sangue, formando os seios de Valsalva. Dois a dois, os folhetos encontram-se nas comissuras, que se prendem na parede arterial. A linha de fechamento das valvas arteriais também não coincide com a borda livre, a exemplo do que ocorre nas valvas atrioventriculares. No ponto médio da borda de cada folheto há, na face ventricular, um pequeno nódulo, chamado nódulo de Arantius.<br />Os folhetos da valva do tronco pulmonar recebem nomes de acordo com sua distribuição topográfica. Há um anterior e dois posteriores, dos quais um é direito e outro esquerdo. Já os folhetos da valva aorta são designados conforme os seios de Valsalva correspondentes e de acordo com a origem das artérias coronárias (coronariano direito, coronariano esquerdo e não coronariano). É importante conhecer as relações topográficas de cada um dos seios de Valsalva.<br />A estrutura histológica das valvas aórtica e pulmonar é semelhante. Na face ventricular de cada válvula há tecido conjuntivo frouxo, com aspecto mixomatoso, e na face arterial uma camada mais densa, a fibrosa, delimitada por fibras elásticas.<br /><br />ESQUELETO FIBROSO DO CORAÇÃO<br />A função do esqueleto fibroso do coração é sustentar as valvas atrioventriculares e ancorá-las à massa ventricular.<br />O esqueleto fibroso do coração compõe-se de tecido fibroso ou fibrocartilaginoso. Fazem parte do esqueleto fibroso os anéis das valvas mitral, tricúspide e aórtica, o corpo fibroso central, o septo membranoso, o tendão do cone e os trígonos fibrosos anterior e posterior. A valva pulmonar, cujas válvulas apóiam-se diretamente na musculatura do trato de saída do ventrículo direito, não apresenta suporte fibroso, mas está unida ao esqueleto fibroso pelo tendão do cone.<br />É importante ressaltar que o conceito clássico pelo qual os anéis valvares são estruturas circulares bem definidas, situadas ao redor dos orifícios atrio­ventriculares ou no ponto de inserção das valvas arteriais é impróprio, do ponto de vista anatomofisiológico. Assim, o termo anel usado neste estudo refere-se a uma estrutura que está longe de ser circular contínua perfeita.<br />Entre os anéis das valvas mitral e aórtica encontra-se a região mais resistente do esqueleto, na continuidade fibrosa mitro-aórtica, que apresenta em suas margens espessamentos adicionais que constituem os trígonos fibrosos anterior e posterior.<br />A unidade mitro-aórtica apresenta um prolongamento que a une ao anel valvar tricúspide, constituindo o corpo fibroso central que inclui o trígono fibroso posterior e o septo membranoso.<br />Embora existam padrões mais freqüentes, há variações no posicionamento dos anéis valvares em corações normais, que via de regra não acarretam maiores problemas, sobretudo quando relacionadas à função e ao desempenho cardíaco. São as chama­das chama­das variações da normalidade, cujo conhecimento é importante para identificá-las em situações de diagnóstico por imagem e tratamento cirúrgico.<br /><br />Vascularização do coração e sua importância clínica<br />Os vasos sanguíneos do coração compreendem as artérias coronárias e as veias cardíacas, q conduzem sangue para e proveniente da maior parte do miocárdio, q recebem tanto inervação simpática qt parassimpática.<br /><br />ARTÉRIAS CORONÁRIAS: primeiros ramos da aorta, suprem, o miocárdio e o epicárdio do coração. As coronárias direita e esquerda originam-se dos seios correspondentes da parte ascendente da aorta, imediatamente superior à valva da aorta. Elas suprem ambos os átrios (são mt peq e quase não aparecem) e ventrículos.<br /><br />ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA (ACD) origina-se no seio direito da parte ascendente da aorta e corre no sulco coronário ou atrioventricular.<br />Ela emite um ramo próximo a sua origem, q é o ramo do nó sinoatrial (AS) ascendente q supre o nodo sinoatrial. E na cruz do coração, o ramo q supre o nó atrioventricualr.<br />Emite um ramo marginal direito q supre a margem direita do coração em direção ao ápice do coração, mas não o alcança.<br />Emite a grande artéria interventricular posterior q desce no sulco interventricular posterior em direção ao ápice do coração. Esse ramo supre ambos os ventrículos e envia ramos septais interventriculares perfurantes para o septo interventricular. Próximo do ápice do coração, a artéria coronária direita anastomosa-se com os ramos cincunflexo e interventricular anterior da artéria coronária esquerda.<br /><br />Ela supre:<br />Átrio direito<br />A maior parte do ventrículo direito<br />Parte do ventrículo esquerdo (fase diafragmática)<br />Parte do septo atrioventricular (terço posterior)<br />O nó sinoatrial (aproximadamente 60% das pessoas)<br />O nó atrioventricular (aproximadamente 80% das pessoas)<br /><br />ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA (ACE) origina-se do seio esquerdo da parte ascendente da aorta e passa entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar no sulco coronário. Ela divide-se em 2 ramos, um ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo, vai em direção ao ápice do coração, supre ambos os ventrículos e o septo interventricular) e um ramo circunflexo. Em muitas pessoas o ramo interventricular anterior origina-se de um ramo lateral (diagonal). O ramo circunflexo menor da artéria coronária esquerda segue o sulco coronário em torno da margem esquerda até a face posterior do coração.<br />A artéria marginal esquerda, um ramo circunflexo, supre o ventrículo esquerdo.<br /><br />Ela supre:<br />Átrio esquerdo<br />A Maior parte do ventrículo esquerdo<br />Parte do ventrículo direito<br />A maior parte do septo interventricular<br />O nó sinoatrial (em +- 40% das pessoas)<br /><br /><br />O coração é drenado principalmente pelas veias que desembocam no seio coronário e parcialmente pelas pequenas veias q desembocam no átrio direito.<br /><br />O SEIO CORONÁRIO, a principal veia do coração, é um canal venoso amplo que corre da esquerda para a direita na parte posterior do sulco coronário. Ele recebe a veia interventricular anterior ou veia cardíaca magna na sua extremidade final. A veia ventricular esquerda posterior e a veia marginal esquerda também se abrem no seio coronário.<br /><br />VEIA CARDÍACA MAGNA: é a tributária principal do seio coronário. Começa próximo do ápice do coração e sobe com o ramo interventricular anterior da artéria coronária esquerda. Ela se curva para a esquerda e corre com o ramo circunflexo, drenando a maioria das áreas supridas pela artéria coronária esquerda.<br /><br />VEIAS CARDÍACAS MÉDIA E PARVA: drenam a maioria das áreas supridas pela artéria coronária direita.<br /><br />VEIA OBLÍQUA DO ÁTRIO ESQUERDO: insignificante nos adultos e importante no período fetal, é um vaso pequeno e um vestígio da veia cava superior esquerda embrionária.<br /><br />VEIAS CARDÍACAS MÍNIMAS: são vasos diminutos q começam nos leitos capilares do miocárdio e abrem-se diretamente nas câmaras do coração, principalmente nos átrios. Embora chamadas veias, elas são destituídas de comunicações por válvulas com os leitos capilares do miocárdio e podem conduzir sangue das câmaras do coração para o miocárdio. Elas também podem fornecer uma circulação colateral para partes na musculatura do coração.<br /><br />VEIAS CARDÍACAS ANTERIORES: são diversas pequenas veias q começam na face anterior do ventrículo direito e termina no átrio direito após cruzar o sulco coronário.<br /><br />Definição infarto do miocárdio<br />Infarto do miocárdio está relacionado a uma área do miocárdio que sofreu necrose. A causa mais comum da doença isquêmica do coração (ausência de suprimento sanguíneo adequado) é a insuficiência coronária que resulta da aterosclerose das artérias coronárias. A aterosclerose é o resultado do acúmulo de lipídios nas paredes internas das artérias coronárias. A medida que a aterosclerose coronária progride, os canais colaterais que ligam uma artéria coronária a outra se expandem, permitindo que a perfusão adequada do coração continue. A despeito do mecanismo de compensação, o miocárdio pode não receber oxigênio suficiente quando o coração precisa realizar quantidades maiores de trabalho. A insuficiência do suprimento sanguíneo para o coração (isquemia miocárdica) pode resultar em uma área de necrose do miocárdio.<br /><br />Inervação do coração<br />A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém de nervos situados fora do coração e outra intrínseca que constitui um sistema só encontrado no coração e que se localiza no seu interior. A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é, simpático e parassimpático. A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração, não é constituída só por fibras nervosas, mas sim por um tecido diferenciado conhecido por tecido nodal.<br />O coração é suprido pelas fibras nervosas autônomas provenientes dos plexos cardíacos superficial e profundo. Estas redes nervosas situam-se anteriores à bifurcação da traquéia, posteriores à parte ascendente da aorta e superiores à bifurcação do tronco pulmonar.<br /><br />SUPRIMENTO SIMPÁTICO: é proveniente das fibras pré e pós-ganglionares. O estímulo simpático do tecido nodal aumenta a freqüência cardíaca e a força de suas contrações. Esse estímulo, indiretamente, produz dilatação das artérias coronárias inibindo sua constrição. Isto fornece mais oxigênio e nutrientes para o miocárdio durante períodos de atividade aumentada.<br />SUPRIMENTO PARASSIMPÁTICO: é proveniente das fibras pré-ganglionares do nervo vago. As pós–ganglionares também terminam nos nós sinoatrial e atrioventricular e diretamente nas artérias coronárias. O estímulo dos nervos parassimpáticos diminui a freqüência cardíaca, reduz a força do batimento cardíaco e constringe as artérias coronárias, economizando energia entre períodos de demanda aumentados.<br /><br />O sistema de condução do coração<br />Sistema de condução do coração ou inervação intrínseca é um complexo estimulante do coração, que coordena o ciclo cardíaco. Consiste em células musculares cardíacas e fibras de condução altamente especializadas para os impulsos iniciais e os conduzem rapidamente através do coração.<br />Esse tecido nodal está distribuído por quatro formações:<br />1- Nó sinoatrial: situa-se nas proximidades do óstio da veia cava superior.2- Nó atrioventricular: situa-se abaixo do óstio da veia cava inferior.3- Fascículo atrioventricular: origina-se do nó atrioventricular e se dirige para o septo interventricular, ao nível do qual se bifurca em dois ramos, um direito que desce pelo lado direito do septo interventricular, e outro esquerdo que perfura o septo, para descer pala sua face esquerda.4- Plexo subendocárdio: os ramos direito e esquerdo do fascículo atrioventricular, fornecem inúmeros ramos colaterais e terminais, que constituem uma verdadeira rede situada logo abaixo do endocárdio, que é o plexo subendocárdio.<br /><br />Ciclo cardíaco<br />O ciclo cardíaco constitui as ações de bombeamento simultâneo das duas bombas (câmara direita e esquerda) atrioventriculars (AV), ou melhor, é a seqüência de fatos que acontece a cada batimento cardíaco. Resumidamente, o <a title="Coração" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o">coração</a> ciclicamente se contrai e relaxa. Quando se contrai, ejeta o sangue em direção das <a title="Artéria" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria">artérias</a>, na fase chamada de sístole. Quando relaxa, recebe o sangue proveniente das <a title="Veia" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia">veias</a>, na fase chamada diástole.<br /><br />Sístole é a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que impulsiona sangue para os ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares estão abertas à passagem de sangue e a pulmonar e a aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão fechadas e as semilunares abertas para a passagem de sangue.<br /><br />Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se enchem de sangue, neste momento as valvas atrioventriculares estão abertas e as semilunares estão fechadas.<br />O ciclo cardíaco compreende:<br />1- Sístole atrial;2- Sístole ventricular;3- Diástole ventricular.<br /><br />Locais de ausculta das bulhas cardíacas<br /><br />FOCOS DE AUSCUTA<br />- Foco MITRAL: 5º espaço intercostal esquerdo medialmente a linha hemiclavicular;<br />- Foco TRICÚSPIDE: 5º espaço intercostal direito rente ao esterno, podendo variar para o 5º espaço intercostal esquerdo rente ao esterno ou para a região do processo xifóide;<br />- Foco AÓRTICO: 2º espaço intercostal direito rente ao esterno;<br />- Foco PULMONAR: 2º espaço intercostal esquerdo rente ao esterno.<br /><br />Derrame pericárdio<br />Derrame pericárdico – quando há um aumento da quantidade de líquido pericárdico, comprimindo o coração e dificultando seus batimentos. Quando a quantidade de líquido é grande, ocorre importante perda de capacidade do coração, numa situação chamada de tamponamento cardíaco, que é uma condição potencialmente letal porque o pericárdio fibroso se torna consistente e sem elasticidade. O tamponamento cardíaco também pode resultar de hemorragia no interior da cavidade da cavidade do pericárdio após operação do coração; de ferimentos a faca que perfuram o coração fazendo com que o sangue entre na cavidade do pericárdio. O excesso de líquido pericárdico não permite ao coração expandir-se completamente, limitando assim o influxo de sangue para os ventrículos.<br /><br />A pericardiocentese é a drenagem do líquido da cavidade do pericárdio, que normalmente é necessária para aliviar o tamponamento cardíaco. Para remover o excesso de líquido, uma agulha de grande calibre pode ser inserida através do 5° ou 6° espaço intercostal esquerdo próximo do esterno. Esta abordagem do saco pericárdico é possível porque a incisura cardíaca no pulmão esquerdo e a incisura mais rasa situada no saco pleural esquerdo deixam parte do saco pericárdico exposta – a área nua do pericárdio. O saco pericárdico também pode ser alcançado, penetrando-se no ângulo infra-esternal e passando a agulha súpero-posteriormente. Neste local, a agulha evita o pulmão e as pleuras e penetra na cavidade pericárdica. Entretanto, deve-se tomar cuidado para não puncionar a artéria torácica interna. Em pacientes com pneumotórax (ar na cavidade pleural) o ar pode separar-se ao longo dos planos do tecido conectivo e penetrar no saco pericárdico, produzindo um pneumopericárdio.<br /><br />Mecanismo da dor referida do coração<br />O coração é insensível ao toque, corte, frio e calor, contudo, a isquemia e o acúmulo de produtos metabólicos estimulam as terminações da dor no miocárdio. As fibras aferentes da dor correm centralmente nos ramos cervicais médios e inferiores e, especialmente, nos ramos cardíacos torácicos do tronco simpático.<br />A DOR REFERIDA CARDÍACA é um fenômeno por meio do qual estímulos nocivos que se originam no coração são percebidos pelo paciente como dor que se origina de uma parte superficial do corpo (a pele no membro superior esquerdo, por exemplo). A dor visceral é transmitida pelas fibras aferentes viscerais que acompanham as fibras simpáticas e é tipicamente referida às estruturas somáticas ou áreas como, por exemplo, o membro superior, que tem fibras aferentes com corpos da célula no mesmo gânglio espinal e processos centrais que penetram na medula espinal através das mesmas raízes dorsais.<br />A dor de angina é conhecida como dor no peito, dor de constrição como um aperto no peito. Ela é comumente sentida como se irradiando das regiões subesternal e peitoral esquerda para o ombro esquerdo e a face medial do membro superior esquerdo. Esta parte do membro é suprida pelo nervo cutâneo medial do braço. Freqüentemente os ramos cutâneos laterais do 2° e 3° nervos intercostais unem-se ao nervo cutâneo medial do braço. Conseqüentemente, a dor cardíaca é referida ao membro superior porque os segmentos da medula espinal destes nervos cutâneos (T1, T2 e T3) também são comuns às terminações aferentes viscerais para as artérias coronárias.<br /><br />Circulação fetal<br />O sistema circulatório do <a title="Feto" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Feto">feto</a> é diferente, já que o feto não usa pulmão, mas obtém nutrientes e oxigênio pelo cordão umbilical. Após o nascimento, o sistema circulatório fetal passa por diversas mudanças anatômicas. O feto possui o ligamento arterial, que passa da raiz da artéria pulmonar esquerda para a face inferior do arco da aorta. O nervo laríngeo recorrente curva-se abaixo do arco da aorta adjacente ao ligamento arterial e sobre entre a traquéia e o esôfago. Esse ligamento permanece após o nascimento como um vestígio, sem função, porque senão haveria a mistura do sangue oxigenado com o não oxigenado.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-89182456004317718572008-12-12T11:18:00.000-08:002008-12-12T11:33:30.990-08:00Sistema Nervoso<strong>Sistema Nervoso</strong><br /><br />Permite ao corpo reagir a mudanças contínuas do ambiente interno e externo. Controla e integra as várias atividades do corpo.<br />Pode ser classificado estruturalmente (parte central e parte periférica) e funcionalmente (parte somática e parte autônoma).<br />O tecido nervoso consiste em dois tipos principais de células: neurônios (células nervosas) e neuroglia (células glia, que auxiliam os neurônios).<br />O neurônio é a unidade estrutural funcional do sistema nervoso, especializada para a comunicação rápida. É composto de um corpo celular e processos – dendritos (conduzem o impulso para o corpo da célula) e um axônio (conduzem o impulso para longe deste).<br />A mielina (lipídeos e proteína) forma uma bainha em torno de alguns axônios, aumentando muito a velocidade de condução do impulso.<br />Sinapses são pontos de contato entre neurônios.<br />A comunicação ocorre por meio de neurotransmissores (agentes químicos liberados por um neurônio, que pode excitar ou inibir um outro neurônio).<br />Células da neuroglia são mais abundantes que os neurônios. Elas são células não neuronais, não-excitáveis, que isolam e nutrem os neurônios.<br />Parte central do sistema nervoso é composto por oligodendróglia, astrócitos, células ependimárias e micróglia.<br />Parte periférica do sistema nervoso é composto por células satélites em torno dos neurônios nos gânglios espinais (gânglios da raiz dorsal) e neurolemócitos ou células de Schuann.<br /><br />Gânglios são neurônios agrupados fora do SNC.<br />Arco reflexo é o estímulo que provoca a ação sem antes chegar ao cérebro. Não há consciência desta ação.<br /><br />O sistema nervoso (SN) divide-se em central (SNC) e periférico (SNP).<br />O SNC é composto pelo encéfalo e medula.<br /><br />O curare é capaz de bloquear a acetilcolina na placa motora.<br /><br />Parte Central:<br />Composta por um encéfalo e medula espinal.<br />Tem a função de integrar e coordenar a entrada e a saída dos sinais neurais, executar funções mentais superiores como pensar e aprender.<br />Os corpos de células nervosas situam-se no seu interior e constituem a substância cinzenta. Os sistemas de tratos de fibras interconectadas formam a substância branca.<br />Na medula, a substância cinzenta aparece como uma área em forma de “H”, cercada por uma matriz de substância branca. Os braços do “H” são os cornos (anterior e posterior).<br />As meninges são constituídas por três lâminas membranáceas: a pia-máter, a aracnóide e a dura-máter.<br />O líquido cerebrospinal envolve e protege a parte central do SN. Está entre a aracnóide e a pia-máter.<br />Filamentos finos que formam uma teia que une a aracnóide e a pia-máter se estendem através do líquor. Externo à pia-máter e a aracnóide está a dura-máter, espessa, resistente, intimamente relacionada com o osso da face interna do neurocrânio.<br /><br />Pia-máter: envolve o tecido nervoso.<br />Aracnóide: está entre a dura-máter e a pia-máter.<br />Dura-máter: está entre o osso e o tecido nervoso.<br />Entre a dura-máter e o osso existe o espaço peridural.<br />Entre a dura-máter e aracnóide há o espaço subdural.<br />Entre a aracnóide e a pia-máter há o espaço subaracnóideo (com líquor).<br /><br />Na raquianestesia, aplica-se o anestésico dentro do espaço subaracnóideo.<br />A anestesia peridural aplica-se o anestésico no espaço peridural. O anestésico é em maior concentração do que aquele usado na raquianestesia, porque ele se difunde pelo tecido nervoso até chegar na inervação.<br />O risco da peridural é a anestesia ultrapassar a dura-máter e atingir o líquor, podendo causar parada respiratória.<br /><br />A medula espinhal encontra-se no interior da coluna vertebral. É através dela que saem os nervos que inervarão o corpo, transmitindo informações do cérebro para a periferia.<br />Cada vértebra tem um nervo espinhal correspondente.<br />A estrutura da medula é dividida em cervical, torácica e lombar.<br />Na lombar e cervical existe uma intumescência, pois nessas regiões estão os nervos que saem para os membros (que são os mais inervados, por fazerem movimentos mais delicados).<br />A medula termina entre L1 e L2 (no cone medular).<br />A cauda eqüina é uma estrutura de nervos que fica abaixo da medula. Estão embebidas em líquor para proteção mecânica. É nesta região que se aplica a raquianestesia.<br />Metâmeros são territórios inervados por nervos espinhais, importantes de serem conhecidos para aplicação de anestesias.<br /><br />Parte Periférica:<br />Consiste em fibras nervosas e corpos de células fora da parte central do sistema nervoso.<br />É composta de nervos que unem a parte central do sistema nervoso às estruturas periféricas. Um feixe de fibras nervosas (axônios) situados na parte periférica do sistema nervoso, unidos por uma bainha de tecido conectivo, é um nervo periférico, um forte cordão esbranquiçado. Uma coleção de corpos de células nervosas do lado de fora da parte central do sistema nervoso é um gânglio.<br />Os nervos periféricos são nervos cranianos ou espinais. Todos os nervos cranianos deixam a cavidade craniana através de forames. São 12 pares.<br />Os 31 pares de nervos espinais (cervicais, torácicos, lombares e coccígeos) originam-se da medula espinal e saem através dos forames intervertebrais da coluna vertebral.<br />Suas fibras aferentes ou sensitivas conduzem impulsos neurais para a parte central do sistema nervoso a partir dos órgãos dos sentidos especiais e dos receptores sensitivos situados nas várias partes do corpo.<br />Suas fibras eferentes ou motoras conduzem impulsos neurais provenientes da parte central do sistema nervoso para os órgãos executores (músculos e glândulas).<br /><br />Os 31 pares de nervos que partem da medula se dividem em C8, T12, L5, S5 e Co1. Até chegarem aos membros, esses nervos se ligam aos plexos.<br />Existem 4 plexos:<br />Os que vão para os MMSS: Cervical (C1 a C5) e Braquial (C5 a T1).<br />Os que vão para os MMII: Lombar e Sacral.<br />Em lesões altas de coluna cervical, a pessoa pode morrer de parada respiratória, porque há o nervo que controla os movimentos do diafragma.<br /><br />O membro superior é inervado pelo plexo braquial situado no pescoço e na axila, formado por ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro torácico (T1). O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e situa-se entre os músculos escalenos anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastóideo.<br />O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria axilar sob o músculo peitoral maior.<br />O plexo braquial (C5 a T1) é formado pela união dos 4 nervos cervicais inferiores e o primeiro torácico.<br />O tronco superior é composto por C5 e C6.<br />O tronco médio por C7.<br />O tronco inferior é composto por C8 e T1.<br /><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK7Wj5sUJI/AAAAAAAAAGo/6Pq_EI_9eCw/s1600-h/imagem4.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278987709500379282" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK7Wj5sUJI/AAAAAAAAAGo/6Pq_EI_9eCw/s320/imagem4.JPG" border="0" /></a> Os troncos superior e médio formam o fascículo lateral à artéria axilar.<br />O tronco inferior forma o fascículo medial à artéria axilar.<br />Os 3 troncos formam o fascículo posterior à artéria axilar.<br /><br />Os 5 principais nervos que inervam o membro superior são:<br />- os nervos axilar (inerva o músculo deltóide) e radial (inerva o dorso da mão e os 3 primeiros dedos), que saem dos fascículo posterior.<br />- o nervo musculocutâneo (inerva o músculo bíceps), que sai do fascículo lateral.<br />- o nervo mediano (inerva parte da palma da mão), que sai dos fascículos medial e lateral.<br />- o nervo ulnar (inerva os 2 últimos dedos), que sai do fascículo medial.<br /><br />Síndrome da mão caída: lesão do nervo radial.<br />Síndrome do túnel do carpo (mão de parteira): lesão do nervo mediano.<br /><div><a href="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK6-nQQcII/AAAAAAAAAGg/4G3C0lDnpuE/s1600-h/imagem3.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278987298083467394" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 245px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK6-nQQcII/AAAAAAAAAGg/4G3C0lDnpuE/s320/imagem3.JPG" border="0" /></a> O plexo lombar situa-se no interior da parte posterior do psoas maior, bem a frente dos processos transversos e das vértebras lombares. É formado pelo T12, L1, L2, L3 e L4.<br />- o nervo femoral (L2, L3 e L4) inerva o quadríceps.<br />- o nervo obturador (L2, L3 e L4) inerva os músculos adutores da coxa.<br /><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK6QUu_4TI/AAAAAAAAAGY/XuD5v-untWc/s1600-h/imagem2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278986502838149426" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 143px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK6QUu_4TI/AAAAAAAAAGY/XuD5v-untWc/s320/imagem2.JPG" border="0" /></a>Os ramos ventrais dos nervos espinhais sacrais e coccígeos formam os plexos sacral e coccígeo.<br />Plexo sacral: L4, L5, S1, S2 e S3.<br /><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK6BoD6stI/AAAAAAAAAGQ/2POeust-pTM/s1600-h/imagem1.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278986250328126162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 134px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK6BoD6stI/AAAAAAAAAGQ/2POeust-pTM/s320/imagem1.JPG" border="0" /></a> Marcha eqüina: é decorrente de lesão no nervo fibular comum. O paciente fica com o pé reto (pé em gota).<br />Pé eqüino: lesão no nervo tibial, causando paralisia nos músculos flexores da perna e dos músculos intrínsecos na planta do pé.<br />É comum dor no dorso do pé irradiada para 1º e 2º dedos em pacientes que usam botas de esquiar (apertadas) devido a lesão no nervo fibular profundo.<br /><br />Uma fibra nervosa periférica consiste em: um axônio, uma bainha de neurilema e uma bainha de tecido conectivo endoneural.<br /><br />A bainha de neurilema pode ter duas formas, criando duas classes de fibras:<br />- fibras nervosas mielinizadas possuem uma bainha de neurilema que consiste em uma série contínua de neurolemócitos que envolvem um axônio individual e formam mielina.<br />- fibras nervosas amielínicas são engolfadas em grupos por uma única célula de neurilema que não produz mielina.<br /><br />Os nervos periféricos são fortes e elásticos porque as fibras nervosas são apoiadas e protegidas por 3 revestimentos de tecido conectivo:<br />- Endoneuro: circunda as células de neurilema e axônios.<br />- Perineuro: inclui um feixe (ou fascículo) de fibras nervosas periféricas, fornecendo uma barreira eficiente contra a penetração das fibras nervosas por substâncias estranhas.<br />- Epineuro: bainha espessa de tecido conectivo frouxo que circunda e envolve os fascículos nervosos, formando o revestimento mais externo do nervo; inclui tecidos gordurosos, vasos sangüíneos e linfáticos.<br /><br />Um nervo espinal típico origina-se da medula espinal por meio de radículas, que convergem para formar duas raízes nervosas.<br />A raiz anterior contém fibras motoras provenientes dos corpos das células nervosas do corno anterior da medula espinal.<br />A raiz posterior transporta fibras sensitivas para o corno posterior da medula espinal.<br /><br />As raízes nervosas posterior e anterior se unem para formarem um nervo espinal misto que imediatamente se divide em dois ramos: um ramo primário posterior e um ramo primário anterior. Como os ramos do nervo espinal misto, os ramos posterior e anterior conduzem tanto o nervo motor quanto o nervo sensitivo, assim como fazem todos os seus ramos subseqüentes.<br />Os ramos posteriores enviam fibras nervosas para as articulações sinoviais, músculos profundos do dorso e para a pele suprajacente.<br />Os ramos anteriores enviam fibras nervosas para a grande área restante, que consiste em regiões anterior e lateral do tronco, membros superiores e membros inferiores.<br /><br />Os componentes do nervo espinal típico incluem:<br />A - Fibras somáticas:<br />- Fibras sensitivas gerais (aferentes somáticas gerais) transmitem sensações provenientes do corpo para a medula espinal; podem ser sensações exteroceptivas (dor, temperatura, tato e pressão) da pele, ou dor e sensações proprioceptivas provenientes dos músculos, tendões e articulações. Sensações proprioceptivas são sensações inconscientes que conduzem informação sobre a posição da articulação e a tensão do tendão e músculos, fornecendo informações de como o corpo e os membros estão orientados no espaço.<br />- Fibras motoras somáticas (eferentes somáticas gerais) transmitem impulsos (voluntários) para os músculos esqueléticos.<br />B - Fibras sensitivas e motoras viscerais:<br />- Fibras sensitivas viscerais (aferentes viscerais gerais) transmitem sensações de reflexo e dor provenientes das túnicas mucosas, glândulas e vasos sangüíneos.<br />- Fibras motoras viscerais (eferentes viscerais gerais) transmitem impulsos involuntários para os músculos lisos e tecidos glandulares.<br />C – Revestimento de tecido conectivo.<br />D – Vasa nervorum (vaso de nervos).<br /><br />Parte Somática do Sistema Nervoso:<br />Compostas da parte central e periférica, fornece inervação sensitiva e motora para todas as partes do corpo, exceto para as vísceras, músculo liso e glândulas. O sistema sensitivo somático transmite sensações de tato, dor, temperatura e posição, provenientes dos receptores sensitivos.<br />O sistema motor somático permite movimento voluntário e reflexo que causa contração dos músculos esqueléticos, como ocorre quando uma pessoa toca um ferro quente.<br /><br />Parte Autônoma do Sistema Nervoso:<br />O sistema motor visceral consiste em fibras que inervam o músculo liso involuntário, o músculo cardíaco e as glândulas. Entretanto, as fibras eferentes viscerais da parte autônoma do sistema nervoso são acompanhadas pelas fibras aferentes viscerais. Assim, alguns autores consideram as fibras aferentes viscerais (sistema sensitivo visceral) como sendo um elemento da parte autônoma do sistema nervoso.<br />As fibras nervosas eferentes e os gânglios da parte autônoma do sistema nervoso são organizados em dois sistemas:<br />- divisão simpática (toracolombar);<br />- divisão parassimpática (craniossacral).<br />A distinção anatômica entre as duas divisões da parte autônoma do sistema nervoso é baseada principalmente na localização dos corpos das células pré-ganglionares. Os neurônios pós-ganglionares dos dois sistemas geralmente liberam substâncias neurotransmissoras diferentes: norepinefrina pela divisão simpática (exceto no caso das glândulas sudoríparas) e acetilcolina pela divisão parassimpática.<br /><br />Os responsáveis pela ativação do sistema autônomo:<br />- Medula espinhal;<br />- Tronco cerebral;<br />- Hipotálamo;<br />- Córtex Límbico (córtex cerebral).<br /><br />Sistema nervoso simpático<br />Fibras nervosas simpáticas originam-se na medula espinhal entre os segmentos medulares T1 e L2.<br />Os neurônios simpáticos se diferem dos neurônios motores esqueléticos da seguinte forma: enquanto no simpático há a presença de dois neurônios, um pré-ganglionar e outro pós-ganglionar o esquelético só apresenta um neurônio.<br /><br />A transmissão ocorre da seguinte maneira:<br />- Corpo celular de cada neurônio pré-ganglionar localiza-se na ponta intermediolateral da medula espinhal, sendo que a sua raiz passa através da raiz anterior da medula.<br />- Depois disso o neurônio segue pelo ramo branco do nervo espinhal e chega no gânglio simpático onde pode ir por três caminhos: faz a sinapse no gânglio simpático: faz a sinapse com outro gânglio da cadeia simpática; ou faz sinapse com o gânglio periférico simpático. Assim tem origem o neurônio pós-ganglionar que irá a direção à víscera.<br /><br />No caso das medulas adrenais elas são os neurônios pós-ganglionares (secretadores de epinefrina e norepinefrina).<br /><br />Sistema nervoso parassimpático<br />As fibras parassimpáticas que deixam o sistema nervoso central pelos nervos cranianos (3°, 7°, 9°,10°) e fibras adicionais que deixam a parte inferior da medula espinhal (S2 e S3, eventualmente S1 e S4).<br />A maior parte das fibras parassimpáticas são formadas por nervos vagos (10° nervo craniano), passando por abdome e tórax, a região ocular é estimulada por nervos derivados do 3°, as gandulas lacrimal, submandibular e nasal sofrem inervação do 7° e a glândula parótida do 9°. Os nervos sacrais ficam encarregados da inervação da bexiga, do reto e porções inferiores dos ureteres, também fornecem estimulo para a ereção.<br />Na maioria dos casos as fibras pré-ganglionares passam por todo o organismo sem fazer sinapse até o órgão, onde fazem sinapse com os neurônios pós-ganglionares, que se encontram na parede das vísceras.<br /><br />Características básicas da função simpática e parassimpática:<br /><br />Neurotransmissores:<br />- Acetilcolina: estimula todas as fibras nervosas pré-ganglionares, tanto simpáticas como parassimpáticas; também estimula as fibras parassimpáticas pós-ganglionares. Estimulador parassimpático.<br />- Norepinefrina: estimula todas as fibras pós-ganglionares simpáticas. Estimulador simpático.<br /><br />Síntese de norepinefrina: a síntese desse transmissor acontece no axoplasma, mas é completada na vesícula secretora. As etapas são as seguintes:<br />1) tirosina - dopa (hidroxilação).<br />2) dopa - dopamina (descarboxilação).<br />3) transporte de dopaminas para as vesículas.<br />4) dopamina - norepinefrina (hidroxilação).<br />5) norepinefrina - epinefrina (metilação; ocorre nas medulas adrenais e somente com 80% da norepinefrina).<br /><br />Após ser mandada para o local da sinapse ela pode ser removida de três modos: reabsorção pelas terminações nervosas adrenérgicas; por difusão com os líquidos extracelulares e em seguida para o sangue; degradação por enzimas dos tecidos.<br /><br />Os neurotransmissores agem de maneira parecida, excitando ou inibindo a célula, por meio de ligação a receptores de membrana que afetam a permeabilidade da membrana, ou mexem com processos enzimáticos (segundos mensageiros).<br />Receptores de Ach: muscarinicos (localizados em neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático) e nicotinicos (encontrados na região pré-ganglionar dos neurônios simpáticos e parassimpáticos).<br />Receptores adrenérgicos: adrenérgicos alfa e beta; a norepinefrina causa maior efeito no alfa do que no beta enquanto a epinefrina tem o mesmo efeito sobre ambos.<br /><br />Efeito da estimulação parassimpática e simpática sobre órgãos específicos:<br />Olhos (abertura pupilar) – Simpático: Dilatação da pupila<br />Midríase – Parassimpático: Constrição da Pupila<br />Miose.<br />Foco do cristalino – Simpático: Não demonstra ação – Parassimpático: Deixa o cristalino mais convexo.<br />Glândulas gastrintestinal – Simpático: Concentra a secreção e vasoconstricção dos vasos das glândulas digestivas – Parassimpático: Deixa a secreção mais aquosa nas glândulas digestivas.<br />Sudoríparas apócrinas – Simpático: Promovem a sudorese e<br />secreção espessa e odorífera<br />nas axilas – Parassimpático: Não demonstra ação.<br />Sistema<br />Gastrintestinal – Simpático: Parada do peristaltismo e<br />Aumenta o tônus do esfíncter – Parassimpático: Aumento do peristaltismo e relaxa os esfíncteres.<br />Coração – Simpático: Aumenta a atividade do coração – Parassimpático: Diminui a atividade do coração.<br />Pressão arterial – Simpático: Eleva a pressão – Parassimpático: Abaixa a pressão.<br />Vasos sanguíneos – Simpático: Vasoconstricção – Parassimpático: Vasodilatação em determinadas áreas.<br /><br />Função da medula adrenal: os hormônios por elas secretados apresentam funções parecidas, mas com intensidades diferentes (a epinefrina é um ótimo estimulador cardíaco e metabólico; a norepinefrina apresenta função de vasoconstricção). Outra função importante da medula adrenal é a de compensar os nervos simpáticos e a de suprir áreas do corpo que não são inervadas por nervos simpáticos (tendo em vista que a liberação desses hormônios ocorre via sanguínea).<br /><br />Os estímulos nervosos para manter o sistema autônomo são bem menos freqüentes do que os do sistema esquelético.<br />- Tônus simpático e parassimpático: intensidade basal da atividade autônoma; permite que um só sistema nervoso possa realizar tanto um aumento quanto uma diminuição da atividade do órgão estimulado.<br />- Tônus intrínseco é a adaptação química do órgão envolvido, quando esse sofre desenervação, promovendo condições quase normais.<br />- Cardiovascular: reflexo barorreceptor (quando a pressão se eleva, sinais são transmitidos para o tronco cerebral, onde inibem os impulsos simpáticos, diminuindo a pressão).<br />- Gastrintestinais: os aromas captados pelo nariz e boca que levam o estímulo aos nervos vagais, glossofaríngeos salivatórios, que transmitem para o sistema parassimpático, que estimulam a produção de secreções. Ou quando o bolo fecal enche o reto, impulsos são mandados do reto para os segmentos sacrais, que como resposta manda estímulos para o aumento da contração peristáltica, ocorrendo a defecação.<br /><br />O estimulo do sistema simpático é o que chamamos de estimulo de massa, pois os nervos simpáticos descarregam seus estímulos de maneira simultânea, causando a resposta de alarme ou ao estresse (pois essa condição estimula o sistema simpático, pois a sua função é adequar a pessoa a esse estado, assim como em situações de raiva, luta e fuga). Em outras ocasiões a ativação ocorre em porções isoladas do sistema simpático, principalmente a resposta a reflexos que envolvam a medula espinhal.<br /> </div></div></div>Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-31690166892162047582008-12-12T11:12:00.000-08:002008-12-12T11:18:30.449-08:00Pescoço<strong>Pescoço</strong><br /><br />O pescoço é uma área de transição entre o tórax e a cabeça. No pescoço entramos estruturas vitais como a traquéia, o esôfago, os vasos carotídeos, a medula, a tireóide. Basicamente todos os sistemas funcionais estão no pescoço.<br /><br />O pescoço pode ser dividido em quatro regiões principais:<br />1- região esternocleidomastóidea: corresponde a área deste músculo. O ECOM é uma referência importante no pescoço porque divide cada lado do pescoço em regiões cervicais anterior e posterior.<br />2- região cervical posterior: é a região posterior às margens anteriores do trapézio. A região suboccipital situa-se profundamente à parte superior dessa região.<br />3- região cervical lateral: trígono cervical lateral, que se divide (pelo m. omohióideo) em trígono occipital (denominado assim porque a artéria occipital aparece em seu ápice) e trígono omoclavicular ou supraclavicular ou subclávio (a artéria subclávia aparece profundamente nele).<br />4- região cervical anterior: onde localiza-se a maioria das cartilagens da laringe e da traquéia, o esôfago e a cartilagem da tireóide.<br /><br />Órgãos importantes do pescoço: laringe, esôfago, glândulas tireóide e paratireóide.<br />Estruturas importantes: músculos, glândulas, artérias, veias, nervos, vasos linfáticos, traquéia, esôfago e vértebras.<br />A traquéia termina na altura de T4, onde está a carina traqueal.<br />O platisma é um músculo cuticular, ou seja, que tem inserção na pele. O platisma é o músculo responsável pela expressão facial.<br /><br />Limites do pescoço<br />O pescoço é o canal principal entre a cabeça, o tronco e os membros. Formado por 7 vértebras cervicais.<br />SUPERIOR: borda inferior da mandíbula e osso occipital<br />LADO do pescoço: encontra-se a parte superior do plexo braquial de nervos que suprem o membro superior.<br />LATERALMENTE: encontra-se o principal fluxo sanguíneo arterial para a cabeça e o pescoço (artérias carótidas comuns) e a principal drenagem venosa (as veias jugulares). Por baixo da pele, notam-se os músculos <a title="Esternocleidomastoideu" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Esternocleidomastoideu">esternocleidomastoide</a>os e a <a title="Glândula" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%A2ndula">glândula</a> <a title="Submaxilar" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Submaxilar&action=edit">submaxilar</a>, por baixo da <a title="Mandíbula" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mand%C3%ADbula">mandíbula</a>.<br />CENTRO do pescoço: encontra-se a cartilagem tireóidea (a maior as cartilagens da laringe) e a traquéia.<br />RAIZ do pescoço: onde está o ducto torácico, através do qual a maior parte da linfa do corpo entra no sistema venoso.<br />INTERIOR do pescoço: encontram-se a <a title="Laringe" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Laringe">laringe</a> e a <a title="Traqueia" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Traqueia">traqueia</a> e, por trás destas, a parte superior do <a title="Esófago" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Es%C3%B3fago">esófago</a>. Na parte frontal, estas estruturas e ainda a <a title="Glândula tiróide" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%A2ndula_tir%C3%B3ide">glândula tiróide</a> são protegidas, de cima para baixo, pelo <a title="Osso" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Osso">osso</a> h<a title="Ióide" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=I%C3%B3ide&action=edit">ióide</a>, a <a title="Cartilagem tiróide" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cartilagem_tir%C3%B3ide">cartilagem tiróide</a> que, no homem, toma vulgarmente o nome de “maçã de Adão” e a <a title="Tecido cartilaginoso" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_cartilaginoso">cartilagem</a> <a title="Cricóide" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cric%C3%B3ide&action=edit">cricóide</a>.<br />INFERIOR: borda manúbrio-esternal, que é um plano imaginário que passa pela borda superior da clavícula até a sétima vértebra cervical. O limite inferior da raiz do pescoço é a abertura superior do tórax, formada lateralmente pelo 1º par de costelas e suas cartilagens costais, anteriormente pelo manúbrio do esterno e posteriormente pelo corpo da vértebra T1.<br /><br />O pescoço pode ser dividido em regiões ou trígonos. Os dois primeiros trígonos que dividem o pescoço são o trígono cervical anterior e o trígono cervical lateral ou posterior.<br /><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK4fmxMdQI/AAAAAAAAAGI/x7Roi9IrbZQ/s1600-h/imagem3.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278984566353982722" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 273px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK4fmxMdQI/AAAAAAAAAGI/x7Roi9IrbZQ/s320/imagem3.JPG" border="0" /></a> Trígonos e sub-trígonos do pescoço<br />Cada lado do pescoço é dividido em 2 triângulos, anterior e lateral, pelo músculo esternocleidomastóideo situado obliquamente, para facilitar a descrição da anatomia do pescoço.<br /><br />TRÍGONO CERVICAL LATERAL OU POSTERIOR<br />O trigono cervical lateral possui: um limite anterior, formado pela margem posterior do músculo esternocleidomastóideo; um limite posterior, formado pela margem anterior do músculo trapézio; e um limite inferior (base), formado pelo terço médio da clavícula entre os músculos trapézio e esternocleidomastóideo.<br />- limite anterior: margem posterior do músculo esternocleidomastóideo<br />- limite posterior: margem anterior do músculo trapézio<br />- limite inferior (base): terço médio da clavícula entre os músculos trapézio e esternocleidomastóideo.<br />- ápice: onde os músculos esternocleidomastóideo e trapézio se encontram na linha nucal superior occipital.<br />- teto: fáscia cervical<br />- assoalho: músculos recobertos pela lâmina pré vertebral da fáscia cervical.<br /><br />O trígono cervical posterior ou lateral é dividido pelo músculo omo-hióideo (que vai da escápula até o osso hióideo), formando dois sub-trígonos: 1) trígono supraclavicular ou omoclavicular e 2) trígono occipital.<br /><br />Limites do trígono supraclavicular ou omoclavicular (inferiormente):<br />- músculo omo-hióideo;<br />- músculo ECOM.<br /><br />Limites do trígono occipital (superiormente):<br />- borda anterior do ECOM;<br />- borda anterior do m. trapézio.<br />- m. omo-hióideo (borda anterior).<br />O trígono occipital contém o nervo acessório e a artéria occipital aparece em seu ápice.<br /><br />O assoalho do trígono occipital é formado por:<br />- músculo esplênio da cabeça;<br />- músculo escaleno posterior;<br />- músculo escaleno médio;<br />- músculo escaleno anterior;<br />- nervo acessório;<br />- nervo cutâneo braquial.<br /><br />Conteúdos principais dos sub-trígonos:<br />- Trígono Occipital:<br />Parte da Veia jugular externa;<br />Ramos posteriores do plexo nervoso cervical;<br />Nervo acessório;<br />Troncos do plexo braquial;<br />Artéria cervical transversa;<br />Linfonodos cervicais.<br /><br />- Trígono Omoclavicular:<br />Artéria subclávia (3ª parte);<br />Parte da veia subclávia (algumas vezes);<br />Artéria supra-escapular;<br />Linfonodos supraclaviculares.<br /><br />TRÍGONO CERVICAL ANTERIOR<br />O trígono cervical anterior possui: um limite anterior, formado pela linha mediana do pescoço; um limite posterior, formado pela margem anterior do músculo esternocleidomastóideo; e um limite superior, formado pela margem inferior da mandíbula.<br />O trígono cervical anterior é dividido em 4 subtrígonos:<br />1- trígono carotídeo;<br />2- trígono visceral;<br />3- trígono submandibular;<br />4- trígono submentoniano.<br /><br />Limites do trígono carotídeo:<br />- borda anterior do ECOM;<br />- músculo digástrico (pelo ventre posterior);<br />- músculo omo-hióideo;<br />- artéria carótida comum (divide-se em interna e externa).<br />A carótida interna é mais medial e mais superficial do que a carótida externa (que é mais profunda).<br />- veia jugular interna (faz toda a drenagem do SNC);<br />- alça do hipoglosso (inerva os músculos do trígono carotídeo);<br />- nervo vago (passa entre a veia jugular interna e artéria carótida);<br />- linfonodos (que recebem toda a drenagem linfática da cabeça).<br /><br />Em casos de acesso ao pescoço, a incisão deve ser feita na borda anterior do ECOM.<br /><br />Limites do trígono visceral:<br />- músculo esterno-hióideo;<br />- músculo esterno-tireóideo;<br />- cartilagem tireóidea;<br />- cartilagem cricóidea.<br /><br />TRÍGONO SUBMENTUAL – Estruturas importantes<br />Linfonodos submentuais;<br />Pequenas veias que se unem para formar a veia jugular anterior.<br /><br />TRÍGONO SUBMANDIBULAR – Estruturas importantes<br />Glândula submandibular quase preenche o trígono;<br />Linfonodos submandibulares;<br />Nervo para o músculo milo- hióideo, nervo hipoglosso, nervos glossofaríngeo e vago;<br />Partes da artéria e veia faciais e artéria submentual.<br /><br />Importância do cuidado com o nervo acessório em cirurgias no pescoço<br />O nervo acessório ou espinhal entra no trígono cervical lateral pelos músculos esternocleidomastóideos. Ele constitui, com o homólogo contralateral, o décimo-primeiro (XI) par de <a title="Nervos cranianos" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nervos_cranianos">nervos cranianos</a>, sendo formado por uma raiz craniana e uma raiz espinhal.<br />Embora a contração de um músculo esternocleidomastóideo gire para um lado, uma lesão unilateral do par craniano XI normalmente não produz uma posição anormal da cabeça. Contudo, pacientes com dano ao nervo acessório normalmente têm fraqueza para virar a cabeça para o lado oposto contra-resistência.<br />Durante uma cirurgia no trígono cervical lateral, por exemplo durante a remoção de linfonodos malignos (cancerígenos), o cirugião isola o nervo acessório para, se possível, preservá-lo. É importante lembrar a sua localização superficial deste nervo no trígono porque ele é o nervo mais comumente lesado iatrogenicamente (lesão causada por médico), e as lesões freqüentemente ocorrem durante procedimentos superficiais.<br />Além disso, lesões no nervo acessório causam fraqueza e atrofia do trapézio, comprometendo os movimentos do pescoço. Paralisia unilateral desse músculo gera incapacidade de elevar e retrair o membro e dificuldade de elevar o membro superior acima do nível horizontal.<br />A paralisia do músculo trapézio trás alteração funcional da cintura escapular, dor e transtornos estéticos. As causas deste tipo de lesão podem ser: biópsia de linfonodo cervical, ressecção de massas tumorais, ferimentos cortantes superficiais e outros procedimentos cirúrgicos nessa região.<br /><br />O “desfiladeiro cervical” e sua importância em procedimentos anestésicos<br />No pescoço há ramos provenientes do plexo braquial e cervical.<br />O nervo supra-escapular se origina do plexo braquial, corre lateralmente através do trígono cervical lateral e supre os músculos supra e infra-espinal, também envia ramos para a articulação do ombro.<br />O nervo frênico origina-se do cervical, contem fibras nervosas motoras, sensitivas e simpáticas. Eles fornecem o único suprimento motor para o diafragma, bem como sensibilidade para sua parte central. No tórax, cada nervo frênico supre a pleura mediastinal e o pericárdio. Possui um nervo frênico acessório que se une a ele na raiz do pescoço ou no tórax.<br /><br />O rompimento de um nervo frênico resulta em paralisia da metade correspondente do diafragma.<br />Um bloqueio do nervo frênico produzirá um curto período de tempo de paralisia do diafragma de um lado (para operação do pulmão).<br />O anestésico é injetado em torno do nervo onde se situa na face anterior do terço médio do músculo escaleno anterior. Um esmagamento do nervo frênico produzirá um período maior de paralisia (durante semanas após reparo cirúrgico de uma hérnia do diafragma). Se um nervo frênico acessório está presente, também deve ser esmagado para produzir paralisia completa de metade do diafragma.<br />Para anestesia regional antes de uma cirurgia, um bloqueio nervoso dos nervos dos plexos braquial e cervical inibe a condução do impulso nervoso.<br />Em um bloqueio do plexo cervical, um agente anestésico é injetado em diversos pontos ao longo da margem posterior do músculo esternocleidomastóideo, principalmente na junção de seus terços superior e médio: o ponto nervoso do pescoço.<br />Como o nervo frênico que supre metade do diafragma normalmente é paralisado por um bloqueio do nervo cervical, este procedimento não é realizado em pacientes com doença pulmonar ou cardíaca.<br />Para anestesia do membro superior, o agente anestésico em um bloqueio do plexo braquial supraclavicular é injetado em torno da parte supraclavicular do plexo braquial. O principal local de injeção é acima do ponto médio da clavícula.<br /> O omo-hióideo está entre o escaleno anterior e médio, região conhecida como desfiladeiro cervical, nele está o plexo braquial. Para fazer um bloqueio anestésico na região superior, palpamos o plexo e aplicamos a anestesia neste local.<br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK4KypE0pI/AAAAAAAAAGA/-EctG-fAyxw/s1600-h/imagem2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278984208763900562" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 129px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK4KypE0pI/AAAAAAAAAGA/-EctG-fAyxw/s320/imagem2.JPG" border="0" /></a>Inervação e drenagem linfática do pescoço<br />O principal fluxo sangüíneo arterial para a cabeça e o pescoço vem das carótidas, e a principal drenagem venosa é feita pelas jugulares, que ficam ântero-lateralmente no pescoço.<br />O jugulo digástrico (linfonodos cervicais superficiais) é o órgão linfóide do pescoço; é a região que recebe toda a drenagem linfática da cabeça. A linfa proveniente dos tecidos superficiais situados no trígono cervical lateral entra nos linfonodos cervicais superficiais que se situam ao longo da veia jugular externa, superficiais ao músculo esternocleidomastóideo. Os vasos eferentes dos linfonodos cervicais superficiais drenam para os linfonodos cervicais profundos, que formam uma cadeia ao longo do trajeto da veia jugular interna e estão incrustados na fáscia da bainha carótica.<br />A linfa proveniente dos tecidos superficiais situados no trígono cervical lateral entra nos linfonodos cervicais superficiais.<br />Os vasos eferentes provenientes dos linfonodos cervicais superficiais drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores, que formam uma cadeia ao longo do trajeto da veia jugular interna e estão intercrustados na fáscia da bainha carótica.<br />Os vasos linfáticos eferentes do linfonodos cervicais profundos unem-se para formar os troncos linfático jugulares, que freqüentemente unem-se ao ducto torácico no lado esquerdo.<br />O trígono submentual do trígono cervical anterior contem diversos pequenos linfonodos submentuais.<br />A linfa oriunda das estruturas na cabeça e do pescoço é drenada para linfonodos cervicais profundos. A linfa de todo o corpo, com exceção do quadrante superior direito, entra no sistema venoso através do ducto torácico, na raiz do pescoço.<br />Quando se detecta um nódulo no pescoço, deve-se observar se ele é móvel à deglutição. Se for, pode ser que seja um aumento da glândula tireóide, pois essa é presa à laringe pelos ligamentos, e se movimenta a deglutição.<br />Entre a cartilagem tireóidea e a cricóidea, existe a membrana cricotireóidea. Essa membrana é o acesso mais rápido das vias respiratórias, feito pela cricotireoidostomia com uma agulha de cateter venoso grossa.<br />A traqueostomia é uma cirurgia que deve ser feita em ambiente hospitalar.<br /><br />Punção de subclávia: os médicos inserem a agulha ao longo da face inferior da parte média da clavícula e movem-na medialmente em direção a incisura jugular situada no manúbrio e ao longo da face posterior da clavícula onde a veia subclávia sobe. Quando a agulha estiver inserida corretamente na veia subclávia, o médico introduz um cateter flexível e fino no percurso da veia usando a agulha como guia. Se a agulha não é inserida cuidadosamente, pode lacerar aveia subclávia e a pleura parietal, resultando em hemotórax (sangramento na cavidade pleural).<br /><br />Os plexos nervosos braquiais originam-se no pescoço e seguem ínfero-lateralmente para entrar nas axilas e continuar até os MMSS, suprindo-os.<br />No meio da face anterior do pescoço estão as cartilagem tireóidea, a maioria das cartilagens da laringe e da traquéia.<br /><br />NERVOS DO LATERAL<br />- nervo acessório;<br />- nervo occipital menor;<br />- nervo auricular magno;<br />- nervo cervical transverso;<br />- nervo supra claviculares;<br />- nervo supre-escapular;<br />- nervo frênico;<br />- nervo frênico acessório.<br /><br />NERVOS DO ANTERIOR<br />- nervo cervical transverso;<br />- nervo hipoglosso;<br />- ramos dos nervos glossofaríngeo e vago.<br /><br />NERVOS DA RAIZ DO PESCOÇO<br />- nervo vago;<br />- nervo frênico;<br />- troncos simpáticos.<br />Os plexos nervosos braquiais originam-se no pescoço e seguem ínfero-lateralmente para entrar nas axilas e continuar até os membros superiores, suprindo-os.<br />O nervo laríngeo inferior é responsável pela inervação da laringe e pela emissão da voz. Quando afetado, causa disfonia. Esse nervo pode ser afetado numa cirurgia de remoção da tireóide, por tanto é importante que o cirurgião localize esse nervo no ato cirúrgico.<br /><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK4BnIikfI/AAAAAAAAAF4/PqkBrFqQpuU/s1600-h/imagem1.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278984051055825394" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 129px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK4BnIikfI/AAAAAAAAAF4/PqkBrFqQpuU/s320/imagem1.JPG" border="0" /></a> <div>Artéria Carótida: trajeto, divisões e ramos<br />O sistema anterior do pescoço contém o sistema de artérias carótidas: a artéria carótida comum e seus ramos terminais, as artérias carótidas interna e a externa.<br />A artéria carótida comum e um de seus ramos terminais, a artéria carótida externa, são os principais vasos arteriais situados no trígono carótico.<br />As artérias carótidas constituem o principal fluxo sangüíneo arterial para a cabeça e pescoço, situando-se ântero-lateralmente no pescoço.<br />Cada artéria carótida comum sobe dentro da bainha carótica (onde o pulso dessa artéria pode ser auscultado ou palpado) com a veia jugular interna e o nervo vago até o nível da margem superior da cartilagem tireóidea, depois termina dividindo-se em artérias carótida interna e externa. Enquanto a artéria carótida interna não possui ramos no pescoço, a externa possui vários.<br />A artéria carótida comum direita: começa na bifurcação do tronco braquiocefálico. A partir do arco da aorta, a artéria carótida comum esquerda sobe no pescoço tendo um trajeto pelo mediastino superior.<br />As artérias carótidas internas, como não possuem ramos no pescoço, entram no crânio através dos canais caróticos. Elas se originam da artéria carótida comum no nível d amargem superior da cartilagem tireóidea.<br />As artérias carótidas externas suprem estruturas externas ao crânio, elas se dividem em artéria maxilar, artéria temporal superficial e + 6 ramos (faríngea ascendente, tireóidea superior, lingual, facial, occipital e auricular posterior).<br /><br />Veia Jugular Interna: trajeto e tributárias<br />A veia jugular interna começa no forame jugular situado na face posterior do crânio, e a partir da dilatação na sua origem, a veia corre inferiormente através do pescoço, na bainha carótica com a artéria carótida interna, e depois com a carótida comum e nervo vago.<br />A bainha carótica envolve veia jugular interna, artéria carótida comum com sua bifurcação em artérias carótidas externa e interna e o nervo vago.<br />A maioria das veias situadas no trígono anterior são tributárias da veia jugular interna, normalmente a maior veia situada no pescoço.<br />A veia jugular interna drena o sangue proveniente do cérebro, parte anterior da face, vísceras cervicais e músculos profundos do pescoço. Começa no forame jugular situado na fosse posterior do crânio e a partir da dilatação na sua origem, a veia corre inferiormente através do pescoço na bainha carótica com a artéria carótida interna, depois com a artéria comum e nervo vago. A artéria encontra-se medial e a veia, lateral. O nervo, posteriormente entre esses vasos.<br />A veia jugular interna deixa o trígono anterior passando profunda ao músculo esternocleidomastóideo.<br />Posterior à extremidade esternal da clavícula, a veia jugular interna se une com a veia subclávia para formar a veia braquiocefálica.<br />As tributárias da veia jugular interna são o seio petroso inferior, veias facial e lingual (tronco comum), faríngea e tireóidea superior e média.<br /><br />Glândula Tireóide e suas divisões, vascularização e drenagem linfática<br />A glândula tireóide é a maior glândula endócrina do corpo, se encontra na base do pescoço, abaixo do ponto de Adão. Tem a forma de uma borboleta; cada asa, ou lobo, da tireóide está presente em ambos os lados da traquéia. Produz hormônio tireóideo, que controla a taxa de metabolismo e a calcitonina, que controla o metabolismo do cálcio. Essa glândula afeta todas as áreas do corpo, exceto ela mesma, o cérebro, baço, testículos e o útero adultos.<br />Ela se situa profunda aos músculos esternocleidomastóideo e esterno hióideo, do nível das vértebras C5 até T1. Consiste em 2 lobos, direito e esquerdo, anterolaterais à laringe e traquéia. Um istmo une os lobos na parte da frente da traquéia, normalmente anterior ao 2° e 3° anéis da traquéia. A glândula tireóide é circundada por uma cápsula fibrosa, que envia septos profundamente para a glândula. Externa à cápsula encontra-se uma bainha frouxa formada pela camada visceral da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical. Tecido conectivo denso fixa a cápsula da glândula tireóide à cartilagem cricóidea e aos anéis superiores da traquéia.<br />A glândula tireóide é vascularizada pelas artérias tireóidea superior (ramo da carótida interna), tireóidea inferior (ramo do tronco tireocervical, da subclávia) e tireóidea ima (ramo inconstante presente em apenas 10% das pessoas). Estes vasos situam-se entre a cápsula fibrosa e a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical.<br />Normalmente, o 1° ramo da artéria carótida externa, a artéria tireóidea superior, desce para o pólo superior de cada lobo da glândula, perfura a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical e se divide em ramos anterior e posterior.<br /><br />A artéria tireóidea inferior, o maior ramo do tronco tireocervical, que se origina da artéria subclávia, corre súpero-medialmente posterior à bainha carótica para alcançar a face posterior da glândula tireóide, dividindo-se em diversos ramos para suprir o pólo inferior da glândula.<br />Três pares de veias tireóideas normalmente drenam o plexo venoso na face anterior da glândula tireóide:<br />- veias tireóideas superiores: drenam os pólos superiores da glândula tireóide;<br />- veias tireóideas médias: drenam os lobos médios;<br />- veias tireóideas inferiores: drenam os pólos inferiores.<br /><br />As veias tireóideas superior e média drenam para as veias jugulares internas e para as veias tireóideas inferiores, que drenam para as veias braquiocefálicas, posteriores ao manúbrio do esterno.<br /><br />Os vasos linfáticos da glândula tireóide correm no tecido conectivo interlobular, freqüentemente em torno das artérias e se comunicam com uma rede capsular de vasos linfáticos. A partir daqui, os vasos passam para os linfonodos paratraqueais, pré-laríngeos e pré-traqueais.<br />Lateralmente, os vasos linfáticos localizados ao longo das veias tireóideas superiores passam para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Alguns vasos linfáticos podem drenar para os linfonodos braquiocefálicos ou para o ducto torácico.<br /><br />Os nervos da glândula tireóide derivam dos gânglios simpáticos cervicais superior, médio e inferior. Alcançam a glândula através dos plexos cardíacos e periarteriais tireóideos superior e inferior que acompanham as artérias tireóideas, que são fibras vasomotoras (constrição dos vasos sanguíneos).<br /><br />Cuidados com as estruturas vizinhas durante uma tireoidectomia<br />A tireoidectomia é a remoção total ou parcial da glândula tireóide.<br />A excisão de um câncer da glândula tireóide ou procedimentos cirúrgicos, algumas vezes necessitam de remoção da glândula (tireoidectomia total).<br />No tratamento cirúrgico do hipertireoidismo, a parte posterior de cada lobo da glândula tireóide aumentada normalmente é preservada: tireoidectomia subtotal (parcial), para proteger os nervos laríngeos recorrentes e superiores e para poupar as glândulas paratireóides.<br />A hemorragia pós-operatória depois da cirurgia da glândula tireóide pode comprimir a traquéia, tornando a respiração difícil. O sangue se acumula dentro da cápsula fibrosa da glândula tireóide, que é envolvida pela dura lâmina pré-traqueal da fáscia cervical.<br />O risco de lesão ao nervo laríngeo recorrente está sempre presente durante a cirurgia do pescoço. O nervo laríngeo recorrente direito está intimamente relacionado com a artéria tireóidea inferior e seus ramos. A rouquidão é o sinal comum de lesão unilateral ao nervo laríngeo recorrente. Contudo, podem ocorrer afonia temporária ou distúrbio da fonação (produção de voz) e espasmo laríngeo. Estes sinais normalmente resultam do esmagamento dos nervos laríngeos recorrentes durante a cirurgia ou da pressão do sangue acumulado, exsudato seroso, ou ambos, após a operação.<br />Lesão ao nervo laríngeo externo (ramo do nervo vago) resulta em uma voz que é de uma qualidade monótona porque o músculo cricotireóideo paralisado suprido por ele é incapaz de variar o comprimento e a tensão das cordas vocais. Deste modo, deve-se examinar as pregas vocais antes de uma operação.<br /><br />Paratireóides: localizações e funções<br />As glândulas paratireóides são pequenas glândulas do sistema endócrino que estão localizadas atrás da tireóide. Existem quatro glândulas paratireóides (aproximadamente 5% das pessoas tem mais), os quais normalmente têm o tamanho de uma ervilha cada uma, pois são ovóides, situando-se normalmente externas à cápsula fibrosa da glândula tireóide. São denominadas de glândulas paratireóides superiores e inferiores.<br />As glândulas paratireóides estão acopladas na tireóide e são responsáveis pelo metabolismo do cálcio, mantendo a concentração sangüínea do cálcio dentro de valores que permitam o bom funcionamento dos sistemas muscular e nervoso. Elas produzem o paratormônio, que controla o metabolismo do cálcio e do fósforo no sangue. Elas têm como alvo o esqueleto, os rins e o intestino.<br />Apesar de serem "vizinhas", as glândulas paratireóides e a tireóide possuem funções distintas e não relacionadas. A doença mais importante das paratireóides é a hiperfunção de uma ou mais paratireóides levando a um quadro de aumento da produção de paratormônio (PTH), causando um desequilíbrio dos níveis sangüíneos do cálcio. Tal estado é denominado hiperparatireoidismo.<br /><br />Bócio<br />Bócio, conhecido popularmente como papo, é um aumento do volume da tireóide (não neoplásico e não inflamatório). A existência de nódulos na tireóide é também considerado bócio mesmo que não exista aumento do volume do pescoço. Causada pela falta do sal mineral Iodo, é mais comum nas mulheres.<br />O bócio nodular pode ser uninodular ou multinodular, conforme o número de nódulos. Conforme a presença ou ausência de excesso de liberação de tiroxina, o hormônio da tireóide, o bócio pode ser tóxico ou atóxico.<br />É um aumento não neoplásico e não inflamatório da glândula tireóide.<br /><br />Doenças autoimunes, infecções, neoplasias benignas ou malignas (câncer) e deficiência de Iodo na dieta são causas possíveis de bócio.<br />O bócio endêmico está presente em certas partes do mundo onde o solo e a água são deficientes de iodo.<br /><br />A glândula tireóide aumentada produz uma tumefação no pescoço que pode comprimir a traquéia, esôfago e nervos laríngeos recorrentes. Existem diversos tipos de bócio. O aumento dessa glândula pode ser anterior, posterior, inferior ou lateralmente. Não pode se mover superiormente por causa das fixações superiores dos músculos esternocleidomastóideo e esterno-hióideo.<br /><br />O diagnóstico é clínico, seguido por dosagem de T4, TSH e anticorpos contra a tireóide no sangue e exame de imagem: a ultrassonografia.<br /><br />A profilaxia é o sal iodado, um modo de evitar a carência de iodo; além de proteger a tiróide contra radiação e evitar tumores.<br /><br />O tratamento é feito com levotiroxina ou iodo radioativo são opções no tratamento de pequenos bócios. Os de tamanho maior podem ser corrigidos por cirurgia.<br /><br />Bócio mergulhante<br />O bócio mergulhante é uma afecção relativamente rara da glândula tireóide. Consiste numa glândula aumentada de tamanho, peso e volume que invade a cavidade torácica total ou parcialmente. Em geral, é um quadro crônico, de evolução lenta e de aspecto insidioso, sendo assintomático em até 65% dos casos. O bócio mergulhante é mais freqüente em indivíduos do sexo feminino, com idade superior a 60 anos e história pregressa de cirurgia tireoidiana. É responsável por cerca de 7% dos tumores do mediastino e 3 a 20% das tireoidectomias. A maior parte consiste em massa benigna, localizada no mediastino superior.<br />As conseqüências do bócio mergulhante são a compressão de estruturas adjacentes, como vasos, nervo laríngeo inferior (causando rouquidão), esôfago (dando disfagia) e traquéia (dando dispnéia).<br />A tireóide fica aumentada de tamanho, peso e volume, e invade a cavidade torácica total ou parcialmente.<br />O diagnóstico inclui avaliação hormonal do paciente, o tireograma para comprovar a existência de tecido tireoidiano no interior do tórax e exames de imagem como raio X, tomografia computadorizada (TC) e ressonância nuclear magnética (RNM).<br />O tratamento é a extirpação cirúrgica da glândula, uma vez que representa a única possibilidade de cura para o paciente.<br />O tratamento clínico e/ou cirúrgico dessa afecção ainda é discutido. As condutas ainda são controversas, não havendo um consenso na literatura sobre qual o momento ideal para intervir cirurgicamente nesses pacientes.<br />A não realização do ato cirúrgico tem sido preconizada em alguns casos como forma alternativa de melhoria da qualidade de vida, sobretudo em pacientes idosos, assintomáticos e com baixo risco de malignidade e com alto risco para procedimento cirúrgico.</div></div></div>Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-2898347773309194562008-12-12T11:11:00.001-08:002008-12-12T11:11:58.925-08:00Tórax<strong>Tórax</strong><br /><br />O tórax é a região que contém duas estruturas nobres: pulmão e coração (os órgãos vitais do corpo humano são o cérebro, o coração e o pulmão).<br />A caixa torácica tem um arcabouço protetor chamado de Gradil Costal. A caixa torácica é uma armação óssea que protege as estruturas que estão dentro.<br />Limites da caixa torácica: posteriormente é a coluna vertebral, de T1 a T12, anteriormente o osso esterno, lateralmente um conjunto de 12 costelas.<br />As 12 costelas se articulam posteriormente com a coluna vertebral, de T1 a T12 , e até a sétima costela, a articulação anteriormente é direta com o osso esterno. Por isso, as sete primeiras costelas são chamadas de costelas verdadeiras. A oitava, a nona e a décima costela se articulam entre si com a cartilagem da articulação da sétima costela com o osso esterno recebendo o nome de costelas falsas, pois elas não se articulam diretamente com o esterno. A décima primeira e a décima segunda são chamadas de costelas flutuantes, pois possuem a extremidade anterior livre, ou seja, não se articulam com nada anteriormente.<br />A primeira e a segunda costela possuem uma diferença das outras (principalmente a primeira, que é mais curta, mais curva e mais larga). Elas são mais fortes e são protegidas pela cintura escapular.<br /><br />A base do tórax é mais larga e o chamado estreito superior do tórax é menor.<br />O osso esterno é composto por três partes: manúbrio, corpo e apêndice xifóide. Existe uma articulação entre o manúbrio e o corpo do esterno chamada de articulação manúbrio esternal ou ângulo de Louis.<br />Em um indivíduo magro, o ângulo de Louis faz uma angulação facilmente perceptível. Palpando o ângulo de Louis e seguindo lateralmente, encontramos a segunda costela. Isto é importante, pois é possível contar as costelas a partir deste ângulo. Em um paciente com trauma de tórax, queixando-se de muita dor no tórax, podemos, no exame físico, poupar a região dolorosa e identificar uma fratura numa determina costela contando-a a partir do ângulo de Louis. A radiografia de tórax serve para confirmar a hipótese.<br />A primeira costela não é palpável, mesmo em um indivíduo magro, pois ela está protegida pela clavícula. Existe uma articulação da clavícula com o manúbrio e logo abaixo está a primeira costela. No perfil do osso esterno tem a superfície articular de inserção da clavícula e da primeira até a sétima costela. Existe uma cartilagem que articula as costelas com o bordo lateral do esterno. Tem a articulação da clavícula, da primeira costela, da segunda, da terceira, da quarta, quinta, da sexta e da sétima. A oitava, a nona e a décima se articulam entre si com a sétima costela.<br />O limite superior do tórax é a região da primeira costela, é base do pescoço, chamada de fossa supra-clavicular, tanto que podemos lesar o pulmão se um objeto atinge esta fossa, que tem contato íntimo. O limite inferior do tórax é o músculo diafragma. Na parede do tórax, temos o músculo intercostal, músculo que fica entre uma costela e outra, que fica exatamente no espaço intercostal, que é um espaço existente entre uma costela superiormente e inferiormente.<br />O músculo intercostal reveste o espaço intercostal. Este músculo é o conjunto de três pequenos músculos paralelos um ao outro. O mais anterior é o músculo intercostal esterno, atrás dele há o músculo intercostal interno e atrás deste, junto da pleura, está o músculo intercostal íntimo. Estes músculos estão colados um ao outro e compõem esta parede muscular entre uma costela e outra. Não existe um músculo único na parede torácica para dar expansibilidade ao tórax, e ventilar o pulmão. Quando se inspira, o volume da caixa torácica aumenta; e quando se expira, diminui. Por isso, a costela é articulada atrás com a coluna vertebral e na frente com o esterno: para fazer um movimento chamado de Alça de Balde. O Gradil Costal faz este movimento para permitir a expansão do pulmão. O músculo intercostal é importante, pois é uma musculatura acessória a respiração. Os músculos da caixa torácica, principalmente os intercostais, são músculos acessórios da respiração, tanto na inspiração quanto na expiração.<br />O principal músculo da respiração é o diafragma. Em condições normais, não utilizamos os músculos da parede torácica para respirar. Qualquer situação que implique no aumento da capacidade pulmonar, numa necessidade maior de troca gasosa, como um esforço físico maior, uma prática esportiva, a musculatura acessória entra em ação. Um asmático, quando faz um broncoespasmo, utiliza sua musculatura acessória para tentar respirar.<br />No espaço intercostal há um conjunto de estruturas vasculares e nervosas chamado de plexo intercostal. Plexo intercostal é o conjunto de uma artéria intercostal, uma veia intercostal e um nervo intercostal. Embaixo de cada costela tem um plexo intercostal.<br />A artéria intercostal posterior, que é ramo da aorta torácica, se anastomosa com a artéria intercostal anterior, que é ramo da artéria torácica interna, irrigando a musculatura torácica.<br />A artéria torácica interna é conhecida também como artéria mamária, e é ramo da artéria subclávia; ela é paralela ao osso esterno. A veia intercostal vai drenar o sangue da musculatura torácica para o sistema venoso, para veia cava superior.<br />Há uma veia que se origina na intimidade da musculatura que vai drenar o sangue venoso da parede torácica para o sistema de veias Ázigo. Este sistema desemboca na veia cava superior.<br /><br />O nervo intercostal é um ramo da raiz nervosa que sai da medula.<br />A posição anatômica do plexo intercostal é próximo ao bordo inferior da costela que delimita superiormente o espaço intercostal.<br />Em qualquer procedimento cirúrgico na caixa torácica ou uma drenagem de tórax ou uma punção torácica, o cirurgião deve buscar o bordo superior da costela que delimita inferiormente o espaço intercostal para evitar uma lesão nervosa ou vascular.<br />O paciente idoso geralmente apresenta um plexo intercostal mais tortuoso. É preciso ter mais cuidado.<br /><br />Existem duas cavidades pleurais separadas, a direita e a esquerda, onde encontramos o pulmão direito e o esquerdo, respectivamente.<br />Entre as cavidades pleurais tem uma região chamada de mediastino.<br />Cavidade pleural é o espaço entre a pleura visceral (encostada na víscera, no pulmão) e a pleura parietal (encostada na parede, no gradil costal).<br />O pulmão é revestido pela pleura visceral, que é revestido pela pleura parietal; e tudo é envolvido pelas costelas.<br />A pleura é um tecido mesotelial que reveste uma estrutura. Pleura, peritônio e pericárdio são o mesmo tecido histológico, eles mudam de nome de acordo com a estrutura que revestem. Não possuem diferença histológica nem embriológica.<br />A pleura é um tecido bastante fino e transparente. A pleura parietal reveste internamente a parede torácica. A pleura visceral reveste a superfície externa do pulmão conferindo um certo brilho a este órgão. Ela é transparente sendo então possível visualizar o pulmão.<br />O pulmão em condições normais fica sempre insuflado, cheio de ar; na expiração, o pulmão diminui de volume, mas não colaba totalmente.<br />A pleura visceral está sempre encostada na pleura parietal. Em condições anormais, é possível ouvir com estetoscópio um atrito entre as pleuras chamado de atrito pleural. Em condições normais, não se ouve o barulho do atrito, pois a pleura parietal secreta uma pequena quantidade de líquido pleural que mantém a superfície pleural lubrificada.<br />Cavidade pleural é o espaço entre a pleura visceral e a pleura parietal. A cavidade pleural é virtual. O espaço entre as pleuras existe, mas não é possível visualizá-lo, pois ele se encontra todo ocupado.<br />A cavidade pleural esquerda é totalmente separada da cavidade pleural direita. No meio está o mediastino. Um pulmão é isolado do outro e eles só se comunicam através da árvore brônquica, e não, através da cavidade pleural.<br /><br />No caso de um ferimento penetrante no tórax, começará a entrar ar na cavidade pleural (entre as pleuras parietal e visceral) e o pulmão diminui de volume (sendo empurrado pela pleura visceral). Isto se chama pneumotórax.<br />A cavidade pleural deve ser fechada para ter pressão negativa em relação à atmosférica, pois é devido a isso que o pulmão ventila. Se a parede é furada, começa a entrar ar na cavidade, pois a pressão atmosférica é maior em relação à da cavidade e um fluido (neste caso o ar), tende a ir do local de maior pressão para o local de menor pressão.<br />À medida que vai entrando ar na cavidade pleural, a pressão que estava negativa ali vai ficando positiva. O pulmão cede espaço e se colaba. O espaço pleural que era virtual passa a ser real. Pulmão está fora do espaço pleural, colabado.<br />Neste caso, deve-se colocar um dreno em selo d’água (que se comunica com um frasco aberto cheio de água; o dreno deve ter uma extremidade imersa nesta água) no tórax e fechar o ferimento no tórax. A água funciona como uma válvula. Na inspiração, o pulmão vai expandir e empurrar a pleura visceral, que irá empurrar o ar da cavidade pleural pela mangueira do dreno, fazendo borbulhar a água. A água impede que este ar volte para a cavidade na expiração (pois a expiração não é forte o suficiente para sugar a água do frasco).<br />Na expiração, o pulmão é contraído, puxando consigo a pleura visceral e reabrindo a cavidade pleural (que fica com pressão negativa). Se o ferimento do tórax ainda estivesse aberto, o ar entraria por ali para a cavidade pleural. Após o fechamento desse ferimento e a colocação do dreno, o ar não entra mais pelo ferimento, e sim pela árvore respiratória, expandindo o pulmão e empurrando o ar pelo dreno.<br />Se as cavidades pleurais se comunicassem, em qualquer lesão de um lado do tórax, o outro lado seria acometido também. A pessoa morreria na hora somente com uma facada.<br />O tratamento para pneumotórax é o mesmo usado para casos de hemo-pneumotórax, piotórax e hemotórax.<br /><br />A pleura parietal é subdividida. A pleura que está junta a costela é chamada de pleura costal. Existe a pleura diafragmática (que reveste o diafragma), a pleura apical (que está no ápice da caixa torácica) e a pleura mediastinal (que reveste o mediastino).<br />O recesso costofrênico é o espaço na extremidade inferior do tórax cujo limite é a costela e o diafragma de cada lado. Ele encontra-se em toda a circunferência da cavidade pleural.<br /><br />A cintura escapular, principalmente a clavícula e a escápula, além de estar relacionada com a articulação do ombro, também funciona como estrutura de proteção da caixa torácica.<br /><br />No mediastino passam várias estruturas importantes como coração, timo, vasos da base, aorta torácica, croça da aorta descendente, esôfago torácico e vasos linfáticos. A aorta fica do lado esquerdo do mediastino. A veia cava inferior e a veia ázigos ficam do lado direito.<br />Os limites do mediastino são: inferiormente diafragma, superiormente intróito torácico (que é a base do pescoço), posteriormente coluna vertebral, anteriormente o osso esterno e lateralmente pleuras mediastinais.<br />A veia ázigos é uma veia importante que drena as veias intercostais e desemboca na veia cava superior.<br />Existem algumas divisões do mediastino para facilitar o seu entendimento. Estas divisões estão relacionadas com as várias estruturas anatômicas contidas nele. Tem o mediastino superior (que fica acima do coração), o mediastino inferior, o mediastino anterior (que fica na frente dos vasos da base), o mediastino médio (que compreende principalmente o coração), o mediastino posterior (atrás, junto da coluna; onde estão passando os ramos da aorta e o esôfago).<br />O timo está na frente dos vasos da base; é um órgão linfóide que tem relação com a imunidade. O timo localiza-se no compartimento anterior do tórax, no mediastino anterior, na frente dos vasos da base. Se numa radiografia de tórax em perfil aparecer um tumor grande na região anterior do tórax, deve-se pensar em timo. Se for na região posterior (uma massa para-vertebral), pensa-se no esôfago.<br />O nervo frênico inerva o diafragma. No músculo diafragma existe o centro tendinoso que se insere na coluna vertebral lombar e no gradil costal. Existem dois nervos frênicos, pois são dois diafragmas, um de cada lado.<br />A cadeia simpática torácica se encontra paralela à coluna vertebral, tanto do lado direito quanto do lado esquerdo. Passa por cima da cabeça das costelas.<br />A artéria e a veia subclávia e o plexo braquial passam entre a primeira costela e a clavícula.<br /><br />Em uma fratura da primeira costela deve-se pensar na lesão do plexo braquial e dos vasos subclávios. É uma lesão importante com risco de paralisia e perda do membro. Para quebrar a primeira costela a pancada deve ser muito forte, pois esta costela é bem resistente (é curta, curva e larga). Fratura da clavícula tem perigo de lesionar o plexo braquial, mas é raro. A probabilidade é maior quando a fratura é na primeira costela.<br /><br />Quando há aumento da glândula tireóide, ela pode mergulhar para dentro do mediastino dando a imagem radiológica de um macro-mediastino superior.<br />O aneurisma de aorta torácica também pode dar um alargamento de mediastino na radiografia de tórax em PA.<br /><br />Imagenologia do Tórax<br />É o estudo de estruturas, órgãos e sistemas do tórax através de imagens com o intuito de diagnosticar patologias.<br />Pode-se destacar:<br />- Radiografia:<br />RX em PA ou póstero-anterior: o raio X penetra pelas costas, e sai pela região anterior, atingindo o écran (filme). O movimento de abdução dos MMSS faz com que a escápula se afaste das costas e facilite a visualização dos pulmões.<br />RX em Perfil: escolhe-se o lado de interesse (direito ou esquerdo) para visualizar estruturas ou a profundidade de uma lesão vista no PA, se está posterior ao coração, ou se tratava de uma imagem sobreosta.<br />RX em Laurel: quando suspeita-se de derrame pleural em um dos pulmões, coloca-se o paciente em decúbito lateral para o lado do derrame, e faz-se a radiografia. O derrame pleural será confirmado com o escorrimento do líquido para a região lateral do pulmão.<br />RX em apico-lordótica: utiliza-se uma almofada como recosto para o paciente (que está deitado) ficar na posição ideal para visualização do ápice pulmonar.<br />RX em posição oblíqua: a pessoa se localiza obliquamente em relação ao filme.<br />A imagem preta na radiografia denomina-se hipertransparentes, e detecta locais com ar mais presente. A imagem branca chama-se hipotransparentes, e detecta concentrações celulares ou de tecidos. Quanto mais denso for o tecido, mais hipotransparente ele será, como é o caso do osso, de uma possível moeda aspirada pelo paciente, ou vidro presente na região subcutânea (devido a um corte).<br />Uma pneumonia se detecta observando regiões mais hipotransparentes que o padrão normal daquele parênquima pulmonar naquela radiografia.<br />A bolha gástrica é facilmente visível à esquerda, abaixo do diafragma. Como é composta de ar, fica hipertransparente na radiografia.<br />- Tomografia Computadorizada:<br />É realizada em cortes transversais. Começa do nível mais cranial e vai descendo distalmente.<br />Os cortes são distantes entre si em aproximadamente um centímetro. Em caso de lesões, diminui-se a distância entre os cortes.<br />A visão da tomografia é como se o médico estivesse olhando a estrutura de baixo para cima.<br />A tomografia de tórax visualiza bem o pulmão e o mediastino (que é mais denso que o pulmão).<br />- Ressonância Magnética:<br />Faz cortes coronais frontais e medianos.<br />- Pet Scan:<br />Tomografia por emissão de pósitrons ou simplesmente PET, é uma modalidade de diagnóstico por imagem que permite o mapeamento de diferentes substâncias químicas no organismo. Injeta-se gálio na circulação, que é ávido por glicose (uma das principais fontes de energia celular), permitindo o exame detectar os locais onde há presença deste açúcar, demonstrando o metabolismo da glicose.<br />O metabolismo da glicose é importante, pois a grande maioria das células tumorais apresenta utilização acentuada de glicose como fonte de energia, em comparação com as células normais.<br />Indicações na oncologia: detecção precoce de tumores, estadiamento tumoral, monitoramento da terapia e avaliação de recidiva.<br />- Arteriografia pulmonar:<br />Serve para avaliar alterações no fluxo sangüíneo pulmonar, detectando embolias.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-82468813710074050062008-12-12T11:02:00.000-08:002008-12-12T11:10:28.759-08:00Vias Aéreas Superiores<strong>Vias Aéreas Superiores</strong><br /><br />As vias aéreas superiores começam desde o óstio da narina (orifício da narina) e vão até a borda inferior da cartilagem cricóide coincidindo com C6. São divididas em três porções especificamente: a rinofaringe (nasofaringe), a orofaringe e a hipofaringe ou laringofaringe.<br />O otorrinolaringologista tem como campo de trabalho as vias aéreas superiores (o nariz, ouvido e garganta).<br /><br />O aparelho respiratório humano começa na cavidade nasal. Localizada na parte média da face, acima da cavidade bucal, é delimitada por ossos e cartilagens que formam o nariz, e é dividida pelo septo nasal em duas metades: direita e esquerda. É revestida pela continuação da pele do nariz, que em forma progressiva se transforma em mucosa nasal.<br />A cavidade nasal comunica-se posteriormente com a faringe, por meio de amplo orifício, a coana, e por pequenos orifícios, com os seios da face ou seios paranasais.<br />O assoalho corresponde ao teto da cavidade bucal.<br />A parede medial é formada pelo septo nasal.<br />A parede lateral, de ambos os lados, apresenta três relevos chamados conchas ou cornetos nasais - superior, médio e inferior - que delimitam espaços chamados meatos nasais superior, médio e inferior. A mucosa de revestimento é rica em vasos sanguíneos e tem nervos olfatórios, que permitem realizar suas funções respiratória e olfatória.<br /><br />As funções da cavidade nasal são: olfação, respiração, filtração de poeira, umidificação do ar inspirado e recepção de secreções provenientes dos seios paranasais e ductos lacrimonasais.<br /><br />A estruturas cartilaginosas do nariz são as cartilagens alares. Acima dessas estruturas cartilaginosas ficam o osso nasal. Pacientes com rinomegalia podem passar por uma intervenção cirúrgica acima dessa cartilagem com o cirurgião plástico.<br />A cocaína é uma amina e faz vasoconstricção, assim a perfusão diminui nessa região, causando a necrose da cartilagem local.<br />A cavidade nasal tem como função filtrar, aquecer e umidificar o ar e a olfação (através do nervo olfatório que emite suas terminações nervosas para as cavidades nasais).<br />Seios da face<br />Os seios paranasais são extensões cheias de ar da parte respiratória da cavidade nasal no interior dos ossos: maxila, etmóide, esfenóide e frontal.<br />- Seios frontais: drenam através do ducto frontonasal para o infundíbulo, que se abre no hiato semilunar do meato nasal médio. Inervados pelos ramos dos nervos supra-orbitais.<br />- Seios etmoidais: compreendem diversas cavidades - células etmoidais - que estão localizadas entre a cavidade nasal e a órbita. São supridos pelos ramos dos nervos nasociliares.<br />As células etmoidais anteriores drenam direta ou indiretamente para o meato médio do nariz através do infundíbulo.<br />As médias se abrem diretamente no meato nasal médio e são chamadas de “células da bolha” porque formam a bolha etmoidal.<br />As posteriores se abrem diretamente no meato superior do nariz.<br />- Seios esfenoidais: estão no corpo do esfenóide. Devido a estes seios, o corpo do esfenóide é frágil. São supridos pelas artérias etmoidais posteriores e o nervo etmoidal posterior.<br />- Seios maxilares: são os maiores dos seios paranasais. Ocupam os corpos das maxilas. Cada seio drena por uma abertura - óstio maxilar – no interior do meato médio. O suprimento arterial deve-se aos ramos da artéria maxilar e ramos da artéria palatina maior. A inervação é proveniente de ramos do nervo maxilar.<br /><br />A sinusite é uma <a title="Inflamação" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o">inflamação</a> dos <a title="Seios paranasais" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Seios_paranasais">seios paranasais</a>, geralmente associada a um processo infeccioso. As causas mais comuns que podem desencadear a sinusite são: a gripe, alergia, desvio do septo nasal e más condições climáticas. Mas existem várias maneiras de prevenir a sinusite. O primeiro passo é garantir uma boa função nasal, provocando uma drenagem adequada das cavidades. As medidas profiláticas em relação às alergias também funcionam positivamente para a prevenção da sinusite.<br />Esta patologia pode ser dividir em quatro tipos. O primeiro deles é o infeccioso. A sinusite neste caso tem características de dor na região dos seios da face, seguida de obstrução nasal, secreção purulenta e febre.<br />A sinusite alérgica apresenta dor nos seios da face e vem com todos os sintomas comuns da alergia, coriza clara e abundante, obstrução nasal e crises de <a title="Espirro" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Espirro">espirros</a>.<br />O terceiro tipo é a sinusite traumática, causada por diferença de pressão. Por exemplo, durante viagens de avião ou mergulho. Suas características são a dor maxilar e pouca obstrução nasal.<br />O quarto tipo de sinusite é a crônica. Neste caso a drenagem do muco fica definitivamente comprometida, e a mucosa fica espessa e fibrosa.<br />A parasinusite é quando vários seios inflamam.<br /><br />A fístula liquórica pode ocorrer quando há fraturas muito graves do nariz, favorecendo a migração de bactérias da flora nasal para o meio cefálico, e infecção das meninges. Ocorre rinorréia de líquor, uma descarga nasal de líquido claro, intermitente, que emana do nariz quando o paciente se inclina para frente.<br /><br /><br />Faringe<br />A faringe é a parte posterior das cavidades nasal e bucal, que se comunicam amplamente, constituindo uma via de passagem única para o ar e os alimentos dos sistemas respiratório e digestivo. É dividida em 3 partes:<br />- nasofaringe: posterior ao nariz até a úvula (ou palato mole);<br />- orofaringe: da úvula até a epiglote;<br />- hipofaringe ou laringofaringe: da epiglote até o início da traquéia (parte anterior) e do esôfago (parte posterior).<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK2zlahN2I/AAAAAAAAAFw/dfa5V6RYIQA/s1600-h/imagem2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278982710564566882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 280px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK2zlahN2I/AAAAAAAAAFw/dfa5V6RYIQA/s320/imagem2.JPG" border="0" /></a> A nasofaringe tem função respiratória.<br />O nariz se abre através de duas coanas: aberturas duplas entre a cavidade do nariz e a nasofaringe.<br />Tonsila faríngea ou adenóides: é um agregado de tecido linfóide. Encontra-se na túnica mucosa do teto da parede posterior da nasofaringe.<br />Prega salpingofaríngea: recobre o músculo salpingofaríngeo, que abre o óstio faríngeo da tuba auditiva durante a deglutição.<br />Tonsila tubária: coleção de tecido linfóide na túnica submucosa da faringe próximo do óstio faríngeo da tuba auditiva.<br /><br /><br />Adenóide<br />A adenóide é um agregado de tecido linfóide, cuja função é a defesa do organismo contra infecções. O crescimento exagerado da adenóide (hipertrofia) pode obstruir as vias nasais e impedir a respiração normal.<br />A hipertrofia de adenóide é chamada de adenoidite, que é uma inflamação das adenóides (ou tonsilas faríngeas) que pode obstruir a passagem de ar da cavidade do nariz através dos cóanos (ou coanas) para a nasofaringe, tornando necessária a respiração pela boca. Essa infecção proveniente das tonsilas faríngeas aumentadas pode se propagar para as tonsilas tubárias, causando tumefação e o fechamento das tubas auditivas. A diminuição da audição pode resultar da obstrução do nariz e do bloqueio das tubas auditivas.<br /><br />Ouvidos<br />O ouvido se divide em ouvido externo (que termina na membrana timpânica), ouvido médio (onde tem os ossículos – bigorna, estribo e martelo) e ouvido interno.<br />O ouvido médio se comunica com a garganta através do óstio faríngeo da tuba auditiva (ou trompa de eustáquio). Quando se muda de altitude em grandes proporções, sente-se uma pressão no ouvido.<br /><br />Tuba auditiva<br />A tuba auditiva conecta a cavidade timpânica à nasofaringe, onde se abre posterior ao meato inferior da cavidade nasal. Sua função é equilibrar a pressão na orelha média com a pressão atmosférica, permitindo, assim, o movimento livre da membrana timpânica. Como precisa ficar efetivamente aberta, ela precisa de alguns músculos do palato mole responsáveis pela equalização da pressão (estalando os tímpanos), sendo comumente associada com atividades como bocejo e deglutição.<br /><br />A otite média (ou infecção da orelha média) é causada pela infecção que se dissemina a partir da nasofaringe para a orelha média e que pode produzir perda da audição temporária ou permanente.<br /><div><a href="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK1pGeqS5I/AAAAAAAAAFo/MF3F9yB4tSg/s1600-h/imagem1.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278981430950120338" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 314px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUK1pGeqS5I/AAAAAAAAAFo/MF3F9yB4tSg/s320/imagem1.JPG" border="0" /></a> <div>A infecção no ouvido médio se faz através da tuba auditiva quando está com sua função prejudicada por inflamações ou obstruções, como acontece, por exemplo, nas alergias do nariz ou nas infecções da faringe (garganta). O germe (bactéria) presente na garganta migra pela tuba auditiva até o ouvido médio onde se multiplica nas secreções aí acumuladas, resultando uma otite média aguda. Também um vírus pode causar otite média. O risco de ocorrer uma infecção é maior se a tuba auditiva é pequena ou se não funciona de maneira eficiente, como acontece nas crianças pequenas. Também a criança que mama no peito ou toma mamadeira na posição deitada é mais propensa às otites porque a posição facilita a entrada de alimentos, sucos digestivos e germes na tuba auditiva. A infecção do ouvido médio ocorre, na maioria das vezes, após gripe. É freqüente, também, através do contato com outras crianças.<br /><br />Glote<br />A glote é o aparelho vocal da laringe. Compreende as pregas e os processos vocais junto com a rima da glote (abertura entre as pregas vocais). O formato da rima varia de acordo com a posição das pregas vocais, que numa respiração comum é estreita e cuneiforme e durante a respiração forçada é larga e em forma de pipa.<br />As pregas vocais controlam a produção de sons que saem da laringe. Cada prega possui um ligamento vocal e um músculo vocal.<br /><br />Laringe<br />A laringe está situada na parte média do pescoço, comunica-se superiormente com a faringe e inferiormente com a traquéia; realiza a função de fonação (produção da voz), e fecha as vias aéreas durante a deglutição dos alimentos. É constituída por cartilagens, membranas, ligamentos e músculos estriados voluntários que permitem as modulações da voz humana.<br />Ela é composta de 9 cartilagens, sendo 3 ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e 3 pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme).<br />As cartilagens tireóide, cricóide e aritenóide são cartilagens hialinas e podem sofrer calcificação, que se inicia depois dos 20 anos. As restantes são cartilagens elásticas.<br /><br />- Cartilagem tireóidea: é a maior das cartilagens. A margem superior e os cornos superiores fixam o osso hióide por meio da membrana tireo-hióidea. A articulação cricotireóidea é responsável pela rotação e deslizamento da cartilagem tireóidea, o que resulta em mudanças no comprimento das pregas vocais.<br />- Cartilagem cricóidea: é muito menor que a cartilagem tireóidea, porém é mais espessa e resistente. É o único anel completo de cartilagem a envolver qualquer parte da via aerífera. Fixa-se na margem inferior da cartilagem tireóidea pelo ligamento cricotireóideo mediano e no 1° anel traqueal pelo ligamento cricotraqueal.<br />- Cartilagens ariteóideas: são pares de pirâmides de 3 lados que se articulam com a cartilagem cricóidea. As articulações cricoaritenóideas permitem às cartilagens aritenóideas deslizarem aproximando-se ou afastando-se uma da outra, fazendo movimentos importantes na abordagem, retesamento e relaxamento das pregas vocais.<br />- Cartilagem epiglótica: fibrocartilagínea, dá flexibilidade à epiglote. Está situada atrás da raiz da língua e do osso hióide e na frente do adito da laringe.<br /><br />Os músculos de laringe são divididos em extrínsecos e intrínsecos:<br />- Músculos extrínsecos da laringe: movem a laringe como um todo. São levantadores da laringe (mm. tireo-hióideo, estilo-hióideo, milo-hióideo, digástrico, estilofaríngico e palatofaríngeo, supra-hióideos e estilofaríngeo) ou são abaixadores da laringe (mm. omo-hióideo, esterno-hióideo e esternotireóideo, infra-hióideos).<br />- Músculos intrínsecos da laringe: move as partes laríngeas, fazendo alterações no comprimento e tensão das pregas vocais e no tamanho e formato da rima da glote. Todos, exceto o músculo cricotireóideo, são supridos pelo nervo laríngeo recorrente. O músculo cricotireóideo é suprido pelo nervo laríngeo externo, um dos 2 ramos terminais do nervo laríngeo superior. Esses músculos são considerados como um grupo funcional:<br />O cricotireídeo estende e tensiona o ligamento vocal.<br />O tireoaritenóideo relaxa o ligamento vocal.<br />O cricoaritenóideo posterior abduz as pregas vocais.<br />O cricoaritenóideo lateral aduz as pregas vocais.<br />Os aritenóideos transverso e obliquo abduzem as cartilagens aritenóides (aduzindo a parte intercartilagínea das pregas vocais, fechando a rima da glote).<br />O vocal relaxa o ligamento vocal posterior enquanto mantém (ou aumenta) a tensão da parte anterior.<br /><br />O mecanismo de emissão do fonema está relacionado com a variação na tensão e comprimento das pregas vocais, na largura da rima da glote e na intensidade do esforço respiratório, que produz mudanças na altura do som da voz. Quanto maior o comprimento das pregas vocais, menor a amplitude da voz dos homens após a puberdade.<br />A laringe é a estrutura da fonação e é formada por um esqueleto cartilaginoso.<br />As pessoas emitem sons mais graves e sons mais agudos em função do movimento da cartilagem aritenóide (em cima da cartilagem cricóide). Quando a aritenóide roda, ela estica a prega vocal, mudando o tom para agudo; quando a aritenóide relaxa, ocorre o movimento contrário, e se fala mais grave.<br />A distância entre uma prega vocal e outra é chamada de rima da glote. Não se consegue falar na inspiração porque as pregas vocais estão abertas para aumentar a passagem de ar.<br />Para tratar o ronco, o paciente deve perder o peso, não ingerir bebidas alcoólicas e fazer exercícios que estimulem a musculatura da região.<br /><br />Cricotireoidostomia<br />A cricotireoidostomia ou laringotomia intercricotireoidiana ou coniotomia consiste na abertura da membrana cricotireóidea, cricotraqueal ou tireo-hióidea comunicando-a com o meio externo. É um procedimento simples, eficaz, seguro e rápido.<br />Indicações: sobretudo em caráter de urgência e emergência, particularmente no paciente politraumatizado com lesões maxilofaciais graves, onde a intubação não foi possível ou é contra-indicada. Nestas situações, a cricotireoidostomia é muito útil, pois permite o acesso rápido e seguro às vias aéreas. Toda cricotireoidostomia deve ser convertida para uma traqueostomia dentro de 24h-72h.<br />Contra-indicações: crianças (abaixo dos 10 anos), pelo risco de lesar as cordas vocais; em casos de urgência/emergência, pode-se tentar a traqueostomia de urgência ou a cricotireoidostomia por punção. Não deve ser utilizada eletivamente para acesso prolongado das vias aéreas.<br /><br />Traqueostomia<br />A traqueostomia é um procedimento cirúrgico ao nível do pescoço que estabelece um orifício artificial na <a title="Traquéia" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Traqu%C3%A9ia">traquéia</a>, abaixo da <a title="Laringe" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Laringe">laringe</a>, indicado em emergências e nas intubações prolongadas. O objetivo é não prejudicar as cordas vocais do paciente ao passar o tubo de ar.<br />A traqueostomia é um procedimento freqüentemente realizado em pacientes necessitando de ventilação mecânica prolongada. A técnica, nestes pacientes, apresenta diversas vantagens quando comparada com o tubo orotraqueal, incluindo maior conforto do paciente, mais facilidade de remoção de secreções da árvore traqueobrônquica e manutenção segura da via aérea. O tubo orotraqueal é mais utilizado quando o paciente vai ficar pouco tempo respirando com ventilação mecânica, como em cirurgias que requerem anestesia geral.<br />O procedimento de traqueostomia é simples. O pescoço do paciente é limpo e coberto e logo são feitas incisões para expor os anéis cartilaginosos que formam a parede externa da traquéia. Uma abertura é feita na traquéia entre o 1° e o 2° anel traqueal ou através do 2° até o 4° anel. Posteriormente, o cirurgião corta esses anéis e insere na traquéia um tubo de traqueostomiauma, preso ao pescoço por meio de esparadrapos, permitindo uma comunicação entre a traquéia e a região do <a title="Pescoço" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesco%C3%A7o">pescoço</a>.<br />Deve-se lembrar das veias tireóideas inferiores, da artéria tireóidea ima, da veia braquiocefálica esquerda, do arco venoso jugular, das pleuras, do timo e da traquéia.<br /><br />Edema de glote<br />O edema de glote é uma reação alérgica do organismo na qual, através do grande aumento das células de defesa, a garganta (glote) começa a inchar e pode se fechar, fazendo com que a respiração se torne difícil. Por ser uma reação alérgica, não existem substâncias certas que a causam e sim o contato com alguma substância que provoque reação alérgica. Bolo na garganta e falta de ar pode ser um indício do início do edema.</div></div>Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-40400048264389896152008-12-12T11:01:00.002-08:002008-12-12T11:02:21.787-08:00Vias Aéreas Inferiores<strong>Vias Aéreas Inferiores</strong><br /><br />As vias aéreas inferiores se inicia na traquéia, e consiste na traquéia, nos brônquios principais e nos seguimentos brônquicos ou árvore traqueobrônquica.<br /><br />Traquéia<br />As vias aéreas inferiores começam abaixo da última cartilagem da laringe (cartilagem cricóide), na traquéia.<br />A traquéia é constituída por anéis cartilaginosos conectados por uma membrana. Num corte transversal percebe-se que a laringe, a traquéia e os brônquios são revestidos por uma mucosa brônquica. O anel de cartilagem é um semicírculo (de aproximadamente 270º). Por tanto, a parede posterior da traquéia é formada por tecido muscular liso revestido internamente de mucosa, chamado de membranosa da traquéia.<br />Atrás da traquéia está o esôfago. A membranosa da traquéia facilita a passagem dos alimentos pelo esôfago.<br />Os anéis de cartilagem intercalados com os ligamentos permitem uma mobilidade da árvore brônquica.<br />À medida que se desce pela árvore brônquica, o aspecto da cartilagem muda, perdendo a forma de anel e passando a ser constituída de placas. Os brônquios são um local de passagem do ar; é preciso que esteja sempre aberto. A cartilagem promove uma sustentação da parede traqueobrônquica.<br />Nos bronquíolos terminais, os anéis cartilaginosos desaparecem, ficando apenas um tubo cilíndrico<br />A traquéia possui dois segmentos: um cervical e um torácico. A traquéia começa abaixo da cricóide, ou na borda inferior de C6, atravessa o pescoço, entra no mediastino médio e, ao nível de T4, ela se bifurca em dois ramos grandes. Essa área de bifurcação é chamada de carina traqueal.<br />Todas as outras bifurcações são chamadas de carina secundaria.<br />A traquéia se divide em brônquio fonte direito e brônquio fonte esquerdo, um para cada pulmão.<br /><br />O brônquio fonte direito é mais curto que o esquerdo. O brônquio fonte esquerdo possui um ângulo mais perpendicular a traquéia enquanto o brônquio fonte direito parece quase uma continuação da traquéia.<br />Se uma criança aspira um corpo estranho, baseando se na anatomia, o corpo estranho iria para o brônquio fonte direito.<br />Quando se faz uma entubação orotraqueal, e se introduz muito o tubo, ele certamente se direcionará pelo brônquio fonte direito, insuflando apenas o pulmão direito. Isto é chamado de entubação seletiva.<br /><br />Os brônquios fonte direito e esquerdo vão se dividir em brônquios lobares.<br />O pulmão direito tem 3 lobos, então o brônquio fonte direito se divide em 3 brônquios: o brônquio do lobo superior direito, o brônquio do lobo médio direito e o brônquio do lobo inferior direito.<br />O pulmão esquerdo possui dois lobos, então o brônquio fonte esquerdo se divide em brônquio do lobo superior esquerdo e brônquio do lobo inferior esquerdo.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-4010627782845217292008-12-12T11:01:00.001-08:002008-12-12T11:01:44.360-08:00Pulmão<p><strong>Pulmão</strong></p><p><br />Cada lobo do pulmão possui segmentos. O superior direito possui três segmentos; o médio direito possui dois segmentos e o inferior direito possui cinco segmentos.<br />Esses segmentos são brônquios segmentares.<br />No lobo esquerdo, o superior possui quatro segmentos e o inferior possui variações. Existe um segmento no lobo superior esquerdo chamado de língula que pertence ao lóbulo superior esquerdo e é o correspondente do lobo médio direito.<br />Cada segmento possui um nome baseado na posição anatômica.<br />Por exemplo, no lobo superior direito existem três nomeados de acordo com a posição: o segmento apical, o segmento posterior e o segmento anterior. O lobo médio possui os segmentos lateral e o medial. Já o inferior possui cinco segmentos que são: basal anterior, basal posterior, basal lateral e basal medial. Existe também um segmento apical no lobo inferior.<br />O nome do segmento é simplesmente equivalente à sua posição.<br /><br />Os lobos são separados por fissuras, que é a pleura visceral que entra entre os lobos.<br />No pulmão direito existe duas fissuras: a fissura oblíqua (que separa o lobo inferior do médio e do superior) e a horizontal (que separa o lobo superior do médio). No esquerdo só há uma fissura que separa o lobo superior do inferior.<br /><br />O hilo pulmonar é composto pelas artérias pulmonares direita e esquerda, veias pulmonares direita e esquerda e brônquios fontes direito e esquerdo.<br />No hilo do pulmão direito está a artéria pulmonar direita, a veia pulmonar direita e o brônquio fonte direito.<br />No hilo do pulmão esquerdo está a artéria pulmonar esquerda, a veia pulmonar esquerda e o brônquio fonte esquerdo.<br /><br />As artéria brônquicas, que nutrem os brônquios, partem da aorta. A veia brônquica direita drena para veia ázigos, e a esquerda para hemiázigos.<br />Os lobos do pulmão são drenados para linfonodos localizados no mediastino. Existem linfonodos paratraqueais, pré-traqueais, subcarinais, hilares e lobares. A linfa corre da periferia para o hilo e para o mediastino.</p>Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-84653227287878940272008-12-12T11:00:00.001-08:002008-12-12T11:00:54.299-08:00Coração<strong>Coração</strong><br /><br />O coração é um órgão cônico com a ponta (ou ápice) voltado para baixo, para esquerda e para frente. Ele está no mediastino.<br />Na morfologia externa do coração observa-se a forma e as partes do coração. Na prática clínica, o coração sofre um processo de infarto que é identificado de acordo com a localização.<br />Os vasos da base existem em uma região do coração que se chama base (na porção superior do coração).<br />Na interseção da linha hemiclavicular esquerda com o quinto espaço intercostal esquerdo está o ponto de toque entre o ápice e a parede torácica, denominado ictus cordis. È o local onde a ponta do coração toca a parede torácica anterior.<br /><br />A face do coração que esta voltada para frente é a anterior; a voltada para baixo é a inferior ou diafragmática (que é o segmento do coração onde repousa no diafragma); e a face posterior está voltada para trás.<br />Abaixo do ápice do coração está o diafragma.<br />Os vasos da base são compostos pelas seguintes estruturas: a artéria aorta, a artéria pulmonar (se divide em duas), as veias cavas (superior e inferior) e as veias pulmonares (2 direitas e 2 esquerdas).<br /><br />Posteriormente ao coração está o esôfago (em contato com o AE). E também o ducto torácico, o sistema ázigos, a cadeia simpática e a coluna vertebral (T7 a T11).<br />O coração é revestido por um tecido fibroso chamado pericárdio que mantém ele firme no mediastino. Existe o pericárdio fibroso (por fora), e a parte interna do pericárdio chamada pericárdio seroso, junta ao miocárdio (a estrutura muscular contrátil).<br />A câmara cardíaca que fica anteriormente, junto ao esterno, é o VD.<br /><br />O pulmão é revestido pela pleura visceral, que quando chega ao hilo pulmonar, deflete no mediastino, chamando-se pleura mediastinal. Ela recobre externamente o pericárdio fibroso.<br /><br />A artéria pericardiofrênica vai do pericárdio para o diafragma, passando entre o pericárdio fibroso e a pleura mediastinal.<br /><br />Entre o VE e o VD está o septo interventricular.<br />O VE é mais duro e mais espesso que o VD; possui uma câmara muscular mais desenvolvida porque bombeia sangue para o corpo todo.<br /><br />As artérias coronárias levam sangue rico em oxigênio para a parede cardíaca. Existem duas coronárias: uma direita e uma esquerda. As coronárias saem da aorta.<br />A coronária direita sai da aorta percorre o sulco atrioventricular em direção a parede posterior e diafragmática do coração. É chamada de descendente posterior, chegando entre os dois ventrículos. A coronária direita é longa. O primeiro ramo da coronária direita é o ramo marginal direito. O ramo terminal da coronária direita é a artéria interventricular posterior.<br />A coronária esquerda é curta. O primeiro ramo da coronária esquerda é o interventricular anterior. Depois, ela passa a se chamar circunflexa. A circunflexa emite o ramo marginal esquerdo.<br />As artérias coronarianas levam o sangue arterial para o músculo cardíaco. Ele contrai, gasta energia (oxigênio), libera CO2. O sangue venoso volta pelas três veias cardíacas. Elas desembocam no seio coronário, que vai para o AD.<br /><br />A válvula bicúspide ou mitral ou atrioventricular esquerda separa o AE do VE.<br />A válvula atrioventricular direita ou tricúspide separa o AD do VD.<br /><br />Os componentes de uma válvula são os folhetos ou cúspides, que no caso são cordoalhas tendíneas (músculos papilares).<br />A sífilis destrói essas cordoalhas.<br />Na diástole, as válvulas atriais ficam fechadas e as válvulas atrioventriculares abertas.<br /><br />Endocardite é uma inflamação da camada mais interna do miocárdio, o endocárdio. A endocardite bacteriana é causada pelo Estreptococos beta-hemolítico do grupo A. Ela ataca o endocárdio e as cordoalhas.<br /><br />As válvulas arteriais possuem três folhetos ou cúspides. A válvula pulmonar fica na frente da artéria pulmonar.<br />A borda livre das válvulas, desta cúspide, é chamado lúnula. E o centro, o botão, é chamado de nódulo de arâncio. Lúnula é a borda toda.<br /><br />Quando se ausculta o coração, os sons escutados são denominados bulhas cardíacas, e se referem ao fechamento das válvulas cardíacas.<br /><br />As coronárias são mais perfundidas na diástole, pois na sístole ele passa em alta velocidade, não dando tempo dele seguir para as coronárias.<br /><br />Pressão arterial é o produto do débito cardíaco com a resistência vascular periférica.<br /><br />No sistema de condução elétrica do coração, o estímulo elétrico parte de um local (nó sinusal), percorre três feixes internodais, vai ao nodo atrioventricular que se bifurca e se distribui pelo coração.<br />O nodo sinusal é de onde os estímulos autonômicos partem. As células altamente especializadas se despolarizam em uma freqüência normal de 60 a 100 vezes por minuto, gerando os batimentos cardíacos.<br />Este estimulo percorre descendentemente três feixes internodais, que estão entre dois nodos, um feixe anterior, septal e posterior.<br />O estimulo chega ao nodo atrioventricular (nodo AV), onde se despolariza em uma freqüência menor de 40 a 50 vezes/minuto. Essa lentificação ocorre para que o átrio e o ventrículo não se contraiam ao mesmo tempo.<br />O nodo AV é responsável por lentificar o estimulo que vem do nodo sinusal, de maneira a fazer com que o átrio se contraia enquanto o ventrículo se relaxe e vice-versa.<br />Uma vez o estimulo chegando ao sistema atrioventricular, ele percorre o feixe de His, responsáveis por distribuir igualmente a eletricidade por toda área do ventrículo. Esse sistema é chamado de sistema Hiss-Purkienje. Ele leva o estimulo até o ápice do coração para que os ventrículos possam começar a se despolarizar de cima para baixo.<br /><br />O nodo sinusal e um marcapasso biológico.<br />A freqüência cardíaca aumentada e chamada taquicardia. E diminuída é chamada bradicardia.<br /><br />Circulação pré-natal: O suprimento sangüíneo do feto é feito via placentária, com duas artérias e uma veia.<br />O sangue se mistura na circulação fetal, pois o concepto não tem pulmão para oxigená-lo.<br />Existem algumas comunicações entre artérias e veias para facilitar as trocas metabólicas.<br />A veia umbilical entra no fígado e faz uma comunicação chamada de “ducto venoso” entre a veia porta e a veia cava inferior. O sangue vem pela veia cava inferior e não entra no pulmão ele tem que voltar para a placenta, porque o pulmão não esta funcionando. O tronco pulmonar se comunica com a aorta, que está levando sangue para o corpo inteiro.<br />O sangue venoso vai para a placenta.<br />Entre os átrios e entre os ventrículos existem comunicações. Uma comunicação interatrial chamada de forame oval e uma comunicação interventricular.<br /><br />O ducto arterioso é a comunicação entre o tronco pulmonar e a aorta. Quando o feto nasce, o pulmão precisa funcionar, e o ducto arterioso se fecha, virando um ligamento e perdendo a função anterior.<br /><br />As comunicações entre átrio e ventrículo também se fecham. Quando isso não ocorre (patologicamente), gera o ruído de um sopro na ausculta cardíaca infantil.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-61425899187296082952008-12-12T10:59:00.000-08:002008-12-12T11:00:11.328-08:00Trato Digestório<strong>Trato Digestório</strong><br /><br />O trato digestório é um tubo único que se estende da boca até o ânus, e em determinados trajetos desse tubo ele vai receber algumas denominações e características próprias, por exemplo, o esôfago, o estômago (que vem a ser uma dilatação), o intestino delgado, intestino grosso e o ânus. Tudo faz parte de um tubo único, com esfíncteres e dilatações com características próprias e nomes próprios.<br />As camadas teciduais do trato digestório são mucosa, submucosa, muscular e serosa. O esôfago é uma exceção, por não ter a camada serosa.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-67229186415370613602008-12-12T10:50:00.001-08:002008-12-12T10:59:37.462-08:00Esôfago<strong>Esôfago</strong><br /><br />O esôfago é um órgão tubular fibro-músculo-mucoso com cerca de 23 a 25cm de comprimento, cuja função principal é conduzir o alimento da cavidade oral até o estômago. É um órgão que faz parte do trato digestório.<br />Ele começa na região do pescoço (ou cervical), depois passa pelo tórax, e depois abdômen. É um órgão que percorre três regiões, então ele vai ter três denominações: esôfago cervical, esôfago torácico e esôfago abdominal, de acordo com a região que ele percorre.<br /><br />O esôfago é um tubo muscular que se estende do esfíncter superior até sua transição entre o esôfago e o estômago que é chamado de cárdia.<br />O esôfago possui lâminas circulares internas de músculo e lâminas longitudinais externas de músculo (no terço superior, com músculo esquelético, no terço médio com ambos os músculos, e no terço inferior de músculo liso).<br />A faringe tem três músculos, constrictor superior, médio e inferior. O esôfago começa no músculo constrictor inferior da faringe, que também é denominado de esfíncter esofagiano superior. Esse esfíncter esofagiano superior é músculo estriado esquelético, porque é o músculo da deglutição, cujo ser humano é capaz de controlar. Do músculo constrictor inferior da faringe até o estômago mede mais ou menos o trajeto de 15cm. Contando do incisivo superior até o estômago, 25cm (medido geralmente pela endoscopia). Do esfíncter esofagiano superior, são 20cm.<br />O terço proximal do esôfago é musculatura esquelética, então a gente tem controle. A partir do terço médio, é musculatura lisa, então não temos mais controle.<br /><br />No trajeto do esôfago até o estômago, durante a deglutição, ocorre três compressões (constrições), nas quais podem ser observadas na deglutição através de radiografia contrastada, que utiliza o bário (um líquido radiopaco) no exame, mostrando o estreitamento do lúmem onde as estruturas adjacentes produzem impressões importantes que indicam mais provavelmente a localização dos possíveis objetos estranhos deglutidos e entalados ou um estreitamento após ingestão acidental de um líquido cáustico num caso de bloqueio esofágico:<br />- No seu início, na junção faringo-esofágica (esfíncter esofágico superior), causada pelo músculo constritor inferior da faringe (15cm dos dentes incisivos).<br />- Na constrição broncoaórtica (torácica), onde ele é cruzado pelo arco da aorta. (22,5cm dos dentes incisivos) e pelo brônquio principal esquerdo (a 27,5cm dos dentes incisivos).<br />- Na constrição diafragmática, onde ele passa através do diafragma, formando o esfíncter fisiológico esofágico inferior (aproximadamente a 40cm dos dentes incisivos).<br />As constrições não são visíveis no esôfago vazio. Entretanto, à medida que ele se expande durante o enchimento, as estruturas citadas comprimem suas paredes.<br />Se a pessoa tem uma doença em que o botão aórtico aumenta muito ela terá disfagia. É o que acontece na doença de Chagas.<br /><br />Observando o esôfago na posição anatômica, percebe-se que ele tem uma leve curvatura no trajeto de um “Z”.<br />No desenvolvimento embriológico a aorta sai de VE ela faz o cajado e nessa rotação ela ocupa o lado esquerdo no plano mediano e o esôfago ocupa o lado direito.<br />Então, se ocorrer uma lesão do esôfago cervical, aborda-se do lado esquerdo, pois o acesso ao esôfago fica mais fácil. Se for na porção torácica do esôfago, aborda-se o lado direito do paciente.<br /><br />A maior parte do esôfago está na cavidade torácica e a menor parte está na cavidade abdominal, abaixo do diafragma.<br />O esôfago começa na região cervical, no músculo constrictor inferior da faringe, e termina no estômago. Durante esse trajeto, ao atravessar o diafragma, existe um orifício, chamado de hiato esofágico, um “buraco” no diafragma por onde o esôfago chega à cavidade abdominal. Na cavidade abdominal temos alguns hiatos (furos, ou passagens), como por exemplo, o hiato aórtico (por onde passa a aorta).<br />Os hiatos são usados como passagem para estruturas que têm transição entre o tórax e o abdômen, e tem que atravessar o diafragma, que é o limite entre a cavidade torácica e abdominal.<br />Existe o hiato aórtico, o hiato esofágico, hiato da veia cava.<br /><br />No hiato esofagiano existe um esfíncter (um músculo que controla a passagem do alimento de um segmento do tubo para outro). Mas este não é um esfíncter verdadeiro, pois não é composto por musculatura. É um “esfíncter fisiológico”.<br />Então o esfíncter esofagiano inferior é um esfíncter fisiológico, e impede o refluxo dos alimentos do estômago pra dentro do esôfago.<br />Existe uma transição do epitélio do esôfago para o epitélio do estômago, uma mudança brusca de tecido chamado de linha Z.<br />A Linha Z é uma linha denteada designada por cirurgiões e endoscopistas onde a túnica mucosa muda abruptamente da túnica mucosa do esôfago para a túnica mucosa do estômago, como a junção esofagogástrica.<br />O epitélio do esôfago não é igual do estômago, e por isso não tolera tanta acidez.<br />Neste segmento pode haver o refluxo do ácido do estômago para o esôfago, o chamado refluxo gastro-esofágico, que é uma falha do esfíncter esofagiano inferior.<br />O esfíncter esofagiano inferior é um complexo de estruturas que mantém aquela região fechada, que são: crura diafragmática (ou pilares diafragmáticos), ângulo de His (é um ângulo formado entre o terço distal do esôfago e o fundo gástrico), e por uma membrana chamada freno-esofágica, que fixa o esôfago no diafragma. Essas estruturas ajudam impedindo o refluxo.<br /><br />O esôfago não tem a camada serosa, e por isso, as metástases e tumores no esôfago ocorrem com mais rapidez do que nos outros órgãos e disseminam com mais facilidade.<br />Tem apenas musculatura longitudinal externa e musculatura circular interna.<br />O fato de não ter serosa deixa o esôfago muito friável, fácil de rasgar.<br />A serosa é uma camada que dá sustentação. Lesões no esôfago têm mais chances de desenvolverem fístulas.<br />As suturas de esôfago têm maior chance de sofrer rompimento dos pontos. Isso torna difíceis as cirurgias de esôfago.<br /><br />Quando não está havendo deglutição, o esôfago fica contraído (fechado). E durante o seu trajeto, ele tem relação anatômica com outras estruturas. No esôfago cervical, temos relação posterior à traquéia, lateralmente os vasos jugular interna e carótida comum, nervo vago, nervo frênico, plexo cervical, do lado esquerdo o ducto torácico. Na região torácica, o esôfago se localiza no mediastino posterior juntamente com a aorta descendente (torácica), logo relação anatômica é intima com a aorta, arco aórtico, pleura, os pulmões, ainda com a traquéia. E na cavidade abdominal relação intima com o estômago e o diafragma.<br /><br />Os vasos linfáticos do esôfago são contínuos. Se existe um tumor no terço médio, não se pode tirar apenas o terço médio do esôfago, é preciso fazer uma esofagectomia total; isso porque a drenagem linfática é contínua e vai para o ducto torácico. Não dá para tirar segmentos. No lugar do esôfago, geralmente coloca-se um pedaço do estômago ou do intestino grosso (cólon transverso), que é preparado e quando implantado tem peristalse normal. Essa cirurgia denomina-se esofagoplastia.<br /><br />O plexo linfático do esôfago cervical é drenado pelo ducto torácico e é formado por gânglios mediastinais, traqueais, subcarinais, e linfonodos diafragmático e celíaco.<br /><br />O esôfago tem um plexo nervoso interno, dentro do órgão. Ele se contrai ao estímulo doloroso. Um impulso elétrico é gerado dentro das camadas do órgão. O movimento peristáltico, que é o movimento do bolo alimentar ao longo do trato digestório, é gerado pela distensão provocada pelo bolo alimentar que chega dentro no órgão e a liberação de neurotransmissores na musculatura.<br />O órgão responde com uma contração, que movimenta o bolo alimentar, re-estimulando o plexo até que ele chegue ao estômago. Esse plexo é chamado de plexo mioentérico de Meissner-Auerbach, porque é gerado dentro das camadas do trato digestório, isso no trato digestório inteiro. Isso tem no esôfago no terço médio e inferior, porque no terço superior é musculatura esquelética.<br /><br />A vascularização do esôfago cervical é feita por vasos cervicais, principalmente ramos da artéria tireóidea superior, ramos da artéria tireóidea inferior. No esôfago torácico, vamos ter ramos direito da aorta torácica, ramos intercostais e artérias brônquicas. Entre o diafragma e o estômago, estão as artérias frênicas (do diafragma) inferiores e artéria gástrica esquerda, que vem do tronco celíaco.<br /><br />A drenagem venosa na parte cervical é feita por ramos da subclávia e hipofaringe; na parte torácica, pelas veias ázigos, hemiázigos e intercostais; na parte abdominal, pelos ramos das veias gástricas, que são ramos da veia porta.<br />A veia porta drena para o fígado. Uma obstrução na veia porta impede a passagem de todo o sangue da cavidade abdominal que drena para veia porta, o que inclui o esôfago abdominal, fazendo com que as veias se dilatem e inchem e suas válvulas se tornem incompetentes. O sangue começa então a congestionar na região de estômago e esôfago, o que é chamado de varizes do esôfago e gástricas. Ao se romperem, o sangue vai pra dentro do estômago e esôfago, gerando hemorragia digestiva alta.<br /><br />Existe uma inervação extrínseca que é feita pelo plexo simpático e pelo nervo vago, que faz a inervação parassimpática de todo o trato digestório e a inervação intrínseca que é feita pelo plexo mioentérico. O nervo vago desce paralelo ao esôfago até a cavidade abdominal.<br /><br /><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKzwBpeRQI/AAAAAAAAAFg/Bed_E9CPxnQ/s1600-h/imagem6.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278979350889121026" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 166px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKzwBpeRQI/AAAAAAAAAFg/Bed_E9CPxnQ/s320/imagem6.JPG" border="0" /></a> Vascularização do esôfago<br />Suprimento arterial da parte cervical:<br />- ramos provenientes das artérias tireóideas inferiores (ramos da artéria subclávia)<br /><br />Suprimento arterial da parte torácica:<br />- artérias esofágicas (ramo da aorta)<br />- ramos brônquios ( ramos da aorta)<br /><br />Suprimento arterial da parte abdominal do esôfago:<br />- artéria gástrica esquerda (ramo do tronco celíaco)<br />- artéria frênica inferior esquerda (ramo da aorta)<br /><br />Drenagem venosa da parte cervical:<br />- tributárias das veias tireóideas inferiores<br /><br />Drenagem venosa da parte torácica:<br />- veias esofágicas que entram na veia ázigo para o sistema venoso sistêmico (plexo venoso esofágico)<br /><br />Drenagem venosa da parte abdominal do esôfago:<br />- veia gástrica esquerda para o sistema venoso porta ( é uma tributária da veia porta do fígado)<br /><br />Drenagem linfática da parte cervical:<br />- drenam para os linfonodos paratraqueais e linfonodos cervicais profundos inferiores.<br /><br /><div><a href="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKzbssogpI/AAAAAAAAAFY/CZRDw3zktC8/s1600-h/imagem5.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278979001667846802" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 156px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKzbssogpI/AAAAAAAAAFY/CZRDw3zktC8/s320/imagem5.JPG" border="0" /></a></div><div>Drenagem linfática da região torácica:<br />- linfonodos mediastinais posteriores<br />- linfonodos intercostais<br />- linfonodos diafragmáticos<br /><br />Drenagem linfática da parte abdominal do esôfago:<br />- é para os linfonodos gástricos esquerdos. Os vasos linfáticos eferentes provenientes destes linfonodos drenam principalmente para os linfonodos celíacos.<br /><br />Inervação do esôfago<br /><br />Inervação da parte cervical: recebe fibras somáticas provenientes de:<br />- ramos do nervo laríngeo recorrente, que se situa no sulco traqueoesofágico de cada lado do esôfago.<br />- fibras vasomotoras provenientes dos troncos simpáticos cervicais através do plexo em torno da artéria tireóidea inferior.<br /><br />Inervação da parte abdominal:<br />- troncos vagais (que se tornam nervos gástricos anterior e posterior, suas ramificações). O nervo vago é responsável pela secreção e movimentos peristálticos.<br />- troncos simpáticos torácicos<br />- nervos esplâncnicos maior e menor: derivam do simpático e ao se juntarem vão formar o plexo esofágico.<br />- plexo nervoso esofágico (em torno das artérias gástrica esquerda e frênica inferior).<br />- plexo nervoso intrínseco dentro do trato digestório, que é submucoso e vai ativar movimentos peristálticos na falta desses nervos.</div><div><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKzSrcdL7I/AAAAAAAAAFQ/0GvJA78cbTQ/s1600-h/imagem4.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278978846712737714" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 155px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKzSrcdL7I/AAAAAAAAAFQ/0GvJA78cbTQ/s320/imagem4.JPG" border="0" /></a> Divertículo de Zenker<br />Existe uma patologia no qual existe um enfraquecimento da região do músculo constrictor da faringe (entre os músculos constritores médio e inferior) na transição faringo-esofágica.<br />Quando o músculo se torna muito rígido, o alimento não consegue passar com facilidade pelo esôfago, causando obstrução.<br />O esôfago, que é um músculo, faz uma força intensa, mas não consegue vencer o obstáculo. Sua musculatura, então, sai pela transição crico-esofágica (faringo-esofágica) gerando uma hérnia (divertículo de Zenker). Há uma fragilidade desta área e a mucosa fica herniada (para fora).<br />Após isso, o alimento que passa por ali começa a se acumular no divertículo. Quando o paciente deita-se para dormir, ele regurgita o bolo alimentar que estava no divertículo. Quando ele faz gargarejo ou aperta no local, percebe um barulho. Em alguns casos é preciso que ele coma com a cabeça levantada.<br />O tratamento do divertículo de Zenker é cirúrgico.<br /><br />Hérnia de Hiato<br />A hérnia de hiato é uma protrusão de uma parte do estômago no mediastino através do hiato esofágico do diafragma.<br />Ocorre mais nas pessoas após meia idade por causa do enfraquecimento da parte muscular do diafragma e da dilatação do hiato esofágico. São aflitivas e causam dor.<br />- Hérnia de hiato por deslizamento: a parte abdominal do esôfago, a cárdia e partes do fundo do estômago deslizam superiormente através do hiato esofágico para o tórax, especialmente quando a pessoa se deita ou se inclina. Alguma regurgitação do conteúdo do estômago para o esôfago é possível porque a ação de pinçamento pilar direito do diafragma na extremidade inferior do esôfago é fraca.<br />- Hérnia de hiato paraesofágica: é menos comum, a cárdia permanece na sua posição normal. Contudo, uma bolsa de peritônio contendo parte do fundo estende-se através do hiato esofágico anterior ao esôfago. Neste caso não há regurgitação dos conteúdos gástricos porque o óstio cárdico está na sua posição normal.<br />Ela ocorre quando se tem uma fragilidade dos ligamentos frênico-esofágicos, alargamento do hiato (esfíncter esofagiano inferior), e o fundo do estômago passa então para dentro da cavidade torácica, causando refluxo gástrico.<br />Outra causa é refluxo gástrico é causado por falha do esfíncter esofagiano inferior, o que gera fibrose no local, enrugamento e encurtamento do esôfago. Quando ele se contrai, leva o estômago gerando a hérnia de hiato.<br /><br /><div> </div><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKy-48lLyI/AAAAAAAAAFI/Wm-E3_5G770/s1600-h/imagem3.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278978506739756834" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 235px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKy-48lLyI/AAAAAAAAAFI/Wm-E3_5G770/s320/imagem3.JPG" border="0" /></a></div><div>Varizes Esofagianas<br />Varizes esofágicas: na hipertensão portal, uma pressão sanguínea anormalmente aumentada no sistema venoso porta, faz com que um volume de sangue anormalmente grande desviando-se do fígado deixem as veias esofágicas dilatadas, formando varizes esofágicas (canais colaterais que podem se romper e causar hemorragia severa). É comum em etilistas que desenvolveram cirrose de fígado.<br /><br />Tumores de Esôfago<br />O estômago tem um epitélio colunar e o esôfago (da linha Z pra cima) tem um epitélio escamoso (pseudo-estratificado não queratinizado).<br />O epitélio colunar agüenta bem secreção ácida, o escamoso não.<br />Com o tempo, a acidificação do epitélio escamoso pode causar câncer, através da modificação dos tecidos da mucosa do esôfago que não está preparada para o ácido.<br /><br />Tumores no esôfago cervical podem ser causa de rouquidão quando atingem o nervo laríngeo recorrente, porque esse nervo inerva as cordas vocais.<br />O câncer do esôfago dificuldade na deglutição. Disfagia em pessoa com mais de 45 anos é uma suspeita. A comprovação se faz pela esofagoscopia (utiliza um tubo fino: esofagoscópio). Normalmente as células cancerígenas se espalham por metástase para os linfonodos gástricos esquerdos e assim algumas destas células entram no ducto torácico e passam para o sistema venoso.<br />O tratamento desses tumores esofagianos é a retirada cirúrgica total do órgão.<br /><br />Atresia de Esôfago<br />A atresia (fechamento) de esôfago é uma patologia de nascença comum na área de cirurgia pediátrica onde o esôfago é fechado na sua porção final. Ela ocorre por falhas no processo de formação e separação do intestino anterior do trato respiratório, que levam a essa afecção.<br />Ao se passar uma sonda dentro da cavidade nasal até o estômago, percebe-se que a mesma não progride. Não existe continuidade do esôfago.<br /><br />Caso Clínico 1:<br />Um paciente com fortes dores no peito é admitido no setor de emergência. A hipótese diagnostica inicial é de infarto. Realizado ECG este se mostrou normal e exame cardiovascular sem alterações abdome tenso rígido e doloroso a palpação superficial.<br /><br />1) Qual hipótese diagnóstica?<br />Dor precordial, que pode estar relacionada com o esôfago e com o coração. Como o ECG deu normal, deve-se tratar de uma esofagite, que consiste na <a title="Inflamação" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o">inflamação</a> da mucosa que recobre o interior do <a title="Esófago" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Es%C3%B3fago">esôfago</a>.<br />2) Qual a explicação para a dor precordial (dor referida)?<br />A dor precordial referida ocorre porque a dor visceral é transmitida pelas fibras aferentes viscerais que acompanham as fibras simpáticas e é tipicamente referida às estruturas somáticas, por isso parece ser uma dor superficial.<br />3) Qual explicação anatômica para rigidez abdominal?<br />A rigidez abdominal corresponde ao dermátomo da região.<br /><br />Caso Clínico 2:<br />Paciente masculino 56 anos tabagista e estilista de longa data queixando-se de emagrecimento excessivo, tosse após alimentação, disfagia, rouquidão.<br />Exame físico: emagrecido desnutrição protéico calórica acentuada.<br />Foram solicitados: Seriografia, EDA e TC.</div><div><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKyv5zRdRI/AAAAAAAAAFA/gt-YVGP1Yug/s1600-h/imagem2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278978249271112978" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 246px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKyv5zRdRI/AAAAAAAAAFA/gt-YVGP1Yug/s320/imagem2.JPG" border="0" /></a> Hipótese Diagnóstica: CÂNCER DE ESÔFAGO, porque há dificuldade na deglutição (disfagia) e é uma pessoa com mais de 45 anos. Normalmente as células cancerígenas se espalham por metástase para os linfonodos gástricos esquerdos e assim algumas destas células entram no ducto torácico e passam para o sistema venoso. A compressão dos nervos laríngeos recorrentes por câncer do esôfago produz rouquidão.</div><div><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKymrTVwuI/AAAAAAAAAE4/CSr7oyq_OB0/s1600-h/imagem1.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278978090760258274" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 75px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKymrTVwuI/AAAAAAAAAE4/CSr7oyq_OB0/s320/imagem1.JPG" border="0" /></a> <div>1) Quais as estruturas correspondentes aos números 3 e 4 (na 1ª TC)?<br />03: traquéia e 04: esôfago.<br />2) Qual a explicação anatômica para tosse constante após alimentação?<br />Ocorrência de fístula para a traquéia, uma comunicação do esôfago para a traquéia. A invasão do nervo laríngeo também.<br />3) Qual a explicação para a rouquidão?<br />A invasão do nervo laríngeo recorrente.<br />4) Qual estrutura corresponde ao esôfago (2ª TC)?<br />A estrutura de número 06.<br />5) Qual o tratamento?<br />Esofagectomia. </div></div></div></div></div></div>Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-20425277318270399562008-12-12T10:40:00.000-08:002008-12-12T10:47:11.131-08:00Cavidade Abdominal<strong>Cavidade Abdominal</strong><br /><br />Na dissecção do abdome existem as seguintes camadas:<br />- pele;<br />- gordura (tecido adiposo subcutâneo); o tecido adiposo subcutâneo pode se espessar em determinadas regiões do abdome, como é o caso da região inguinal. Essa gordura se espessa e forma uma fáscia que é chamada de Fáscia de Scarpa.<br />- aponeurose;<br />- músculos;<br />- fáscia transversal;<br />- tecido extraperitoneal;<br />- peritônio.<br /><br />A porção muscular do abdome é formado por quatro músculos que estão na parede ântero-lateral do abdome: oblíquo externo, oblíquo interno, transverso do abdome e reto do abdome.<br /><br />A parede abdominal recebe uma musculatura que vem desde a parte anterior, passa pela lateral e abraça a região posterior. Essa musculatura é considerada ântero-latero-posterior, e dispõe-se em estojos através de suas fáscias, que se prendem aos ossos, formando aponeuroses. Elas vão formar na região mediana do corpo a linha alba (branca ou média), que vai dividir o abdome em lados direito e esquerdo.<br /><br />Linha Alba:<br />A Linha Alba é uma faixa fibrosa que corre verticalmente toda a extensão da parede abdominal anterior e que recebe as fixações dos músculos oblíquos e transverso do abdome. Esta “rafe tendínea” (costura) é estreita abaixo do umbigo e larga acima dele. Ela dá passagem a pequenos vasos e nervos para a pele. Nas pessoas musculosas magras, um sulco é visível na pele que reveste a linha Alba.<br />No seu meio, subjacente ao umbigo, a Linha Alba contém o anel umbilical, um defeito na linha Alba através do qual os vasos umbilicais do feto passam para o cordão umbilical e a partir dele para a placenta. Todas as lâminas da parede abdominal ântero-lateral fundem-se no umbigo.<br />Ela é o local mais indicado para se acessar o abdome em uma cirurgia de emergência.<br /><br />A musculatura abdominal é formada pelos músculos retos abdominais, transverso, oblíquo interno e oblíquo externo. Essa musculatura da parede anterolateral vai se inserir no osso púbico e vai formar também a região inguinal. A inserção dessa musculatura faz com que algumas áreas tenham uma certa fragilidade, devido a ausência da parte carnosa do músculo e sobreposição da aponeurose. Com isso, formam-se linhas onde há pouca resistência abdominal, que com uma pressão tem-se a possibilidade de exteriorização de vísceras abdominais por essas áreas.<br />Cada um desses músculos vai jogar sua fáscia em direção à linha média. Como essas fáscias estão presas no apêndice xifóide e no osso púbico elas formam aponeuroses. Com isso, formam-se dois estojos: um superior e outro inferior à região da cicatriz umbilical.<br />Em um corte transverso, na região acima da cicatriz umbilical, temos o músculo transverso com sua fáscia passando abaixo do músculo reto abdominal. Já a fáscia do oblíquo interno manda uma lâmina abaixo e outra acima do reto abdominal o abraçando.<br />Então abaixo do reto abdominal temos uma fáscia do músculo transverso e uma parte da fáscia do músculo oblíquo interno. E acima do reto abdominal temos uma parte da fáscia do obliquo interno e uma fáscia do obliquo externo. Portanto temos abaixo do reto abdominal uma aponeurose profunda e acima dele uma aponeurose superficial. Quando se faz uma secção na linha média, pode-se ver que essas duas aponeuroses se encontram pra formar essa linha.<br />Na região infra umbilical é diferente, a fáscia do transverso passa abaixo do reto abdominal junto com toda fáscia do obliquo interno e a fáscia do obliquo externo passa acima do reto, formando apenas uma aponeurose superficial. Abaixo disso, existe uma membrana, bem mais delgada do que uma aponeurose, que acompanha o músculo transverso que é chamada de fáscia transversalis.<br />Então na região supra-umbilical existe uma aponeurose profunda e outra superficial, já na região infra-umbilical temos uma aponeurose superficial e a fáscia transversalis.<br />A área supra-umbilical tem uma contenção mais vigorosa dos órgãos que estão na cavidade abdominal, mas isso não quer dizer que a área infra-umbilical tenha flacidez de parede, ela é apenas mais suscetível à herniações.<br />Essas fáscias todas caminham e vão se encontrar na linha média no momento em que deixamos de ter a parte carnosa e começa a ter apenas a fáscia. Estas terão uma contenção diferente da parte carnosa do músculo, exatamente em que todos deixam a parte carnosa e apenas há fáscia nós temos uma linha que chamamos de linha arqueada, que desce na lateral paramediana. No momento em que deixamos de ter as duas lâminas do oblíquo interno se dividindo (uma parte passando por baixo e outra passando por cima), as três fáscias passando sob o reto abdominal, formamos um degrau entre o estojo do reto superior e inferior, ou seja, quando as fáscias deixam de se dividir como se dividiam antes, formando uma aponeurose superficial e uma profunda, na parte inferior, elas formam uma degrau, porque todas as aponeuroses correm pra cima do reto abdominal. Essa região muda sua estrutura anatômica e isso gera uma fraqueza no ponto em que ela sai desse degrau, deixando essa região propensa à herniação. Essa linha é chamada de linha arqueada de Douglas, e forma uma hérnia rara, chamada de hérnia de Spigel.<br /><br />Aponeuroses que formam a bainha anterior e posterior do reto abdominal:<br />A lâmina anterior da bainha do músculo reto do abdome consiste:<br />- nas aponeuroses entrelaçadas do músculo oblíquo externo e<br />- da lâmina anterior da aponeurose do músculo oblíquo interno.<br />A lâmina posterior da bainha do músculo reto do abdome consiste:<br />- na lâmina posterior fundida da aponeurose do músculo oblíquo interno e da aponeurose do músculo transverso do abdome<br />- o um quarto inferior desta lâmina é deficiente porque as aponeuroses de todos os 3 músculos planos passam anteriores ao músculo reto do abdome, deixando a face posterior do músculo em contato com a fáscia transversal.<br /><br />A bainha também possui uma linha crescentiforme: a Linha Arqueada, que define a transição entre a parede posterior aponeurótica da bainha que cobre os três quartos superiores do músculo e a fáscia transversal que cobre o um quarto inferior. (depois da linha arqueada, todos passam pela frente).<br /><br /><br />A linha média juntamente com a cicatriz umbilical também é uma área propensa à herniação, já que temos o encontro de todas essas fáscias. Quando essa cicatriz não se fecha definitivamente, após os quatro anos, nós temos a formação da hérnia umbilical que é causada pela não contração da aponeurose que depois leva à necrose dos vasos umbilicais (no cordão umbilical). È preciso uma intervenção cirúrgica porque a pressão intra-abdominal aumentada vai fazendo com que esse anel herniário vá aumentando com o tempo. Então uma criança de quatro anos que não é operada tem chance, pode apresentar uma hérnia no futuro e será preciso uma incisão maior. Acima da cicatriz umbilical podemos ter pequenos orifícios que poderão formar hérnias chamadas de hérnias epigástricas que também merecem intervenções cirúrgicas.<br /><br />Na parede posterior ocorre a distribuição dessas fáscias e o encontro dos ventres musculares, gerando duas áreas de fraqueza: trígono lombar superior e o trígono lombar inferior que formam-se pelo encontro do grande dorsal, músculo oblíquo interno e a crista ilíaca.<br />A parede abdominal é nutrida principalmente pela artéria epigástrica superior, ramo da torácica interna e artéria epigástrica inferior, ramo da artéria ilíaca externa. A drenagem venosa também é feita através das veias epigástricas.<br /><br />A cavidade abdominal se estende desde o diafragma até a região do diafragma pélvico, que se encontra dentro da bacia. Essa cavidade deveria ser chamada de abdomino-pélvico porque nós consideramos que todos os órgãos que estão localizados abaixo de uma linha imaginária entre as cristas ilíacas são órgãos pélvicos. E quando falamos de cavidade abdominal, geralmente engloba-se esta cavidade pélvica. Essa cavidade abdominal é bastante extensa, e como toda cavidade com órgãos importantes para o funcionamento do organismo existe membranas que vão proteger esses órgãos internamente. Esses órgãos se encontram abaixo do diafragma protegidos pelo rebordo frontal tanto anterior quanto posteriormente e tem uma distribuição homogênea.<br /><br />A cavidade abdominal na fase embrionária recebe uma membrana serosa que vai envolver toda sua parede internamente. Essa membrana possui um líquido seroso lubrificante que vai envolver alguns órgãos completamente e outros órgãos não.<br />A cavidade é formada por músculo (uma caixa muscular) tanto na parte anterior quanto na posterior e na lateral. Uma membrana delgada protege toda essa parede, inclusive os órgãos pélvicos, formando um saco fechado, nós chamamos essa membrana de peritônio.<br />O peritônio que está colado na parede muscular chama-se peritônio parietal. Os órgãos maciços e ocos vão crescendo de tamanhos e formas diferentes, empurrando esse peritônio e provocando a formação de ligamentos, recessos e espaços. Esses órgãos vão se cobrindo totalmente (ex.: estômago), formando ao seu redor o peritônio visceral. O espaço criado entre o peritônio visceral e o parietal é um espaço virtual chamado de cavidade peritonial, semelhante à pleura. Essa cavidade peritonial possui uma mínima quantidade de líquido seroso que vai lubrificar esses dois peritônios, permitindo que os órgãos se movimentem de acordo com a necessidade sem nenhum atrito entre suas membranas.<br /><br />Limites da Cavidade Abdominal:<br />- Teto: diafragma;<br />- Assoalho: não possui, pois ela é contínua com a cavidade pélvica (a pelve maior suporta e protege as vísceras abdominais inferiores: parte do íleo, ceco e colo sigmóide);<br />- Superiormente: caixa torácica até o 4° espaço intercostal (assim, baço, fígado, parte dos rins e estômago são protegidos pela caixa torácica);<br />- Anteriormente: vértebras torácicas;<br />- Posteriormente: gradil costal (costelas).<br /><br />Vísceras abdominais se encontram em contato com o gradil costal:<br />- Lado direito do fígado;<br />- Lado esquerdo do baço;<br />- parte do estômago;<br />- lado posterior dos rins.<br /><br />Peritônio parietal e visceral:<br />O peritônio é uma membrana serosa transparente, brilhante e contínua que reveste a cavidade abdominopélvica e envolve as vísceras (órgãos). Ele consiste em duas lâminas contínuas:<br />- PERITÔNIO PARIETAL: reveste a face interna da parede abdominopélvica. Recebe o mesmo sangue e suprimento nervoso que a região da parede que ele reveste.<br />- PERITÔNIO VISCERAL: envolve as vísceras, como, por exemplo, o estômago e intestinos. Ele e os órgãos que ele cobre recebem o mesmo sangue e suprimento nervoso.<br /><br />Ambas as lâminas do peritônio consistem em mesotélio (células epiteliais escamosas simples). O peritônio e as vísceras estão na cavidade abdominal (que é contínua com a cavidade pélvica), porque não existem órgãos na cavidade peritoneal, pois ela é vazia exceto por um pouco de líquido que mantém as faces peritoneais úmidas. A cavidade peritoneal é completamente fechada nos homens, já nas mulheres há uma via de comunicação com o exterior através das tubas uterinas, cavidade do útero e vagina, o que constitui uma via potencial de infecção proveniente do exterior.<br /><br />Prega peritoneal:<br />- Prega peritoneal: é uma reflexão do peritônio levantada da parede do corpo pelos vasos sanguíneos, ductos e vasos fetais obliterados subjacentes (as pregas umbilicais medial e lateral na face interna da parede abdominal antero-lateral). Algumas possuem vasos sanguíneos e sangram se cortadas, como as pregas umbilicais laterais, que contêm as artérias epigástricas inferiores.<br /><br />Recesso peritoneal:<br />Recesso ou Fossa peritoneal é uma bolsa de peritônio formada por uma prega peritoneal.<br />Os recessos peritoneais são:<br />No homem:<br />- Recesso pubovesical;<br />- Recessos retovesical.<br />Na mulher:<br />- Recesso pubouterino;<br />- Recesso vesicouterino;<br />- Recesso retovesical.<br />Os recessos peritoneais são locais onde se podem alojar líquidos no abdome. Sua importância na clínica está na ligação com a difusão de líquidos patológicos como o pus, um produto da inflamação. Os recessos determinam a extensão e a direção da difusão de líquidos que podem entrar na cavidade peritoneal quando um órgão está enfermo ou injuriado.<br /><br />Ascite:<br />Ascite é o excesso de líquido anormal na cavidade peritoneal que promove a sua distensão. Ocorre sob certas condições patológicas como peritonite (inflamação do peritônio) e congestão venosa portal, pois com essas condições, ocorrem efusão e acúmulo de líquido seroso.<br />Metástases muito difundidas de células cancerígenas para as vísceras abdominais causam exsudação de líquido e células provenientes das vênulas. O líquido ascítico, neste caso, contém células cancerígenas e é freqüentemente manchado de sangue.<br />A ascite pode ser removida por paracentese, uma punção cirúrgica da cavidade peritoneal para aspiração de líquido.<br /><br />Hemoperitônio: é o mesmo que hemorragia interna, pois trata-se de sangue na cavidade peritoneal, que tende a se acumular nos recessos.<br /><br />O peritônio parietal recobre o baço ou estômago, inclusive o pedículo vascular do estômago completamente, formando um ligamento. Porém, alguns desses órgãos (ex: rim, veia cava, artéria aorta) não são cobertos completamente, eles estão localizados de forma que apenas sua face anterior possua uma parte do peritônio visceral.<br />Os órgãos que recebem esse envoltório completo do peritônio visceral, inclusive seu pedículo vascular, seus ductos (se tiver) são considerados um órgão peritonial ou intra peritonial. E o órgão que está localizado teoricamente atrás da cavidade peritonial é considerado um órgão retro peritonial (ex: rim, pâncreas, veia cava, artéria aorta, a maioria dos pedículos). O peritônio recobre a parede, mas ao mesmo tempo recobre os órgãos em um processo contínuo, e essa continuidade provoca a formação de ligamentos, de uma estrutura chamada meso, omento e recessos. No intestino delgado temos os pedículos vasculares saindo e o peritônio cobre a víscera e abraça esse pedículo.<br /><br />Juntamente com a formação dessa membrana serosa nós temos a formação de uma membrana composta de gordura, uma formação peritonial que ao lado desses vasos vai formar uma estrutura chamada de meso, chamado de mesentério no intestino delgado e mesocólico no intestino grosso.<br />Todos os órgãos tem seu meso (exemplo: baço: meso espleno, meso ovário, etc). Esse meso tem o comprimento de acordo com o comprimento dos vasos que estão indo em direção aos órgãos e isso confere uma certa mobilidade aos mesmos.<br /><br />O omento tem uma formação diferente. No fígado, com o peritônio, tem-se a formação de um ligamento hepatogástrico (entre o fígado e o estômago). Esse ligamento abraça os vasos que estão passando naquela região, mas ao mesmo tempo esse omento menor possui e produz células de defesa, pois existem vários linfonodos nessa região. O peritônio continua sobre o estomago e vai abraçar uma grande franja de gordura que vai se dobrar sobre ela mesma e se prender no intestino grosso que está passando logo abaixo do estômago formando o omento maior.<br />Atrás do estômago forma-se um saco chamado de cavidade do epíplo ou cavidade omental. A comunicação dessa cavidade com a cavidade peritonial em si é feita através do forame omental.<br /><br />Bolsa omental:<br />É uma cavidade extensa em forma de saco que se situa posterior ao estômago e estruturas adjacentes e o omento menor. Ela possui:<br />- um recesso superior: limitado superiormente pelo diafragma e lâminas posteriores do ligamento coronário do fígado.<br />- um recesso inferior: entre as partes superiores das lâminas do omento maior.<br />A bolsa omental permite movimento livre do estômago sobre as estruturas posteriores e inferiores a ele porque as paredes anterior e posterior da bolsa omental deslizam suavemente uma sobre a outra. A maior parte do recesso inferior da bolsa é um espaço potencial isolado da parte principal da bolsa omental posterior ao estômago após a adesão das lâminas anterior e posterior do omento maior. Ela se comunica com a cavidade peritoneal através do forame omental.<br /><br />OMENTO: é uma extensão bilaminada ou prega do peritônio que passa do estômago e parte proximal do duodeno para órgãos adjacentes na cavidade abdominal ou para a parede abdominal.<br />- Omento Menor: liga a curvatura menor do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado. (ligamento hepatogástrico e hepatoduodenal).<br />- Omento Maior: é uma prega peritoneal proeminente que se projeta para baixo como um avental a partir da curvatura maior do estômago e da parte proximal do duodeno. Após descer, ela dobra-se para trás e prende-se à face anterior do colo transverso e seu mesentério.<br />O omento maior impede o peritônio visceral de se aderir ao peritônio parietal que reveste a parede ântero-lateral. É conhecido como um “policial abdominal” porque ele enrola-se um órgão inflamado protegendo assim outras vísceras. Ele também protege os órgãos abdominais contra lesão e forma um isolamento contra a perda de calor do corpo.<br /><br />Forame omental (forame epiplóico ou forame de winslow):<br />É uma abertura situada posterior à margem livre do omento menor (ligamento hepatoduodenal). Ele pode ser localizado correndo-se um dedo ao longo da vesícula biliar até a margem livre do omento menor. Ele normalmente admite dois dedos. Seus limites são:<br />ANTERIORMENTE: A tríade portal, que é constituída:<br />- Veia porta do fígado;<br />- Artéria hepática;<br />- Ducto colédoco contidos no ligamento hepatoduodenal (margem livre do omento menor).<br />POSTERIORMENTE:<br />- veia cava inferior;<br />- pilar direito do diafragma, coberto com peritôneo parietal (eles são retoperitoneais).<br />SUPERIORMENTE: o lobo caudado do fígado, coberto por peritôneo visceral.<br />INFERIORMENTE:<br />parte superior ou 1ª parte do duodeno;<br />Veia porta do fígado;<br />Artéria hepática;<br />Ducto colédoco.<br /><br />MESENTÉRIO: é uma lâmina dupla de peritônio que ocorre como resultado da invaginação do peritônio por um órgão e constitui uma continuidade do peritônio visceral e parietal que propicia meios para a comunicação neurovascular entre o órgão e a parede do corpo. O mesentério liga o órgão à parede abdominal posterior (exemplo: o mesentério do intestino delgado). O mesentério do intestino grosso é o mesocólon. Os mesentérios têm um cerne de tecido conectivo contendo vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, linfonodos e gordura.<br /><br />LIGAMENTO PERITONEAL: consiste em uma lâmina dupla de peritônio que liga um órgão com outro órgão ou com a parede abdominal.<br /><br />Nos casos de sangramento da artéria cística durante uma colecistectomia (remoção da vesícula biliar), o dedo do cirurgião deve passar da cavidade peritoneal, através do forame omental para atingir a bolsa omental. Assim, pode-se comprimir a artéria hepática que está na tríade portal.<br /><br />O fígado está conectado com:<br />- a parede abdominal anterior por meio do ligamento falciforme.<br />- o estômago por meio do ligamento hepatogástrico (a porção membranosa do omento menor).<br />- o duodeno por meio do ligamento hepatoduodenal (a margem livre espessada do omento menor que conduz a tríade portal: veia porta do fígado, artéria hepática e ducto colédoco).<br />Os ligamentos hepatogástrico e hepatoduodenal são partes contínuas do omento menor e são separadas apenas para conveniência descritiva.<br /><br />O estômago está ligado:<br />- à face inferior do diafragma pelo ligamento gastrofrênico.<br />- ao baço pelo ligamento gastroesplênico que se reflete para o hilo do baço.<br />- ao colo transverso pelo ligamento gastrocólico (a parte semelhante a um avental do omento maior).<br /><br />Correndo posteriormente ao músculo reto do abdome nós temos a artéria epigástrica inferior, que tem como origem a artéria ilíaca externa. Às vezes pessoas que levam uma pancada, ou apenas fazem um movimento brusco de levantar, como um exercício abdominal mais forte, por exemplo, sofrem um rompimento desta que causa um hematoma seguido de dor.<br /><br />De uma vista da posição anatômica, na região posterior do abdome existe o músculo reto do abdome, a bexiga e um tecido que reveste por dentro a musculatura da parede abdominal, chamado de fáscia endoabdominal. Essa fáscia de acordo com a estrutura que ela está revestindo ela tem um nome específico; por exemplo, se ela está revestindo o diafragma ela chama fáscia diafragmática, se ela reveste o músculo transverso ela é chamada de fáscia transversal.<br /><br />Os órgãos pélvicos são considerados extra-peritoneais porque eles são quase completamente revestidos pelo peritônio (ex: bexiga). Esse peritônio rebate sobre os órgãos pélvicos e vai formar a sua parte posterior, ao fazer isso, formam-se recessos onde temos o acúmulo desse líquido peritonial quando há um aumento dele por algum motivo (exemplo: processos inflamatórios, como apendicite). O apêndice inflamado provoca uma reação do peritônio visceral que propaga essa inflamação e isso aumenta a produção de líquido que irá se acumular nesses recessos. No caso de um modelo anatômico masculino, nós temos um recesso entre a bexiga e o reto chamado de reto-vesical. Na mulher temos dois recessos um entre o reto e o útero chamado de reto-uterino (fundo de saco de Douglas) e outro entre o útero e a bexiga chamado de vesico-uterino.<br />Para os homens, o peritônio é uma cavidade hermética (fechada), mas as mulheres tem uma comunicação externa através da abertura das tubas uterinas. Elas se abrem na cavidade peritonial e propiciam a ligação através da cavidade uterina e cavidade vaginal.<br />Então uma infecção vaginal grave pode causar uma peritonite e isso acontece principalmente em regiões com condições sanitárias precárias. Para diagnosticar essa patologia, pode-se usar um ultra-som ou uma agulha no fundo de saco (aspira para observar se há ou não secreção purulenta).<br />Imaginando a cavidade abdominal sem os órgãos, é possível visualizar os espaços formados pelo peritônio, abaixo do diafragma: espaço sub-frênico, abaixo do fígado: espaço sub-hepático, nas laterais, onde o intestino grosso se fixa à parede abdominal nós temos o espaço entre a parede e o cólon: espaço parieto-cólico (goteira parieto-cólica) e o fundo de saco e os outros recessos.<br />Com a divisão de omento maior e omento menor formam-se duas regiões: uma em cima do cólon transverso, surpa-cólica e outra abaixo dele, infra-cólica, já que a cavidade omental é fechada.<br />Numa ruptura de víscera oca ou numa perfuração por arma branca ocorre a formação do pneumoperitônio. É possível visualizar numa radiografia de tórax as cúpulas diafragmáticas elevadas pela presença de ar entre o fígado e o diafragma. Esse é o melhor modo de se diagnosticar essa patologia.<br /><br />Músculos que formam a parede abdominal:<br />Existem 5 músculos na parede abdominal ântero-lateral: três músculos planos (oblíquo externo do abdome, oblíquo interno do abdome e transverso do abdome) e dois músculos verticais (reto do abdome e piramidal).<br />Funções:<br />- formam um forte apoio expansível para a parede abdominal anterolateral;<br />- protegem as vísceras abdominais de injúria, como, por exemplo, um golpe baixo no boxe;<br />- comprimem os conteúdos abdominais;<br />- ajudam a manter ou aumentar a pressão intra-abdominal e, em assim fazendo, opõem-se ao diafragma e produzem expiração;<br />- movem o tronco e ajudam a manter a postura.<br /><br />OBLÍQUO EXTERNO – inervação: Nervos toracoabdominais (6 nervos torácicos inferiores) e nervo subcostal, cuja ação principal é Comprimir e suportar as vísceras abdominais, fletir e girar o tronco.<br />OBLÍQUO INTERNO – inervação: Nervos toracoabdominais (ramos dos 6 torácicos inferiores) e 1° nervo lombar, cuja ação principal é Comprimir e suportar as vísceras abdominais, fletir e girar o tronco.<br />TRANSVERSO DO ABDOME – inervação: Nervos toracoabdominais (ramos dos 6 torácicos inferiores) e 1° nervo lombar, cuja ação principal é Comprimir e suportar as vísceras abdominais.<br />RETO DO ABDOME – inervação: Nervos toracoabdominais (ramos anteriores dos 6 torácicos inferiores) , cuja ação principal é Fletir o tronco (vértebras lombares) e comprimir as vísceras abdominais.<br /><br />Músculos da parede posterior do abdome:<br />Grande dorsal;<br />Serrátil Posterior e Superior;<br />Oblíquo externo.<br /><br />Vista mais interna:<br />Ílio psoas (mais abaixo do ílio);<br />Quadrado lombar;<br />Diafragma (acima).<br /><br />O que sustenta a parede abdominal anterior não são os músculos e sim as aponeuroses.<br />Quem mantém a pressão dentro do abdome são as aponeuroses, por isso o repouso após algumas cirurgias abdominais grandes dura aproximadamente 45 dias: para que haja cicatrização das aponeuroses.<br /><br />Inervação da parede abdominal:<br />TORACOABDOMINAL<br />(T7-T11) – origem: Continuação dos nervos intercostais inferiores, que distribui para Músculos da parede abdominal anterior e pele suprajacente; periferia do diafragma.<br />SUBCOSTAL (T12) – origem: Ramos anteriores do 12° nervo torácico, que distribui para Faixa + inferior do músc. Oblíquo externo e pele sobre a espinha ilíaca ântero-superior e quadril.<br />ÍLIO-HIPOGÁSTRICO (L1) – origem: Principalmente dos ramos anteriores do 1° nervo lombar, que distribui para Pele da região hipogástrica e sobre a crista ilíaca; músculos oblíquo interno e transverso do abdome.<br />ILIOINGUINAL (L1) – origem:<br /> Ramos anteriores do 1° nervo lombar, que distribui para Pele do escroto e lábio maior, monte do púbis e face medial adjacente da coxa; músculos oblíquo interno e transverso do abdome.<br /><br />Vascularização da parede abdominal:<br />EPIGÁSTRICA SUPERIOR – origem: Art. torácica interna, que distribui pelo Reto do abdome e parte superior da parede abdominal ântero-lateral.<br />EPIGÁSTRICA INFERIOR – origem: Art. ilíaca externa, que distribui pelo Reto do abdome e parte medial da parede abdominal ântero-lateral.<br />CIRCUNFLEXA ILÍACA PROFUNDA – origem: Art. ilíaca externa, que distribui pelo Músculo ilíaco e parte inferior da parede abdominal ântero-lateral.<br />CIRCUNFLEXA ILÍACA SUPERFICIAL – origem: Art. femoral e veia safena magna, que distribui pelo Tecido subcutâneo e pele sobre a parte inferior da parede abdominal ântero-lateral.<br />EPIGÁSTRICA SUPERFICIAL – origem: Art. femoral e veia safena magna, que distribui pelo Tecido subcutâneo e pele sobre a região suprapúbica.<br /><br />A artéria epigástrica superior é a continuação direta da artéria torácica interna. Ela entra na bainha do músculo reto do abdome superiormente, através de sua lâmina posterior, e supre a parte superior do músculo reto e anastomosa-se com a artéria epigástrica inferior.<br />A artéria epigástrica inferior origina-se da artéria ilíaca externa imediatamente superior ao ligamento inguinal. Ela corre superiormente na fáscia transversal para entrar na bainha do músculo reto do abdome abaixo da linha arqueada. Seus ramos entram na parte inferior do músculo reto do abdome e anastomosam-se com aqueles da artéria epigástrica superior, próximo a região umbilical.<br /><br />As veias mais importantes são as veias epigástricas inferior e superior.<br />Os vasos linfáticos superficiais acompanham as artérias subcutâneas.<br />Aquelas acima do umbigo drenam principalmente para os linfonodos axilares e uns poucos drenam para os linfonodos paraesternais.<br />Os vasos linfáticos abaixo do umbigo drenam para os linfonodos inguinais superficiais.<br />Os vasos linfáticos profundos acompanham as veias profundas e drenam para os linfonodos ilíacos externos, ilíacos comuns e lombares (aórticos laterais).<br /><br />Canal Inguinal:<br />Limites do canal inguinal e seu conteúdo no homem e mulher:<br />O Canal Inguinal nos adultos é uma passagem oblíqua direcionada ínfero-medialmente (com aproximadamente 4 cm de comprimento) através da parte inferior da parede abdominal ântero-lateral. Ele contém sangue, vasos linfáticos e o nervo ílio-inguinal em ambos os sexos.<br />O ocupante principal do canal inguinal é:<br />- nos homens: funículo espermático. O canal é uma área potencialmente fraca nos homens e as hérnias inguinais são comuns.<br />- nas mulheres: ligamento redondo do útero. O canal inguinal feminino tende a ser mais estreito que o masculino, e as hérnias menos freqüentes.<br /> A principal proteção do canal inguinal é muscular. Os músculos aumentam a pressão intra abdominal e tendem a forçar o conteúdo abdominal para o interior do canal, ao mesmo tempo que tendem a estreitar o canal e fechar os seus anéis.<br /><br />Os limites são:<br /><br />- PAREDE ANTERIOR: aponeurose do músculo oblíquo externo com a parte lateral da parede sendo reforçada pelas fibras do músculo oblíquo interno.<br />- PAREDE POSTERIOR: fáscia transversal com a parte medial da parede sendo reforçada pela formação da foice inguinal (fusão das inserções púbicas das aponeuroses dos músculos oblíquo interno e transverso do abdome em um tendão comum).<br />- TETO: arqueamento das fibras dos músculos oblíquo interno e transverso do abdome.<br />- ASSOALHO: face superior do ligamento inguinal encurvado para dentro, sendo reforçado na parte + medial pelo ligamento lacunar (extensão da face profunda do ligamento inguinal para a linha pectínea do osso púbis).<br /><br />Triangulo de Hasselbach:<br />Descrito por Hasselbach, é uma região triangular localizada na parede posterior do abdome, com importância na diferenciação de hérnia inguinal direta e indireta.<br />Limitações:<br />- inferiormente pelo ligamento inguinal,<br />- medialmente: músculo reto do abdome<br />- lateralmente pelos vasos epigástricos inferiores (art. epigástrica inferior)<br />Essa é a região de maior fraqueza da fáscia transversal e por isso vulnerável à formação de hérnias. As hérnias que se desenvolvem dentro do trígono de Hesselbach são consideradas hérnias inguinais diretas, enquanto as hérnias laterais ao trígono são hérnias inguinais indiretas (ou congênitas), pois estas correm dentro do canal inguinal.<br />As hérnias inguinais surgiram devido à evolução, com retificação do reto abdominal, deixando a região inguinal mais desprotegida.<br />A artéria epigástrica inferior é importante na diferenciação das hérnias, porque se estiver lateralmente é indireta, e se estiver medialmente é direta.<br /><br />No canal inguinal masculino, passa o funículo espermático. Nas mulheres passa o ligamento redondo do útero.<br />No canal inguinal surgem as hérnias inguinais por fraqueza dessa região.<br />As hérnias indiretas são consideradas congênitas, são as mais comuns, ocorrem quando peritônio parietal e vísceras deixam a cavidade abdominal lateralmente aos vasos epigástricos inferiores e entra no anel inguinal profundo.<br />Essa é uma região desprovida de musculatura em sua parte inferior tendo uma zona de fraqueza que é revestida por uma fáscia, onde podem surgir as hérnias inguinais e que isso é muito freqüente clinicamente.<br />Existe um mecanismo que funciona como um diafragma (abrindo e fechando) o canal inguinal. Quando se contrai a musculatura, a borda inferior do transverso do abdome é trazida em direção ao ligamento inguinal, ocluíndo o orifício inguinal profundo e evitando alguma protusão da cavidade abdominal no ato de força. Em alguns casos, essa musculatura fica incapaz de agir desta forma, não conseguindo manter esses estruturas dentro do abdome. Então pode ocorrer a herniação; as estruturas abdominais começarão a sair. Um abalamento na parede abdominal pode sugerir diagnóstico de hérnia.<br /><br />O testículo nasce dentro da cavidade abdominal e migra do interior do abdome, vindo a se alojar em uma bolsa chamada bolsa escrotal. Isso ocorre por causa da temperatura elevada intra-abdominal que inibe a produção de espermatozóide. Nessa migração ele passa dentro do canal inguinal empurrando as camadas da parede abdominal para formar a bolsa escrotal, que são a pele, o subcutâneo, uma aponeurose espermática externa (que corresponde ao músculo oblíquo externo), o músculo cremáster (que corresponde ao músculo oblíquo interno), uma aponeurose espermática interna (que corresponde ao músculo transverso) e uma túnica vaginal (que corresponde a camada mais profunda do peritônio).<br />O epidídimo forma um canal chamado de ducto deferente que se junta com artéria e veia testicular para formar o funículo espermático (que leva o espermatozóide até a uretra).<br />Em um corte transversal do testículo observa-se a túnica albugínea, que manda um septo para o interior do testículo e forma do túbulo seminífero, onde são produzidos os espermatozóides, que vão para o epidídimo, ducto eferente, entram no canal inguinal, orifício externo, orifício interno e próstata (fica atrás do púbis e antes do reto).<br />Para se palpar a próstata, é preciso fazer o toque retal (palpa-se através da parede do reto). Se a próstata tiver aspecto de osso, pensa-se em tumor. Caso seja mole, é normal. Após a próstata tem as glândulas anexas ao aparelho genital masculino (glândula de Cowper ou bulbouretral), a vesícula seminal e o ureter (que se junta com o ducto ejaculatório e vão perfurar a próstata para formar a uretra).<br /><br />A glândula de Cowper ou bulbouretral fica no assoalho do abdome, que é o diafragma pélvico; é responsável pela secreção do fluido pré-ejaculatório que integra o fluido seminal. Esse fluído viscoso facilita a relação sexual, devido ao caráter lubrificante que apresenta, e esteriliza a uretra durante o ato sexual.<br />Em algumas técnicas cirúrgicas de redesignação sexual em transexuais (de homem para mulher), essa glândula, bem como a próstata, são mantidas para possibilitar que a neovagina tenha lubrificação natural.<br /><br />A vesícula seminal junto com a próstata produz o sêmem, cuja função é nutrir o espermatozóide por 48 horas no pH da vagina. Sendo assim, a mulher pode engravidar até 48 horas após a relação sexual.<br /><br />O pênis é formado pelo corpo esponjoso e pelos dois corpos cavernosos, cujas estruturas são de um tecido parecido com uma esponja, que durante a ereção se enche de sangue.<br />O pênis é dividido em uma raiz que é formada por pilares que aderem ao osso e a parte mais central é chamada de bulbo do pênis, onde a uretra entra vinda da bexiga.<br />Quando ultrapassa o bulbo, essa raiz é chamada de corpo do pênis.<br />Os pilares são chamados de corpos cavernosos e o bulbo de corpo esponjoso, que dilata e forma a glande do pênis onde termina a uretra.<br />A pele que reveste a glande chama-se prepúcio, que forma o saco chamado de saco prepucial, que forma uma prega que liga a glande ao prepúcio, chamada frênulo balamo prepucial.<br />Entre o prepúcio e a glande existe o sulco balamo prepucial, que contém as glândulas papilares ou de Tyson, que produzem uma secreção denominada esmegma, composta de uma substância oleosa e suor.<br />As mulheres judias tem uma incidência de câncer de colo de uterino muito menor que as demais. Atribui-se isso ao fato dos judeus operarem de fimose, não acumulando esmegma em seu pênis.<br /><br />Existe uma musculatura que reveste a raiz do pênis, nos pilares e no bulbo, que tem a função de complementar na ereção.<br />No idoso, quando a próstata cresce, ela começa a estenosar a uretra, causando disúria (dificuldade de urinar).<br /><br />A artéria testicular sai da aorta, entra no orifício interno do canal inguinal, no funículo espermático, vai até o testículo.<br />O plexo venoso, logo acima dos testículos chamado de plexo pampiniforme. Ele vai sair nas veias testiculares (direita e esquerda).<br />A veia testicular direita geralmente vai finalizar na veia cava inferior. A esquerda vai finalizar na veia renal esquerda que depois segue para a cava.<br />Na veia testicular esquerda existe uma maior pressão hidrostática, que pode dilatar o plexo pampiniforme, e resultar na varicocele. Isso ocorre porque a veia renal esquerda pode ser comprimida entre a aorta e a artéria mesentérica superior, transmitindo esse aumento pressórico, fenômeno é conhecido como “nutcracker” (quebra-nozes).<br />A varicocele é a dilatação anormal de veias do plexo pampiniforme, o que causa um aumento da temperatura do testículo, e conseqüente oligoespermia, podendo estar associada à infertilidade masculina.<br /><br />Hidrocele é a presença de líquido em quantidades anormais dentro do escroto e envolvendo o testículo. Pode ser unilateral ou bilateral. As hidroceles podem ser congênitas ou adquiridas.<br />O trajeto percorrido pelo testículo desde o retroperitônio até o escroto fecha-se com o tempo. Caso isso não ocorra forma-se um acúmulo maior de líquido em torno do testículo proveniente da cavidade abdominal. Assim são formadas as hidroceles nos pacientes pediátricos, variando de volume conforme o esforço ou posição do paciente.<br />Nos recém-nascidos, pode-se tratar adotando a conduta expectante. Muitas hidroceles nessa idade resolvem espontaneamente em 12 meses (fechamento espontâneo da comunicação).<br /><br />Já no adulto, as hidroceles são produto do desequilíbrio existente entre a formação e a absorção do líquido naturalmente existente ao redor do testículo. Isso pode ocorrer secundário a processos inflamatórios (epididimite, orquite, tumores) ou traumatismos.<br />Nota-se um aumento não doloroso (mas muitas vezes desconfortável) do escroto uni ou bilateralmente.<br />Ao exame físico, percebe-se o aumento do volume do escroto impedindo a individualização do testículo. Com o auxílio de uma lanterna e em ambiente escuro, nota-se que o conteúdo do escroto transilumina, logo se trata de um conteúdo líquido e não sólido.<br />No adulto a abordagem cirúrgica é pelo saco escrotal.<br /><br />O diafragma pélvico é uma musculatura que se encontra na parte inferior e forma o chão do abdome. É formado pelos músculos: levantador do ânus e o músculo coccígeno.<br />O períneo é a parte mais inferior do tronco do corpo humano. Nos homens e mulheres corresponde à região que vai do ânus à genitália externa.<br />A perineoplastia é a reconstrução cirúrgica da região perineal; uma cirurgia feita em mulheres que tem muitos partos, causando um alargamento do diafragma pélvico e perda do tônus. A mulher fica com uma incontinência urinária, ocorre queda do útero (uterocele).<br />A cirurgia é feita através da retirada de uma parte da mucosa para estreitar o canal vaginal, além de levantar a bexiga. Aproxima-se a musculatura do diafragma pélvico a fim de corrigir o alargamento.<br /><br />O diafragma urogenital é onde a genitália externa masculina ou feminina se fixa.<br /><br />Na genitália feminina, dentro da cavidade vaginal, existe uma membrana que estreita esse orifício chamada de hímem. Pode ser hímem septado, piriforme ou imperfurado.<br />Lateralmente à cavidade vaginal, existem duas estruturas chamadas de bulbo vestibular, que correspondem ao bulbo do pênis.<br /><br />O clitóris é um órgão erétil semelhante o pênis, de menor tamanho e estrutura elástica.<br /><br />Na mulher, o ligamento cardinal prende o colo no diafragma pélvico na parte superior da vagina onde entram as artérias vaginais. O ligamento redondo entra no canal inguinal e vai até os grandes lábios.<br />A artéria uterina irriga todo útero e a artéria ovariana (que corresponde à artéria testicular no homem) vêm da aorta.<br /><br />Órgãos intraperitoneais e retroperitoneais:<br />ÓRGÃOS INTRAPERITONEAIS: são quase completamente cobertos com peritôneo visceral (estômago e baço). “Intraperitoneal” neste caso não significa dentro da cavidade peritoneal (embora o termo seja usado clinicamente para substâncias injetadas na cavidade). Órgãos intraperitoneais têm de forma conceitual, se não literalmente, invaginado na bolsa fechada, como pressionando seu punho para dentro de um balão inflado. Fígado, estômago, baço, ovários.<br /><br />ÓRGÃOS RETROPERITONEAIS OU EXTRAPERITONEAIS: também estão do lado de fora da cavidade peritoneal – externos ou posteriores ao peritônio parietal – e são apenas parcialmente cobertos com peritônio (normalmente em uma face). Órgãos como os rins estão entre o peritônio parietal e a parede abdominal posterior e têm peritônio parietal apenas nas suas faces anteriores (a menos que gordura interfira). Pâncreas, rins, parte do duodeno, jejuno, íleo, bexiga, testículos, reto, útero e ureter.<br /><br />Anatomia abdominal aplicada à semiologia:<br />Localização das partes da anatomia palpatória, relevante na hora do diagnóstico: existe duas linhas imaginárias horizontais, uma na altura dos arcos costais e outra na altura das cristas ilíacas. Temos duas linhas verticais, indo dos mamilos até as cristas ilíacas, formando três regiões centrais chamadas de epigástrio, mesogástrio e hipogástrio, os espaços formados na lateral superior chama-se hipocôndrio direito e esquerdo, a outra região na lateral média é chamada de flanco direito e esquerdo e a porção lateral inferior é chamada de fossa ilíaca direita e esquerda. Então, sabendo a posição anatômica de cada órgão, é possível diagnosticar doenças como apendicite, cisto no ovário, doenças no intestino grosso simplesmente com a palpação.<br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKxWypJ7WI/AAAAAAAAAEw/2hQWH7ATxEU/s1600-h/imagem.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278976718341270882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 198px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKxWypJ7WI/AAAAAAAAAEw/2hQWH7ATxEU/s320/imagem.JPG" border="0" /></a> QSD<br />Fígado: lobo direito<br />Vesícula biliar<br />Estômago: piloro<br />Duodeno: partes 1-3<br />Pâncreas: cabeça<br />Glândula supra-renal direita<br />Rim direito<br />Flexura cólica direita (hepática)<br />Colo ascendente: parte superior<br />Colo transverso: metade direita<br />QSE<br />Fígado: lobo esquerdo<br />Baço<br />Estômago<br />Jejuno e íleo proximal<br />Pâncreas: corpo e cauda<br />Rim esquerdo<br />Glândula supra-renal esquerda<br />Flexura cólica esquerda (esplênica)<br />Colo transverso: metade esquerda<br />Colo descendente: parte superior<br />QID<br />Ceco<br />Apêndice vermiforme<br />Maior parte do íleo<br />Colo ascendente: parte inferior<br />Ovário direito<br />Tuba uterina direita<br />Ureter direito: parte abdominal<br />Funículo espermático direito: parte abdominal<br />Útero (se aumentado)<br />Bexiga urinária (se muito cheia)<br />QIE<br />Cólo sigmóide<br />Colo descendente: parte inferior<br />Ovário esquerdo<br />Tuba uterina esquerda<br />Ureter esquerdo: parte abdominal<br />Funículo espermático esquerdo: parte abdominal<br />Útero (se aumentado)<br />Bexiga urinária (se muito cheia)<br /><br /><br />Vísceras de cada área:<br />Hipocôndrio direito: fígado, vesícula biliar, duodeno<br />Epigástrio: estômago e parte do fígado<br />Hipocôndrio esquerdo: baço<br />Hipogástrio: o útero, uretra e bexiga;<br />Fossa ilíaca direita: intestino grosso, ceco e apêndice;<br />Flanco direito: colo ascendente;<br />Flanco esquerdo: colo descendente.<br /><br /><div></div>Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-26020559795058638582008-12-12T10:26:00.001-08:002008-12-12T10:40:02.122-08:00Estômago<strong>Estômago</strong><br /><br />O estômago é a continuação da parte abdominal do esôfago no trato digestório.<br />Topograficamente, o estômago fica na região epigástrica, na parte superior e central do abdômen.<br />A função do estômago é atuar como misturador enzimático, reservatório de alimento e fazer a digestão enzimática com suco gástrico (ácido clorídrico e enzimas), que converte a massa de alimento em uma mistura líquida: o quimo, que passa para o duodeno.<br />Ele mistura o alimento pelos movimentos peristálticos, e digere principalmente as proteínas.<br />O estômago também faz a defesa do organismo, porque muitas bactérias morrem em pH ácido.<br /><br />O piloro é uma estrutura muscular que tem a função valvular. O piloro é um esfíncter (uma musculatura que tem a função valvular). Ele regula a passagem do alimento do estômago para o duodeno.<br />Esvaziamento do estômago ocorre quando a pressão intragástrica supera a resistência do músculo esfíncter do piloro.<br /><br />Piloroespasmo: é a incapacidade das fibras musculares lisas que circundam o anel pilórico de relaxarem normalmente, fazendo com que o estômago fique cheio por não deixar passar facilmente o alimento do estômago para o duodeno. Normalmente resulta em vômito.<br />Estenose Hipertrófica Congênita do Piloro: é o espessamento do músculo liso no piloro fazendo com que o piloro fique alongado, rígido, grande, com estreitamento do canal pilórico. Assim, a parte proximal do estômago fica dilatada. Ocorre por influência genética.<br /><br />Úlceras Gástricas ou Pépticas são lesões da túnica mucosa do estômago comumente associadas com a presença de Helicobacter pylori.<br />Normalmente um muco recobre a túnica mucosa formando uma barreira entre o ácido e as células da túnica mucosa e, algumas vezes, esta proteção é inadequada e o suco gástrico corrói a túnica mucosa, formando uma úlcera. Se a úlcera atingir as artérias gástricas, pode causar uma hemorragia.<br />A vagotomia pode ser realizada em conjunção com a ressecção da área ulcerada (antrectomia ou ressecção do antro pilórico). Ela consiste em diminuir a produção ácida. Na vagotomia seletiva retira-se a parte nervosa do estômago, mas os ramos vagais para o piloro, trato biliar, intestinos e plexo celíaco são preservados.<br />A vagotomia cessa a produção do ácido gástrico sem cessar a peristalse. O problema deste procedimento (ultrapassado) é que no caso de um tumor gástrico, é difícil a detecção dos seus sintomas no início do quadro, devido à dessensibilização.<br /><br />Uma úlcera gástrica posterior pode erodir o pâncreas através da parede do estômago, resultando em dor referida no dorso.<br /><br />A sonda nasogástrica serve para drenagem (aberta) ou alimentação (fechada) e deve ser tecnicamente introduzido desde as narinas até o estômago.<br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKvRsvK2QI/AAAAAAAAAEo/-86Qin2AFwY/s1600-h/imagem7.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278974431833282818" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 155px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKvRsvK2QI/AAAAAAAAAEo/-86Qin2AFwY/s320/imagem7.JPG" border="0" /></a> O estômago possui quatro partes e duas curvaturas:<br />1) Cárdia: envolve o óstio cárdico.<br />2) Fundo: parte superior dilatada que está relacionada com a cúpula esquerda do diafragma. Limitada inferiormente pelo plano horizontal do óstio cárdico.<br />A incisura cárdica está entre o esôfago e o fundo.<br />O fundo pode ser dilatado por gás, líquido, alimento ou qualquer combinação destes.<br />3) Corpo: entre o fundo e o antro pilórico.<br />4) Parte pilórica: região infundibuliforme do estômago.<br />Antro pilórico: é a sua parte mais larga.<br />Canal pilórico: é a sua parte mais estreita.<br /><br />O piloro guarda o óstio pilórico. É a região esfinctérica distal da parte pilórica.<br />Sua parede é mais grossa porque contém músculo liso circular.<br />Sua camada média é espessada para formar o músculo esfíncter do piloro.<br />Está normalmente em contração tônica. Está fechado, exceto quando emite o quimo. Em intervalos irregulares, o peristaltismo gástrico passa o quimo através do canal e do óstio pilóricos para o intestino delgado para a posterior mistura, digestão e absorção.<br /><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKugUPCHRI/AAAAAAAAAEg/nIgTfEygix4/s1600-h/imagem6.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278973583442451730" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 105px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKugUPCHRI/AAAAAAAAAEg/nIgTfEygix4/s320/imagem6.JPG" border="0" /></a> Músculo esfíncter do piloro: controla a descarga dos conteúdos do estômago através do óstio pilórico para o duodeno.<br /><br />- Curvatura menor: forma a margem côncava menor do estômago.<br />Incisura angular: indica a junção do corpo com a parte pilórica do estômago.<br />- Curvatura maior: forma a margem convexa mais longa do estômago.<br /><br />A mucosa gástrica é longitudinal e tortuosa, diferente da esofagiana que é longitudinal e lisa e do delgado que é circular. E a musculatura do esôfago se continua com a do estômago, formando as duas camadas que acompanham todo o trato digestivo. Por fora uma musculatura longitudinal e por dentro uma musculatura circular. É isso que dá o peristaltismo visceral, que é a contração de uma víscera de maneira a propagar o conteúdo dessa víscera.<br /><br />No interior do estômago existe uma lâmina mucosa de cor marrom avermelhada, exceto na parte pilórica que é rósea.<br />Quando contraída a túnica mucosa é transformada em pregas gástricas ou rugas (cristas longitudinais). Muito marcadas em direção à parte pilórica e à curvatura maior.<br />O canal gástrico (sulco) forma-se durante a deglutição entre as pregas gástricas longitudinais da túnica mucosa, ao longo da curvatura menor. Esse canal se forma por causa da fixação firme da túnica mucosa gástrica na túnica muscular (sem camada oblíqua neste local). Por ele passam saliva e pequenas quantidades de alimento mastigado e outros líquidos até o canal pilórico.<br /><br />Posição anatômica do estômago:<br />O estômago é a parte expandida do trato digestório entre o esôfago e o intestino delgado; é um órgão tubular oco. Normalmente em forma de J.<br />Sua forma e posição anatômica variam por causa dos movimentos do diafragma durante a respiração, dos conteúdos do estômago e da posição da pessoa.<br /><br />O estômago localiza-se na região epigástrica. É coberto pelo peritônio, exceto onde os vasos sanguíneos correm ao longo de suas curvaturas e em uma pequena área posterior ao óstio cárdico.<br />As duas lâminas do omento menor estendem-se em torno do estômago e abandonam a curvatura maior como omento maior.<br /><br />- Anteriormente: lobo esquerdo do fígado e parede abdominal anterior.<br />- Esquerda: baço.<br />- Direita: vesícula biliar, fígado e duodeno.<br />- Medialmente: ligamento hepatogástrico.<br />-Posteriormente: bolsa omental (a face posterior do estômago forma a maior parte da parede anterior da bolsa omental), pâncreas e rim esquerdo.<br />- Superiormente: diafragma.<br />- Inferiormente: cólon transverso.<br /><br />O leito do estômago é formado pelas estruturas que formam a parede posterior da bolsa omental.<br />De superior para inferior ele é formado por:<br />- pilar esquerdo do diafragma;<br />- baço;<br />- rim esquerdo e gandula supra-renal;<br />- artéria esplênica;<br />- pâncreas;<br />- mesocólon e colo transversos.<br /><div><a href="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKt3_m3Z8I/AAAAAAAAAEY/k1-Mad6nUdk/s1600-h/imagem5.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278972890710501314" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 308px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKt3_m3Z8I/AAAAAAAAAEY/k1-Mad6nUdk/s320/imagem5.JPG" border="0" /></a> Vascularização do estômago:<br />O estômago possui um suprimento arterial rico. As artérias gástricas originam-se do tronco celíaco e seus ramos.<br /><br />- Artéria gástrica esquerda: origina-se do tronco celíaco, corre no omento menor em direção à cárdia e depois curva-se para seguir ao longo da curvatura menor e anastomosar com a artéria gástrica direita. Ela vai vascularizar a parte proximal da pequena curvatura, artéria esplênica, que vai para o baço, e hepática comum, que vai para o fígado.<br />- Artéria gástrica direita: origina-se da artéria hepática própria, às vezes da hepática comum ou da gastroduodenal. Corre para a esquerda ao longo da curvatura menor para anastomosar com a artéria gástrica esquerda. Irriga a parte distal da pequena curvatura.<br />- Artéria gastromental direita: artéria hepática comum vai dar a artéria hepática, própria que sobe para o fígado, e a artéria gastroduodenal, que desce passando atrás do duodeno e vai dar a artéria gastromental direita (ou gastroepiplóica direita) que irriga a parte lateral direita (distal) da grande curvatura. Corre pela esquerda ao longo da curvatura maior para anastomosar-se com a artéria gastromental esquerda.<br />- Artéria gastromental esquerda: origina-se da artéria esplênica. Segue ao longo da curvatura maior para anastomosar com a artéria gastromental direita.<br />- Artérias gástricas curtas: originam-se da extremidade distal da artéria esplênica ou de seus ramos esplênicos e passam para o fundo do estômago.<br /><br />A importância dessa rica vascularização acontece em tumores de esôfago, onde é necessário retirar uma parte do estômago, que só é possível porque as artérias conseguem se suprir entre si.<br /><br />As veias gástricas são paralelas às artérias em posição e trajeto, e desembocam na veia porta.<br />As veias gástricas esquerda e direita drenam para a veia porta do fígado.<br />As veias gástricas curtas e a veia gastromental esquerda: drenam para a veia esplênica, que se une à mesentérica superior para formar a veia porta do fígado.<br />A veia gastromental direita esvazia-se na veia mesentérica direita.<br />Veia pré-pilórica sobe acima do piloro em direção à veia gástrica direita (cirurgiões a usam para identificar o piloro).<br />Todo o sangue do trato digestório vai passar pelo fígado, que funciona como um filtro, então todas as veias convergem para a veia porta (formada pela veia mesentérica superior e veia esplênica). Numa situação de impedimento de fluxo portal, cirrose, por exemplo, que o sangue não consegue passar adequadamente pelo fígado, isso gera um aumento de pressão dentro do sistema porta. O sangue fica retido, aumenta a pressão dentro da veia e o sangue fica retido, estasiado, seguindo outra direção.<br />A veia ázigos se comunica com a veia gástrica esquerda. Essas veias são muito finas e com aumento de pressão, a luz fica tortuosa, formando as chamadas varizes de esôfago.<br /><br /><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKtvYMsJoI/AAAAAAAAAEQ/thGC1u8gbIg/s1600-h/imagem4.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278972742692775554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 272px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKtvYMsJoI/AAAAAAAAAEQ/thGC1u8gbIg/s320/imagem4.JPG" border="0" /></a> Inervação do Estômago:<br />O nervo vago faz toda a inervação parassimpática das vísceras abdominais. O vago direito é também chamado de vago anterior, e o vago esquerdo é o vago posterior, são dois troncos vagais.<br />Ao nível de junção esôfago-gástrica é possível palpar o nervo vago. A importância do nervo vago é, através da acetilcolina, aumentar a secreção de ácido.<br />Nas cirurgias para úlcera duodenal e péptica, uma das medidas adotadas é cortar o nervo vago para diminuir a secreção gástrica. O nervo vago também aumenta o peristaltismo e abre o piloro.<br />- Suprimento nervoso parassimpático do estômago: troncos vagais anterior e posterior e seus ramos, que entram no abdome através do hiato esofágico.<br />- Tronco vagal anterior: derivado do nervo vago esquerdo. Entra no abdome como um único ramo que se localiza na face anterior do esôfago. Corre em direção à curvatura menor, onde emite ramos hepáticos e duodenais que saem do estômago pelo ligamento hepatoduodenal. O resto continua ao longo da curvatura menor, dando origem aos ramos gástricos anteriores.<br />- Tronco vagal posterior: é o maior, derivado do nervo vago direito. Entra no abdome na face posterior do esôfago e passa em direção à curvatura menor do estômago.<br />Fornece ramos para as faces anterior e posterior do estômago.<br />Emite um ramo celíaco que corre pelo plexo celíaco e depois continua ao longo da curvatura menor, dando origem aos ramos gástricos posteriores.<br />- Suprimento nervoso simpático do estômago: segmentos T6 até T9 da medula espinhal. Passa para o plexo celíaco através do nervo esplâncnico maior e é distribuído através dos plexos em torno das artérias gástricas e gastromental.<br /><br />Vasos linfáticos:<br />Os linfonodos geralmente acompanham as artérias. Temos linfonodos gástricos esquerdos e paragástricos, gástrico direito, gastroepiplóico, esplênicos. E toda a drenagem linfática do estômago vai para os linfonodos do tronco celíaco.<br />Quando se opera um tumor gástrico, ressecar todos os linfonodos é difícil O sistema linfático anastomosa-se entre si, e a disseminação de tumores é grande.<br />No Japão (local onde mais se desenvolve câncer gástrico) foram determinados os linfonodos passíveis de metástases, que devem ser retirados a qualquer custo.<br />Todos convergem para o Gânglio Celíaco (o principal) e depois para o ducto torácico.<br /><br />- Linfa dos dois terços superiores: drena ao longo dos vasos gástricos direito e esquerdo para os linfonodos gástricos.<br />- Linfa do fundo e parte superior do corpo: também drenam ao longo das artérias gástricas curtas e vasos gastromentais esquerdos para os linfonodos pancreáticos e esplênicos.<br />- Linfa do terço inferior, dois terços direitos: drena ao longo dos vasos gastromentais direitos para os linfonodos pilóricos.<br />- Linfa do terço esquerdo da curvatura menor drena ao longo dos vasos gástricos curtos e esplênicos para os linfonodos pancreático-duodenais.<br /><br />Carcinoma do Estômago:<br />É quando o corpo ou a parte pilórica do estômago contém um tumor maligno, a massa pode ser palpável. É mais comum nos homens. Quando ocorre na parte de cima deve retirá-lo todo, mas quando ocorre na parte de baixo, retira-se somente a parte do tumor. No tumor, a parede do estômago fica lisa, sem pregas.<br /><br />Gastroscopia:<br />É usada pelos médicos para inspecionar a túnica mucosa do estômago cheio de ar, o que permite a eles observar as lesões gástricas e fazer biópsias.<br />A drenagem linfática é excessiva no estômago e por isso cria uma impossibilidade de remover todos os linfonodos numa cirurgia. Assim, os linfonodos ao longo dos vasos esplênicos podem ser extraídos removendo-se o baço, os ligamentos gastroesplênico e esplenorretal e o corpo e cauda do pâncreas.<br />Já os linfonofos envolvidos ao longo dos vasos gastromentais podem ser removidos ressecando o omento maior. Contudo, a remoção dos linfonodos aórticos e celíacos e aqueles em torno do pâncreas são mais difíceis.<br /><br />Gastrectomia:<br />Pode ser total (remoção de todo o estômago) ou parcial (remoção de parte do estômago).<br />Ela pode ser utilizada para remover a região do estômago envolvida por um câncer ou para excisar o antro pilórico em alguns casos de úlcera péptica. Para remover um câncer, ela precisa remover todos os vasos linfáticos regionais envolvidos.<br />Como as anastomoses das artérias que suprem o estômago fornecem boa circulação colateral, uma ou mais artérias podem ser ligadas nesse procedimento.<br />Quando se remove o antro pilórico, o omento maior é incisado paralelo e abaixo da artéria gastromental direita, requerendo ligadura de todos os ramos omentais desta artéria.<br />O omento não se regenera por causa das anastomoses com outras artérias como ramos omentais da artéria gastromental esquerda, que ainda estão intactos.<br />Câncer na região pilórica é mais freqüente. Deve-se fazer a remoção dos linfonodos pilóricos e gastromentais direitos (que recebem a drenagem linfática dessa região).<br />O gânglio sentinela é um indicador de mau-prognóstico, porque ele é o primeiro gânglio linfático que drena uma neoplasia, e é o primeiro a receber células metastáticas. É essencial após descoberta de tumor maligno verificar se o gânglio sentinela está invadido, pois o inicio de metastização determina estratégias terapêuticas mais agressivas.<br /><br />Cirurgia de redução de estômago deixa-se apenas 30 ml de volume na cavidade do estômago. O intestino delgado é ligado para refazer o trânsito. Para não dilatar suas paredes, é colocado um anel de silicone preso em volta da víscera.<br /><br />Caso clínico 1:<br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKtcHev1hI/AAAAAAAAAEI/wi8OZKtf7bg/s1600-h/imagem3.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278972411787597330" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 260px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKtcHev1hI/AAAAAAAAAEI/wi8OZKtf7bg/s320/imagem3.JPG" border="0" /></a> Paciente de 22 anos sexo feminino queixando-se de pirose e refluxo do alimento ao deitar-se.<br />Exames: EDA e Seriografia e TC.<br />1) Que estruturas correspondem aos números 3 e 4?<br />Número 03: estômago e 04: piloro.<br />2) Quais estruturas anatômicas impedem o refluxo gastresofágico?<br />As estruturas são o esfíncter esofagiano inferior, ângulo de His e pilares esofágicos.<br />3) O que é a linha “Z”?<br />É uma linha denteada designada por cirurgiões e endoscopistas onde a túnica mucosa muda abruptamente da túnica mucosa do esôfago para a túnica mucosa do estômago, como a junção esofagogástrica. Ou seja, é uma transição do esôfago para o estômago.<br /><br /><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKtJwMeDNI/AAAAAAAAAEA/556t8G0owT0/s1600-h/imagem2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278972096299273426" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 113px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKtJwMeDNI/AAAAAAAAAEA/556t8G0owT0/s320/imagem2.JPG" border="0" /></a><br />4) Qual porção do estômago normalmente atravessa para o tórax?<br />Primeiro a cárdia e depois o fundo.<br /><br />Caso clínico 2:<br />Paciente de 32 anos tabagista de longa data deu entrada no PS com fortes dores abdominais em região epigástrica e fossa ilíaca direita.<br />História Pregressa: tratamento para úlcera gástrica. Não faz uso regular do medicamento.<br />Exames: Rotina de abdome agudo.<br />Diagnóstico: Úlcera péptica perfurada.<br />Tratamento: Laparotomia exploradora e vagotomia e piloroplastia.<br /><br />1) Qual a explicação anatômica para a dor na fossa ilíaca direita?<br />Essa dor é devido ao suco gástrico que desceu e irritou o peritônio naquela região.<br />2) Foi realizada durante a cirurgia uma vagotomia e piloroplastia. Por que seccionou-se o vago? Por que deve-se seccionar o piloro?<br />A vagotomia tem como objetivo diminuir a produção ácida, por isso na vagotomia seletiva retira-se a parte nervosa do estômago. Os ramos vagais para o piloro, trato biliar, intestinos e plexo celíaco são preservados.<br />A piloroplastia serve para alargar o piloro, usada na drenagem gástrica após vagotomia (total ou seletiva) e em estenose (estreitamento) pilórica.<br />Então, seccionou-se o nervo vago para diminuir a estimulação para a produção de HCL (pelas células parietais), o que contribui para a diminuição da acidez.<br />Deve-se seccionar o piloro para evitar a estase alimentar causada pela elevação de gastrina (que contribui para a formação do HCL), fazendo uma drenagem gástrica.<br />3) Qual(is) estrutura(s) poderia(m) bloquear a perfuração?<br />O omento maior (cheio de gordura e células de defesa que se movimentam) e outras estruturas que estiverem próximas, no caso do piloro: a vesícula biliar.<br />4) Quais estrutura(s) deve se tomar cuidado ao seccionar o vago?<br />Com a aorta (posteriormente).<br /><br />Caso clínico 3:<br />O diagnóstico de uma senhora de 50 anos foi de adenocarcinoma da grande curvatura do estômago com um nódulo supraclavicular esquerdo.<br />No carcinoma do estômago, quando o corpo ou a parte pilórica do estômago contém um tumor maligno, a massa pode ser palpável.<br />1) Qual a drenagem linfática da curvatura maior do estômago?<br />- linfonodos gastro-epiplóicos (gastro-omentais) direitos<br />- linfonodos infrapilóricos<br />- linfonodo gastro-epiplóico (gastro-omental) esquerdo<br />- linfonodos esplênicos<br />2) Com base anatômica explique o melhor tratamento.<br />O melhor tratamento nesse caso é a remoção de todo o estômago: gastrectomia total.<br /><br /><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKtAxycdVI/AAAAAAAAAD4/6OUd06yEjMA/s1600-h/imagem1.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278971942108165458" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 290px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKtAxycdVI/AAAAAAAAAD4/6OUd06yEjMA/s320/imagem1.JPG" border="0" /></a> <div>3) Qual a explicação do nódulo supraclavicular?<br />Provavelmente deve-se tratar do gânglio ou linfonodo sentinela, que é um indicador de mau prognóstico. Ele é o primeiro gânglio linfático que drena uma neoplasia, e é o primeiro a receber células metastáticas. É essencial após descoberta de tumor maligno verificar se o gânglio sentinela está invadido, pois o inicio de metastização determina estratégias terapêuticas mais agressivas.<br /><br />Caso clínico 4:<br />Na operação de um paciente com úlcera gástrica crônica, descobriu-se que a parede posterior do estômago estava aderida à parede posterior do abdome.<br />1) Que estruturas situadas posterior ao estômago estão envolvidas no caso acima?<br />Pâncreas, baço, rim.<br />2) Qual vaso posterior ao estômago pode ser atingida por uma ulcera crônica?<br />A artéria esplênica.<br />3) Qual artéria passa posterior ao duodeno e pode causar hemorragia vultuosa nas úlceras duodenais?<br />A artéria gastroduodenal.<br /> </div></div></div></div></div></div></div>Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-17067247328255848902008-12-12T10:22:00.000-08:002008-12-12T10:23:12.262-08:00Intestino Delgado<strong>Intestino Delgado</strong><br /><br />O intestino delgado é a porção do trato digestório que segue ao estômago. Ele é formado por três partes bem definidas: o duodeno, o jejuno e o íleo. Toda essa parte do intestino delgado se localiza no mesogástrio (na anatomia palpatória)<br />O duodeno tem várias partes retroperitoneais; as demais partes, o jejuno e o íleo são vísceras peritoneais ou intraperitoneais.<br />O intestino delgado é responsável pela absorção de nutrientes, sais minerais, sais biliares e aminoácidos.<br />Algumas doenças congênitas determinam ausência de luz (parte interna do órgão), e o cirurgião tem que extirpar parte desse intestino na tentativa de salvar a criança. Quando se tira muita quantidade de intestino, a criança desenvolve a “síndrome do intestino curto”, onde ela não pode se alimentar com nada pela boca (via oral). Ela se alimenta por uma veia parieteral, por onde entra os nutrientes. Essa criança nunca come e ela sobrevive numa faixa de até dez anos de idade apenas. É uma doença gravíssima que talvez só se resolva com um possível transplante intestinal.<br /><br />A superfície absortiva da mucosa intestinal mostra muitas pregas denominadas válvulas coniventes ou pregas de Kerckring, que aumentam a área de absorção da mucosa cerca de três vezes. Essas pregas estendem-se circularmente, por quase todo o intestino e estão bastante desenvolvidas especialmente no duodeno e no jejuno.<br />Localizadas em toda a superfície do intestino delgado, desde aproximadamente o ponto em que o ducto biliar comum esvazia-se no duodeno, até a válvula ileocecal, existem milhões de pequenas vilosidades, que se projetam cerca de 1 mm, a partir da superfície da mucosa. Essas vilosidades aumentam em dez vezes a área absortiva.<br />As células epiteliais intestinais, também chamadas de enterócitos, caracterizam-se pela borda em escova, contendo microvilosidades, o que aumenta a superfície de exposição às substâncias no intestino mais 20 vezes.<br />Assim, a combinação das pregas de Kerckring com as vilosidades e as microvilosidades aumenta a área absortiva da mucosa em cerca de 600 vezes.<br /><br />Irrigação do Intestino Delgado:<br />A vascularização arterial do duodeno é feita por ramos do tronco celíaco e da mesentérica superior. A irrigação em todo o resto do intestino delgado é feita pela mesentérica superior que vai formar os ramos jejunais e os ramos ileais.<br />Tanto o duodeno quanto jejuno e íleo tem as suas veias acompanhando os ramos arteriais e drenam para a veia mesentérica superior que é uma tributária da veia porta.<br /><br />Uma medicação que é absorvida via oral chega até a circulação venosa e é drenado para a veia porta. O sangue contendo a medicação chega na veia mesentérica superior e depois entra na veia porta.<br />A medicação é metabolizada no fígado, e é enviada para veias hepáticas, que drenam para veia cava inferior, átrio direito, ventrículo direito, pulmão (onde o sangue é oxigenado), átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, artéria aorta e de lá para os tecidos do corpo.<br />Por tanto, medicações para uso oral devem estar preparadas para passarem pelo fígado, e possivelmente serem metabolizadas, diferente das medicações de uso endovenoso, intramuscular, por via retal ou tópica.<br /><br />Um tubo de alimentação entérica passa pelo duodeno e necessariamente tem que ficar no jejuno.<br /><br />A inervação do intestino delgado se faz pelos ramos vagais (tronco posterior), glânglios celíacos e gânglios esplâncnicos.<br /><br /><br />Duodeno<br />Ampola, porção descendente, porção horizontal e porção ascendente.<br />O duodeno fica a direita do estômago, no retroperitônio. O duodeno forma um “C”, o arco duodenal, ao redor da cabeça do pâncreas que também é retroperitonial, mantendo uma intima relação com esse órgão.<br />O duodeno em toda sua extensão é fundamental como todo o resto do intestino delgado pra absorção dos nutrientes.<br /><br />A primeira porção do duodeno que se segue logo após o piloro chama-se ampola duodenal; ela é dilatada como uma ampola porque recebe todo o quimo que está dentro de estômago.<br />A segunda porção é chamada de porção descendente; é a formadora do arco, abraçando toda a cabeça do pâncreas.<br />A seguir a terceira porção ou porção horizontal.<br />A quarta porção é chamada de ascendente. Ela emerge então em direção ao peritônio, onde começa ser completamente envolvida pelo peritônio, aqui já dando origem a próxima parte do intestino delgado, que é o jejuno.<br />Todas as porções do duodeno são retroperitoneais, pois o peritônio recobre apenas a face anterior do órgão.<br /><br />Algumas áreas do duodeno são fundamentais ao início do processo de digestão. A bile produzida no fígado e o suco pancreático produzido no pâncreas, com as enzimas pancreáticas são drenadas para o intestino, para promover então o processo da digestão.<br />Tanto o colédoco quanto o ducto principal pancreático se unem e desembocam na segunda porção duodenal. Eles jogam a bile e o suco pancreático na segunda porção duodenal.<br />A união do colédoco e do ducto principal pancreático vai formar um orifício que é chamado de papila duodenal.<br />Também existe a papila secundária, do ducto pancreático secundário.<br />O duodeno é formado por uma parede de musculatura longitudinal interna, uma circular interna e a parte interna a mucosa. Esta musculatura circular e longitudinal abraça os ductos que entram e permitem a formação de uma área mais dilatada, chamada de ampola de Vater ou ampola hepatopancreática. Essa é a parte mais dilatada da união dos dois ductos (colédoco e do ducto principal pancreático).<br />O colédoco desce posteriormente ao duodeno, passando por detrás da primeira porção duodenal, se juntando ao ducto pancreático principal, pra formar a ampola hépatopancreática ou ampola de Vater, e um ducto secundário vindo a formar uma papila secundária.<br />A musculatura duodenal faz o controle da liberação das substâncias que caem dentro da luz intestinal. Ela abraça esses dois ductos que formam um orifício (papila duodenal), na intenção de formar um esfíncter, chamado de esfíncter de Oddi.<br />Essa musculatura da parede duodenal se contrai sobre a ampola controlar a drenagem do ducto pancreático e do colédoco.<br />Quando se tem uma carga maior dentro da luz intestinal, receptores de membrana induzem o relaxamento desse esfíncter e permitem a liberação dessas enzimas pancreáticas e do suco biliar.<br /><br />Jejuno<br />O jejuno começa na flexura duodeno – jejuna (ângulo de Treitz).<br />O ângulo de Treitz ou ângulo duodeno jejunal ou junção duodeno jejunal é a junção entre o duodeno e o jejuno.<br />O jejuno e o íleo têm características muito semelhantes, mas eles se diferem em termos de absorção. Um é mais predisposto a absorção de determinados elementos, o outro para outros elementos.<br />Macroscopicamente é difícil detectar as diferenças, porque elas giram mais em torno da microscopia de cada um.<br />O jejuno tem 2 metros e meio, tem a alça mais fixa e tem uma mucosa mais clara e muito mais pregueada. Sua aparência é um pouco mais espessa, mais grossa do que o íleo.<br />Sua posição é um pouco mais alta em relação ao íleo. O conteúdo do jejuno é mais alimentar.<br /><br />Diferenças entre duodeno e jejuno:<br />Na prática as diferenças entre o duodeno e o jejuno são poucas.<br />O íleo é menos espesso, menos vascularizado, menos avermelhado, mais próximo ao hipogástrio, tem a mucosa mais lisa, tem muita capacidade de absorção e o mesentério tem mais gordura.<br />O jejuno é mais espesso, mais vascularizado, mais avermelhado, mais próximo a região umbilical do abdome, tem a mucosa extremamente pregueada, tem pouca capacidade de absorção e o mesentério tem menos gordura.<br /><br />Íleo<br />O íleo tem 3 metros e meio, é a parte terminal do meu intestino delgado, tem uma mucosa mais escura. O íleo tem uma mucosa mais lisa e cheia de placas de veia.<br />Sua posição é um pouco mais baixa em relação ao jejuno.<br />No íleo começa a se formar uma substância líquida fecalóide (não é fezes ainda).<br />Existe muita água no intestino delgado. Quem absorve essa água é o intestino grosso. No íleo terminal desemboca na primeira parte do intestino grosso, chamado de ceco.<br />O intestino delgado, responsável pela absorção de substâncias, precisa de tempo para realizar esta tarefa.<br />O íleo terminal entra na musculatura do ceco e forma a válvula íleo-cecal. Essa válvula se mantém fechada tempo suficiente para que todo conteúdo seja absorvido no intestino delgado e só o que não precisa ser aproveitado chegue ao íleo terminal em forma de secreção fecalóide.<br />Então a válvula íleo-cecal se abre e permite a liberação dessas substâncias para dentro da primeira porção do intestino grosso, que é o ceco, cheio de água e resto alimentar.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-19494846493869045982008-12-12T10:21:00.000-08:002008-12-12T10:22:08.269-08:00Intestino Grosso<strong>Intestino Grosso</strong><br /><br />Diferente do intestino delgado, que possui grande mobilidade, o intestino grosso tem ligamentos muito próximos às suas paredes, formando as goteiras parieto-cólicas. Ele serve de moldura para o intestino delgado.<br />O peritônio recobre o cólon, que forma uma moldura ao redor do mesogástrio.<br />O intestino grosso tem um maior calibre e é formado pelo ceco em sua primeira porção, que é bastante dilatada, pelo apêndice cecal, pelos cólons ascendente, transverso, descendente, sigmóide, reto e o canal anal.<br /><br />Irrigação do Intestino Grosso:<br />O intestino grosso é irrigado por ramos diferentes da artéria mesentérica superior.<br />A artéria ileocólica, ramo apendicular, irriga o ceco.<br />As artérias íleo-ceco-cólica e cólica direita irrigam o colón ascendente.<br />As artérias cólica média e a artéria mesentérica inferior irrigam o cólon transverso.<br />As artérias cólica esquerda e sigmóidea irrigam o cólon descendente.<br />As artérias sigmóideas irrigam o sigmóide.<br />As artérias retais superior, retais médias, retais inferior irrigam o reto.<br /><br />As artérias cólica média e cólica esquerda formam uma arcada marginal chamada arcada de Rioland. É uma arcada que vem em torno de todo o cólon e promove anastomose entre a artéria mesentérica superior e inferior, via cólica média e esquerda.<br />Também tem a arcada de Drummond.<br /><br />As veias acompanham as artérias na metade do cólon transverso, que é drenado para a veia mesentérica superior.<br />A metade do cólon transverso, cólon descendente, sigmóide e reto são drenados para a artéria mesentérica inferior.<br />O reto recebe ramos diretos da aorta e também da ilíaca interna.<br />Dois plexos venosos diferentes drenam o reto e o canal anal, formando o plexo hemorroidário.<br />Hemorróida é uma variz desse plexo hemorroidário.<br /><br />Ceco<br />Na luz do ceco existem dois orifícios: a válvula íleo-cecal e o do apêndice cecal. A fossa ilíaca direita é exatamente a localização mais comum do apêndice.<br />A válvula íleo-cecal evita o refluxo fecal.<br /><br />O apêndice é um órgão linfóide que produz células de defesa para essa região da fossa ilíaca. Ele também não é um órgão fundamental na cavidade abdominal, mas participa da sua defesa.<br />O apêndice inflama porque dentro dele cai a secreção fecalóide (água, resto alimentar). Nesse resto alimentar está o fecalito, porções esferóides de fezes endurecidas e caroço de algumas frutas. Essa secreção entra e sai pelo orifício do apêndice, mas em determinado momento pode ocorrer a obstrução dessa entrada, impedindo-a de sair e inflamando o apêndice. Essa secreção é cheia de bactérias que se proliferam e causam uma lesão na mucosa, evoluindo para a perfuração da parede e extravasamento do líquido contaminado para a cavidade peritonial, gerando peritonite.<br /><br />No ceco, a secreção fecalóide vai tendo sua água absorvida em todo o trajeto, passando pelo cólon ascendente, pela flexura direita ou flexura hepática, pelo colón transverso, pela flexura esquerda ou flexura esplênica, pelo colón descendente, pelo colón sigmóide até chegar no sigmóide e no reto, onde se formam as fezes.<br /><br />Cólon<br />Os cólons possuem um caminho bastante pregueado para conseguir aumentar a área de absorção de água sem aumentar o tamanho da cavidade. Mas as pregas são mais separadas que no ceco.<br />Esse pregueamento forma saculações (haustros) que são presas por três fitas (formadas pela própria musculatura longitudinal) chamadas tênias.<br />Nessas três tênias estão presas o cólon e os apêndices omentais (que produzem algumas células de defesa pra melhorar a proteção dos cólons). Os a apêndices omentais são bolsas de omento (peritônio) preenchidos por gordura.<br />As tênias são as seguintes:<br />- livre (anterior);<br />- omental (posterior);<br />- mesocólica (posterior).<br /><br />O cólon ascendente fica no lado direito, na flexura direita (hepática).<br />O cólon transverso tem maior porção e maior mobilidade. Sua alça está para baixo e para frente.<br />O cólon descendente fica do lado esquerdo, na flexura esquerdo (esplênica).<br /><br />Sigmóide<br />No sigmóide, as fezes já estão formadas, sendo encaminhadas ao reto.<br /><br />Reto<br />Na parte final do intestino grosso está o reto, um órgão peritonial e extra peritonial. Ele não esta atrás e sim abaixo, entrando na pelve. Não possui tênias nem mesentério.<br />No homem ele faz relação anatômica com a bexiga, com as vesículas seminais e com a próstata.<br />Na mulher, faz relação anatômica com o canal vaginal e com o útero.<br />O reto forma a ampola retal (bastante dilatada) e uma dilatação que suporta todas as fezes que passa por ali e cuja água já foi quase totalmente absorvida.<br />O bolo fecal vai se depositar ali e formar fezes moldáveis, com uma quantidade de água o suficiente pra que não sejam fezes ressecadas.<br />O músculo levantador do ânus vem de encontro ao reto, formando na sua parte final o canal anal.<br /><br />A ampola retal é a porção terminal do reto, imediatamente antes da defecação, onde as fezes ficam em forma de “S”, seguindo o sacro.<br />A ampola retal tem 3 pregas transversais: superior, média e inferior, e termina na linha pectínea, onde estão os seios anais, com glândulas que secretam muco.<br /><br />O canal anal é uma estrutura de mais ou menos 3 a 5 cm no homem adulto e é delimitada pela linha pectínea. A linha pectínea possui pequenas glândulas que são produtoras de muco pra facilitar a passagem das fezes pelo canal anal sem lesão da mucosa, e isso delimita também o final do reto e início do canal anal. Este canal anal termina exteriormente com a cobertura de pele e formação de ânus.<br />O canal anal possui zona cutânea e zona mucosa.<br /><br />Ao final do reto existe um espessamento da camada muscular, principalmente da circular. O levantador do ânus também abraça essa porção do reto e do canal anal, formando um esfíncter, denominado músculo do esfíncter interno do ânus ou esfíncter interno do ânus de controle involuntário.<br />O músculo levantador do ânus forma diversas porções musculares definidas como esfíncter externo do ânus ou músculo do esfíncter externo do ânus de controle voluntário.<br />Quando a ampola retal se dilata (com a chegada de fezes) a resposta do sistema nervoso é de contração imediata do esfíncter externo, propriedade essa que vai sendo desenvolvida com o crescimento (o RN não tem essa capacidade).<br />A ampola retal se enche então e essa distensão provoca então o fechamento e a contração do músculo esfíncter interno. Por uma necessidade de convívio social, há contração também do músculo esfíncter externo.<br />Quando o indivíduo relaxa o músculo do esfíncter externo do ânus, o músculo esfíncter interno também relaxa e ocorre a evacuação.<br /><br />Os homens primitivos evacuavam de cócoras (como evacuam ainda os índios) porque é necessário a distensão do períneo, músculo levantador do ânus, a distensão desse períneo pra poder relaxar o esfíncter externo e promover o relaxamento do esfíncter interno.<br />O homem tem que sentar para promover o relaxamento da região perineal e aí então, o esfíncter externo relaxando, promove o relaxamento do interno.<br />Existe um controle social muito grande sobre a evacuação. Muitas pessoas trazem da infância um trauma, uma visão negativa das fezes e da evacuação. Isso gera, ainda na infância, e no futuro, a obstipação intestinal psicológica, pois o indivíduo não consegue relaxar. As fezes ficam paradas na ampola retal acabam por ressecar. Após 20 dias de absorção intensa de água ocorre a formação de fecaloma, que são fezes endurecidas como pedra.<br />Para se tirar um fecaloma, é preciso fazer um toque retal, quebrar essas fezes com o dedo indicador, e retirá-la aos pedaços.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-48158106999360100902008-12-12T10:20:00.002-08:002008-12-12T10:21:21.467-08:00Fígado<strong>Fígado</strong><br /><br />O trato digestório é um tubo que se estende da boca até o ânus e em seu trajeto ele sofre algumas dilatações e estreitamentos.<br />Paralelo a esse tubo existe glândulas anexas que são auxiliares ao processo de digestão. Essas glândulas são as submandibulares, sublinguais, parótidas, fígado e pâncreas.<br /><br />O fígado é a maior glândula anexa que existe no corpo, se localiza principalmente no hipocôndrio direito, se estende do 5° espaço intercostal ao nível do mamilo até o rebordo costal, em uma pessoa normal.<br />O fígado é um órgão parenquimatoso repleto de sangue. É um órgão esponjoso com consistência semelhante a um queijo minas. O fígado faz parte do sistema reticulo endotelial e atua no sistema imune filtrando o sangue, recolhendo bactérias e fazendo fagocitose.<br />Ele é um reservatório de sangue, ou seja, quando o indivíduo esta em choque a cápsula do fígado se contraem, fazendo com que esse órgão libere maior quantidade de sangue para o organismo.<br />O fígado secreta a bile, que é um emulsificador de gordura, faz síntese de vitaminas, faz síntese de fatores de coagulação e síntese de proteínas. Então no que consiste o processo de digestão, ele quebra o alimento de macromoléculas em micromoléculas.<br />O trato digestório transforma as macromoléculas em micromoléculas para que estas sejam transformadas em proteínas que o organismo necessite. Quem coordena essa função de transporte para o sangue de micromoléculas necessárias para algum tipo de síntese é o fígado.<br />O fígado se localiza no hipocôndrio direito e epigástrio, se estendendo um pouco para o hipocôndrio esquerdo, sendo seu limite inferior o rebordo costal. Em situações patológicas o fígado pode chegar até a fossa ilíaca direita.<br />O fígado sofre influência da respiração: na inspiração ele é rebaixado, em função do movimento do diafragma. Em punções para biópsia de um fragmento do fígado, deve-se saber a localização do órgão, para evitar a perfuração do pulmão ou de uma alça intestinal. É preciso saber sua localização na expiração e inspiração.<br />O fígado pode ser localizado também através da percussão, diferenciando o som timpânico (oco) de um som maciço (típico da presença do fígado).<br />O exame laboratorial utilizado para saber se o fígado está doente é chamado de hepatograma.<br />O fígado também sofre alteração ortostática, ficando em uma posição quando o indivíduo está sentado e em outra posição quando o indivíduo está de pé.<br />A drenagem de tórax é um procedimento cirúrgico no qual se introduz um tubo no tórax, no 5° espaço intercostal. É preciso enfiar o dedo no orifício que foi feito, e explorar, para ter certeza de que o tubo não seja introduzido no abdome ou no fígado.<br /><br />Existem alguns espessamentos de peritônio chamados de ligamentos, que fixam os órgãos a parede abdominal, para que esses órgãos não se movimentem, não se desloquem, alterando bruscamente sua posição. Esses ligamentos “ligam” as vísceras à parede abdominal ou ao retroperitônio.<br />Os ligamentos que fixam o fígado são: o ligamento falciforme e o ligamento redondo.<br />No feto a principal alimentação ocorre pelo cordão umbilical. O alimento passava da mãe, através da veia umbilical, para o feto, chegando através da veia porta. Quando o feto nasce, a veia umbilical se oblitera (colaba) formando o ligamento redondo. Esse ligamento redondo começa na cicatriz umbilical, percorre a linha mediana e vai se fixar ao fígado, abaixo do ligamento falciforme, até a veia porta esquerda.<br />O ligamento falciforme recebe esse nome, pois ele tem a forma de foice. Ele prende o fígado à parede abdominal anterior.<br />Os ligamentos que fixam o fígado ao diafragma são chamados de ligamentos coronários direito e esquerdo. Esse ligamento se encontram na parte superior do fígado (o termo coronário vem de coroa). Eles fixam o fígado ao diafragma e também ao retroperitônio. Existem os ligamentos hepatocólico (liga o fígado ao cólon), hepatorenal (liga o fígado aos rins), hepatogástrico (que liga o fígado ao estômago) e os ligamentos triangulares (é a fusão do ligamento coronário direito e esquerdo, que forma um triângulo).<br />A área do fígado que não é revestida pelo peritônio visceral é chamada de área nua. Numa cirurgia, não se consegue movimentar o fígado se os seus ligamentos não forem rompidos.<br /><br />O fígado é dividido em lobo direito, lobo esquerdo, lobo caudado (próximo da veia cava) e lobo quadrado (próximo a vesícula biliar).<br />O lobo direito é maior que o lobo esquerdo na anatomia macroscópica. Mas na anatomia morfofuncional, ambos são do mesmo tamanho.<br />Traçando uma linha imaginária que vai da veia cava inferior até a vesícula biliar, divide-se o fígado igualmente em lados direito e esquerdo.<br /><br />A tríade portal é formada pela artéria hepática, veia porta e ducto colédoco. Ela adentra na base do fígado.<br />O fígado é composto de pequenas áreas chamadas lóbulos ou segmentos hepáticos, onde cada uma possui uma “tríade portal interlobular” composta por um ramo da artéria hepática, um ramo da veia porta e um ducto biliar.<br />Tríade Portal Interlobular:<br />- ramo da artéria hepática: a artéria hepática própria se ramifica em artérias hepáticas direita e esquerda, que se ramificam nos pequenos ramos da artéria hepática.<br />- um ramo da veia porta: a veia porta se ramifica em veias portas direita e esquerda, que se ramificam nos pequenos ramos da veia porta.<br />- um ducto biliar: os ductos biliares se anastomosam em ductos hepáticos direito e esquerdo, que se unem virando o ducto hepático, que recebe o ducto cístico da vesícula biliar, e vira ducto colédoco (que ainda recebe o ducto pancreático, transformando-se em ampola de Vater ou ampola hepatopancreática).<br /><br />Na parte superior do fígado está a veia cava inferior e na parte inferior do fígado está a veia porta (porta de entrada do sangue para o fígado). Grande parte do sangue do trato digestório é drenado através veia porta e chega ao fígado para ser filtrado e o fígado metabolizar os seus nutrientes. Após sua passagem pelo fígado, esse sangue flui através das veias supra hepáticas direita, esquerda e média, para a veia cava inferior.<br />A veia porta recebe sangue venoso com nutrientes.<br />O duodeno passa os nutrientes digeridos para as veias pancreáticoduodenal superior e pancreáticoduodenal inferior. O jejuno e o íleo passam os nutrientes absorvidos para as veias jejunais e ileais, que drenam para a veia mesentérica superior, que recebe as veias pancreáticoduodenal superior e pancreáticoduodenal inferior (provenientes do duodeno).<br />A veia mesentérica superior desemboca na veia porta, que se ramifica (veias portas direita e esquerda e pequenos ramos da veia porta), levando os nutrientes para os hepatócitos, que os metabolizam de acordo com a necessidade do organismo.<br /><br />O conhecimento dos segmentos hepáticos permite a realização de cirurgias hepáticas chamadas lobectomia, onde retira-se um segmento sem o prejuízo dos demais segmentos.<br />O fígado é dividido em oito segmentos.<br />A segmentação do fígado está baseada nas divisões principais da artéria hepática e veia porta e ductos biliares acompanhantes.<br />O segmento 1 corresponde ao lobo caudado. O segmento 1 é atípico, pois ele possui uma irrigação e drenagem biliar exclusiva dele.<br />Os segmentos 2 e 3 correspondem ao lobo esquerdo, e se encontram a esquerda do ligamento falciforme. O segmento 2 é superior e o segmento 3 é inferior.<br />Ao lado da vesícula biliar, à sua esquerda, está o segmento 4, que é dividido em superior e inferior.<br />À direita da vesícula biliar está o segmento 5.<br />O segmento 6 é o mais lateral, é inferior e encontra-se ao lado do segmento 5.<br />Superior ao segmento 6 está o segmento 7, que também é lateral.<br />Acima do segmento 5, entre o segmento 4 e 7, está o segmento 8.<br />A contagem desses segmentos é feita no sentido horário.<br /><br />É importante saber a classificação dos segmentos hepáticos para descrever uma possível lesão hepática detectada numa cirurgia ou exame.<br />Se numa tomografia der para ver as veias supra hepáticas, significa que aquele corte é na região superior do fígado (segmento 2, 4 a, 8 e 7).<br />Descendo no corte tomográfico, visualiza-se os segmentos inferiores e depois a vesícula biliar; ao seu lado direito está o segmento 5, e do lado esquerdo o segmento 4b.<br />Aproximadamente 70% do fluxo de sangue que chega ao fígado vêm da veia porta e os 30% restante vem da artéria hepática (que supre a maior parte do oxigênio consumido no fígado).<br />Num trauma onde exista muito sangramento, o cirurgião pode ligar a artéria hepática, pois existem ramificações intra-hepáticas (principalmente no ligamento falciforme) que canalizam sangue arterial para dentro do fígado, mantendo a irrigação de sangue arterial.<br /><br />Passando uma linha no lóbulo hepático direito, paralelo à incisura, ou seja, divide-se o lóbulo hepático direito em segmento anterior e posterior. Passando uma linha perpendicular a anterior em cima do ligamento falciforme, divide-o em segmento medial e lateral.<br />A dicotomização (bifurcação) das artérias e veias hepáticas é importante quando um cirurgião quer seccionar apenas os ramos do lóbulo onde quer operar.<br /><br />A primeira estrutura arterial a se originar e a sair da aorta abdominal é a artéria frênica inferior. O tronco celíaco ou tripé de Halley é segunda estrutura arterial a se originar e a sair da aorta abdominal.<br />O tripé de Halley é formado por três artérias: artéria gástrica esquerda, artéria esplênica e artéria hepática comum. Depois que a artéria hepática comum emite a artéria gastroduodenal, passa a se chamar artéria hepática própria, que vai propriamente para o fígado. À medida que se ascende para o fígado, se divide em artéria hepática esquerda e artéria hepática direita.<br />Da artéria hepática direita sai a artéria cística, que nutre a vesícula biliar.<br />Da artéria hepática esquerda sai a artéria hepática intermédia, que vai nutrir os segmentos mediais superior e inferior do fígado.<br /><br />A unidade funcional do fígado é uma célula chamada hepatócito, onde existe a veia central, que é uma ramificação da veia hepática. O sangue chega ao fígado, atravessa o sinusóide onde o sangue libera e recebe substâncias.<br /><br />A cirrose hepática é a transformação do hepatócito em uma cicatriz. O fígado tem um poder de regeneração muito grande, mas esse processo tem um limite. O ataque crônico dos hepatócitos por álcool, vírus (Hepatite B, C) ou outros, podem os transformar em uma “cicatriz” (fibrose). Essa fibrose irá atacar as veias que passam por esse hepatócito, e a partir disso, o sangue ficara obstruído, causando inchaço. A dilatação dessas veias leva ao aparecimento de varizes. Com o impedimento da entrada do sangue no fígado pela veia porta, essa sangue irá percorrer outro caminho que comunique a veia porta com a veia cava inferior, para então chegar ao átrio direito. Isso gera uma dilatação das veias colaterais, e vai levar ao aparecimento de varizes no esôfago e no estômago. O baço também aumenta de tamanho (esplenomegalia). Essas varizes podem romper, causando hemorragia digestiva. Todo esse processo ocorre em função da fibrose dos hepatócitos, que impede o sangue de fluir adequadamente pela veia porta. O cirurgião precisa conhecer bem os ramos da veia porta para descongestionar esse sistema e descobrir um caminho alternativo para que o sangue chegue ao átrio direito.<br /><br />Hilo é uma região onde entram e saem estruturas importantes. O hilo hepático ou hilo porta-hepático é a região onde entra a veia porta e a artéria hepática, e sai os ductos hepáticos ou ductos biliares.<br />Existe no fígado uma estrutura em forma de H, chamada “H hepático”, composto da seguinte forma: a veia cava e a vesícula biliar são uma perna do H; o hilo hepático é a barra transversa do H; a fissura do ligamento venoso e a fissura do ligamento redondo formam a outra uma perna do H.<br /><br />A bile é produzida pelos hepatócitos, e sai dessas células através de canalículos que vão se juntando uns aos outros até formarem os ductos biliares. A junção dos ductos biliares irá forma o ducto hepático direito e esquerdo. A união entre os ductos hepáticos direito e esquerdo formam o ducto hepático comum. O ducto hepático comum, se junta com o ducto cístico que vem da vesícula biliar, formando o ducto colédoco.<br />A vesícula biliar é uma estrutura saculiforme cuja função principal é armazenar e concentrar a bile. De uma forma geral a bile é um detergente, ou seja, age na gordura, para que ela seja quebrada e absorvida no trato digestório.<br />Reflexos hormonais são liberados quando se chega gordura no duodeno (através do hormônio colecistoquinina-CCK), gerando a contração da vesícula e a liberação bile no intestino.<br />A vesícula biliar tem um fundo, um corpo e um colo. Ela se comunica com o ducto hepático comum através do ducto cístico (a união desses 2 ductos forma a ducto colédoco).<br />O ducto colédoco se junta com o ducto pancreático principal formando a ampola hepatopancreática na 2° porção duodenal.<br />A função da 2° porção do duodeno ou parte descendente é a desembocadura do ducto pancreático principal e o ducto colédoco, formando a papila duodenal.<br /><br />Cálculo vesicular, mais comum em mulheres, esse cálculo pode ficar na vesícula ou pode migrar, se ele migrar para o ducto cístico ou colédoco, entope a liberação de bile, e a pessoa fica ictérica (icterícia obstrutiva por cálculo, com aumento da bilirrubina direta). Em casos de hepatite aumenta a bilirrubina indireta.<br /><br />Quando se tem um sangramento hepático volumoso, deve-se coibir esse sangramento. A veia porta é o vaso que tem o maior fluxo de sangue para o fígado, e por isso, deve ser clampeada. Outra manobra de contensão é o cirurgião auxiliar colocar o dedo indicador no forame de Winslow, que é um forame que comunica a cavidade abdominal com a bolsa omental, e comprimir o pedículo hepático (artéria hepática, veia porta e ducto colédoco). Deve-se ter cuidado com o ducto colédoco, pois essa via é muito sensível à isquemia, que levaria a estenose biliar.<br />Na manobra de Pringle – compressão da via biliar com uma pinça – deve-se comprimir a via biliar da esquerda para direita, pois o ducto colédoco está mais a direita do pedículo hepático. Nessa posição a compressão da veia porta e da artéria hepática será maior.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-34553952860947902792008-12-12T10:20:00.001-08:002008-12-12T10:20:29.608-08:00PâncreasPâncreas<br /><br />O pâncreas possui a forma de um “C”, com uma perna alongada e localiza-se totalmente no retroperitônio. É um órgão com função endócrina e exócrina. A porção exócrina produz o suco pancreático e a porção endócrina produz glucagon e insulina.<br />Ele é dividido em 4 porções: cabeça, colo, corpo e cauda. O colo fica no local da passagem da veia mesentérica superior e onde a veia esplênica se une com a veia mesentérica superior, formando a veia porta. Essa união ocorre atrás do pâncreas.<br />A relação principal do pâncreas é com o duodeno; ele se relaciona com as quatro porções do duodeno. A cabeça do pâncreas é envolvida pelo por uma curvatura do duodeno em forma de C à direita dos vasos mesentéricos superiores. O processo uncinado, uma projeção da parte inferior da cabeça, estende-se medialmente para a esquerda, posterior à artéria mesentérica superior.<br /><br />A cabeça do pâncreas é a parte mais expandida da glândula, que é circundada pela curva em forma de C do duodeno, á direito dos vasos mesentéricos superiores. Está firmemente fixada á face medial das partes descendente e horizontal do duodeno. O processo uncinado é uma projeção da parte inferior da cabeça do pâncreas que se estende medialmente para a esquerda, posterior á artéria mesentérica superior. A cabeça do pâncreas está apoiada posteriormente na veia cava inferior, artéria e veia renal direita, e veia renal esquerda. Em seu trajeto para se abrir na parte descendente do duodeno, o ducto colédoco situa-se no sulco na face póstero-superior da cabeça do pâncreas ou incrustado em sua substância.<br />O colo do pâncreas é curto e está situado sobre os vasos mesentéricos superiores, que formam um sulco em sua face posterior. A face anterior do colo, coberta por peritônio, está situada adjacente ao piloro do estômago. A veia mesentérica superior une-se á veia esplênica, posteriormente ao colo, para formar a veia porta.<br />O corpo do pâncreas continua a partir do colo e situa-se á esquerda dos vasos mesentéricos superiores, passando sobre a aorta e a vértebra L2, posteriormente à bolsa omental. A face anterior do corpo do pâncreas é coberta por peritônio, está situada no assoalho da bolsa omental e forma parte do leito do estômago. A face posterior do corpo do pâncreas é desprovida de peritônio e está em contato com a aorta, artéria mesentérica superior, supra-renal e o rim e os vasos renais esquerdos.<br />A cauda do pâncreas situa-se anteriormente ao rim esquerdo, onde está intimamente relacionado ao hilo esplênico e à flexura cólica esquerda. A cauda é relativamente móvel e passa entre as camadas do ligamento esplenorrenal com os vasos esplênicos. A extremidade da cauda geralmente é romba e voltada para cima.<br /><br />O pâncreas possui íntima relação com o duodeno, íntima relação com o baço, é posterior ao estômago, anterior a veia cava e repousa sobre a 2° vértebra lombar.<br />Quando se identifica na radiografia uma fratura da 2° vértebra lombar, deve-se suspeitar de lesão pancreática.<br /><br />O pâncreas tem localização retroperitonial e transversa na parede posterior do abdome, posterior ao estômago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda. O mesocolo transverso fixa-o à sua margem anterior.<br /><br />Vascularização do pâncreas:<br />As artérias pancreáticas são provenientes principalmente dos ramos da artéria esplênica, que forma vários arcos com ramos pancreáticos das artérias gastroduodenal e mesentérica superior. Até 10 ramos da artéria esplênica suprem o corpo e a cauda do pâncreas. As artérias pancreaticoduodenais superior anterior e superior posterior, ramos da artéria gastroduodenal, e as artérias pancreaticoduodenais inferiores anterior e posterior, ramos da artéria mesentérica superior, suprem a cabeça. As veias pancreáticas correspondentes são tributárias das partes esplênica e mesentérica superior da veia porta; entretanto, a maioria delas drena para a veia esplênica.<br />As veias pancreáticas drenam o sangue principalmente para as veias esplênicas e veia mesentérica superior. Mas a maior parte dela drena para a veia mesentérica superior.<br />A veia esplênica se une com a veia mesentérica superior, formando a veia porta.<br /><br />Inervação do pâncreas:<br />Os nervos do pâncreas são derivados dos nervos vago e esplâncnicos abdominopélvicos que atravessam o diafragma. As fibras simpáticas e parassimpáticas chegam ao pâncreas passando ao longo das artérias do plexo celíaco e do plexo mesentérico superior. As fibras simpáticas e parassimpáticas também são distribuídas para as células acinares e ilhotas pancreáticas.<br />A pancreatite faz com que surja uma dor em barra que se espalha pela região intercostal devido à invervação simpática da região.<br /><br />Drenagem linfática do pâncreas:<br />Os vasos linfáticos pancreáticos acompanham os vasos sanguíneos. A maioria dos vasos termina nos linfonodos pancreáticos e esplênicos, situados ao longo da artéria esplênica. Alguns vasos terminam nos linfonodos pilóricos. Os vasos eferentes desses linfonodos drenam para os linfonodos mesentéricos superiores ou para os linfonodos celíacos através dos linfonodos hepáticos.<br /><br />Na duodenopancreatectomia, para se retirar a cabeça do pâncreas cirurgicamente, é preciso fazer a retirada do duodeno, pois a vascularização dessas duas estruturas é a mesma.<br />É possível fazer a retirada do corpo, colo e cauda do pâncreas sem fazer a retirada do duodeno.<br />Numa lesão de baço onde é preciso realizar uma esplenectomia total, é preciso tomar cuidado na retirada, pois pode lesar a cauda do pâncreas, que é ligada ao baço através do ligamento esplenorrenal.<br /><br />No trajeto do pâncreas, observa-se um ducto que vai colher todas as substâncias produzidas por ele, tanto endócrinas como exócrinas, chamado de ducto pancreático principal. O ducto pancreático principal se une com o ducto colédoco formando a ampola hepatopancreática. Essa ampola desemboca na 2° porção do duodeno formando uma estrutura chamada de papila duodenal. O ducto pancreático principal recebe esse nome, pois no pâncreas existem ductos pancreáticos acessórios.<br /><br />O pâncreas produz uma secreção exócrina (suco pancreático das células acinares) que entra no duodeno através dos ductos pancreáticos principal e acessório. As secreções endócrinas (glucagon e insulina das ilhotas pancreáticas de Langerhans), que entram no sangue.<br /><br />As manobras de Warren e Kocher são utilizadas nas cirurgias. A manobra de Warren é um mecanismo em que se solta a porta do pâncreas. Na manobra de Kocher, levanta-se o duodeno e a cabeça do pâncreas para ver a parte posterior do pâncreas.<br /><br />Como acessar o pâncreas numa cirurgia: abre-se a cavidade abdominal, e acessa a região chamada omento menor, atrás dele está localizada a bolsa omental (retrocavidade dos epiplons), abrindo-o, chego no pâncreas.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-47810892704978251522008-12-12T10:19:00.001-08:002008-12-12T10:19:54.041-08:00Baço<strong>Baço</strong><br /><br />O baço é um órgão do corpo humano<br />O baço é um órgão hematoso assim como o fígado, que tem consistência de queijo, de forma oval, que pesa cerca de 150 gramas, situado logo abaixo da hemicúpula diafragmática esquerda, no hipocôndrio esquerdo na altura da 9°, 10° e 11° costela.<br />O baço encontra-se do lado esquerdo, protegido pela 9°, 10° e 11° costelas. Ele possui uma face visceral, que está em íntimo contato com as vísceras e uma face diafragmática, que está em íntima relação com o diafragma. O baço possui íntima relação com o rim esquerdo, como pâncreas, com o estômago e com o cólon descendente.<br /><br />O baço tem uma função praticamente de reservatória de sangue; então em uma situação de choque, o baço se contrai liberando mais sangue na circulação.<br />Esse órgão é o maior dos órgãos linfáticos (tem uma função imunológica, produzindo linfócitos B e T) e faz parte do sistema retículo-endotelial, participando dos processos de hematopoiese (produção de células sangüíneas, principalmente em crianças) e hemocaterese (renovação de células vermelhas, as hemácias). As hemácias têm vida média de 120 dias. Após esse período, o baço faz a destruição dessas hemácias. O resíduo da destruição dessas hemácias como ferro, hemoglobina, é captado pelos macrófagos para a produção de novas hemácias.<br /><br />No baço existe uma polpa branca e uma polpa vermelha. Em condições patológicas, o baço estende-se até a flexura esquerda do intestino grosso (esplenomegalia). Normalmente, ele não é palpável, a não ser quando se tem esplenomegalia.<br />Os linfócitos são produzidos e amadurecem na polpa branca. A polpa vermelha contém outros leucócitos (fagócitos) que ingerem o material indesejado (por exemplo, bactérias ou células defeituosas) do sangue circulante.<br />A polpa vermelha controla os eritrócitos, determina quais são anormais ou velhos demais ou lesados e não funcionam adequadamente, e os destrói. Conseqüentemente, a polpa vermelha é algumas vezes denominada cemitério de eritrócitos. A polpa vermelha também serve como depósito de elementos do sangue, especialmente de leucócitos e plaquetas.<br /><br />Não é doloroso, mas sim sua cápsula.<br />Tanto o fígado quanto baço, é envolvido por uma cápsula, e a distensão desses órgãos produz dor.<br />Quando o indivíduo corre muito e sente uma dor do lado esquerdo, ela indica a contração do baço. O coração não consegue bombear uma quantidade de sangue suficiente para suprir a demanda muscular, e o baço é contraído, liberando sangue na circulação para suprir a demanda de hemácias, captar mais oxigênio e levar aos músculos. Essa contração tanto do fígado quanto do baço é responsável pela sensação de dor.<br /><br />É um dos órgãos mais afetados em quedas e traumas abdominais fechados, como acidentes automobilísticos, é o baço e o fígado. Isso ocorre porque esses órgãos são os maiores e mais pesados, e possuem um fluxo de sangue grande.<br />O fígado localiza-se no hipocôndrio direito, o baço localiza-se no hipocôndrio esquerdo entre a 9°, 10° e 11° costela. Paciente com fratura entre a 9°, 10° e 11° costelas esquerdas deve levantar suspeita de lesão de baço. A confirmação clínica é feita com a palpação abdominal com dor após período de observação.<br /><br />No baço existe um hilo chamado de hilo esplênico. Nesse hilo estão entrando a artéria esplênica (é uma artéria calibrosa e tortuosa por onde passa um fluxo volumoso de sangue de aproximadamente 2litros por minuto), os vasos linfáticos e os plexos nervos. As veias esplênicas deixam o baço através do hilo esplênico.<br /><br />Em um trauma de baço com lesão e sangramento e sem possibilidade de rafia, o cirurgião pode retirá-lo, pois outros órgãos realizarão sua função, como fígado, gânglios linfáticos e medula óssea. Na retirada do baço, deve-se tomar cuidado com a cauda do pâncreas.<br />O baço possui íntima relação anatômica com os rins, diafragma, colo, flexura esplênica ou flexura esquerda, fígado, diafragma, estômago, cauda do pâncreas. Hilo esplênico é o local aonde chegam e saem às estruturas importantes desse órgão.Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5974534817465542657.post-63797527639425539902008-12-08T10:08:00.000-08:002008-12-12T10:19:11.783-08:00Sistema Urinário<strong>Sistema Urinário</strong><br /><br />O sistema urinário é compreendido pelos órgãos uropoiéticos (aqueles que produzem a urina e a armazenam temporariamente, e depois a liberam). Essa urina é composta principalmente por ácido úrico, uréia, sódio, potássio, bicarbonato, e em condições anormais também pode se encontrar glicose e proteínas.<br />O sistema urinário participa da manutenção da homeostase através da eliminação de restos do metabolismo, de água e outras substâncias pela urina. O sistema urinário é formado por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra.<br />Esses órgãos ficam localizados na parte posterior do abdome, são ditos retroperitoneais, estão atrás do peritônio, ou seja, estão na parte anterior da parede posterior do abdome, em seu terço superior.<br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKqX9yG7bI/AAAAAAAAADw/dnFyhsxyQJQ/s1600-h/imagem5.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278969041930087858" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 275px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKqX9yG7bI/AAAAAAAAADw/dnFyhsxyQJQ/s320/imagem5.JPG" border="0" /></a>O rim é um órgão que apresenta uma porção côncava e outra convexa. Na porção côncava se situa o hilo, local de entrada e saída de vasos, nervos e também a partir do qual os cálices renais formam a pélvis renal.<br />Os rins são órgãos em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome, sua coloração é vermelho pardo, é protegido na sua face posterior pelas duas últimas costelas. Estão situados em cada lado da coluna vertebral, a frente da região superior da parede posterior do abdome, entre a 11ª costela e a 13ª vértebra.<br />São órgãos retroperitoneais (atrás do peritônio). Na frente dele está o mesentério e o mesocólon.<br /><br />Para se acessar o retroperitônio, deve-se acessar os recessos parieto-cólicos direito e esquerdo (que se situam ao lado do mesocólon), então se corta o recesso, e joga o mesocólon para frente, chegando no retroperitônio, onde se localiza os rins.<br /><br />Alguns segmentos dos rins (principalmente das bordas laterais, das partes mais eqüidistantes do plano mediano) são envolvidos por uma película fina e pequena de peritônio (não é um órgão peritoneal pois isso só envolve uma pequena parte dele) e são circundados pela fáscia de Gerota, que é uma gordura que envolve todo o rim e tem função de proteção, amortecendo impactos mecânicos.<br />Cada rim tem cerca de 11 cm de comprimento, 5 a 7 cm de largura e 2,5 cm de espessura.<br />Na margem medial (ou côncava) de cada rim encontra-se o hilo renal, que é formado pela artéria renal, veia renal e ureter. Seio renal é um espaço onde se encontra o hilo (o hilo está contido dentro do seio).<br />A veia renal fica a frente da artéria renal, isso é útil na hora de discriminar se o rim é direito ou esquerdo, nas peças anatômicas.<br />Os músculos que tem íntimo contato com a face posterior do rim são o psoas e o quadrado lombar (que é a parte anterior da parede posterior do abdome).<br />A borda medial é chamada côncava, a lateral é a convexa; temos também a extremidade superior, que é o pólo superior e a extremidade inferior que é o pólo inferior.<br /> <br /><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKpuaZ_qWI/AAAAAAAAADo/Lh-n94YX1VQ/s1600-h/imagem4.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278968328059070818" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 182px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKpuaZ_qWI/AAAAAAAAADo/Lh-n94YX1VQ/s320/imagem4.JPG" border="0" /></a> O rim pode ser separado em porção cortical e porção medular. Na medula observam-se de 10 a 18 pirâmides medulares, as quais apontam para os cálices e destes para a pélvis renal. Cada pirâmide contém de 400 a 500 raios medulares, os quais penetram no córtex.<br /><br /><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKpjnabFaI/AAAAAAAAADg/Lh6E0c6O0OE/s1600-h/imagem3.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278968142571967906" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 232px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKpjnabFaI/AAAAAAAAADg/Lh6E0c6O0OE/s320/imagem3.JPG" border="0" /></a> Existe uma cápsula delicada que reveste o rim (que é um órgão parenquimatoso, sólido, como o baço e o fígado), tem a veia e a artéria renal, a pelve renal que vai dar origem ao ureter.<br />A artéria renal vai se bifurcando para todas as regiões e esse sangue que entra pela artéria renal vai até a periferia, a partir de onde volta sendo filtrado. A filtragem da urina acontece centripetamente, a urina vai se formando à medida que o fluxo vai da periferia para a parte central.<br />As lesões na região do hilo são mais letais, porque lesa a artéria, a veia renal, e a pelve, que são difíceis de ser reconstituídas. Já se a lesão for na margem, pode ser feita a remoção de uma pequena parte lesada.<br />A retirada total do rim se chama nefrectomia.<br />Quando se faz um corte frontal do rim são reveladas as regiões: cortical (mais periférica) e a medular (mais interna). A medular consiste de 8 a 18 estruturas cuneiformes, que são as pirâmides renais, e as colunas renais (que ficam entre uma pirâmide e outra). No vértice de cada pirâmide se encontra uma papila, que fica em contato com um pequeno cálice. A união de dois pequenos cálices formam o grande cálice e a união de dois ou mais grandes cálices formam a pelve renal, que por sua vez vai dar origem ao ureter. A base da pirâmide renal fica em contato com o córtex renal.<br /><br />O córtex e a pirâmide renal constituem a parte funcional do rim, que se localizam no parênquima. A unidade filtradora dos rins são os néfrons. Cada néfron é formado pelo corpúsculo de Malpighi, pelos túbulos contorcidos proximais e distais e pela alça de Henle.<br />Néfron: Menor unidade funcional constituída por uma cápsula glomerular (cápsula de Bowman), um glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de henle, túbulo contorcido distal e túbulos coletores. Temos nos rins: arteríola aferente e arteríola eferente.<br />No córtex renal tem as estruturas glomerulares. As estruturas de alça de henle e tubo coletor adentram a pirâmide e desembocam na papila.<br /><br />A artéria renal chega no hilo, vai se bifurcando até chegar ao córtex, onde é filtrado pelos néfrons. A urina formada pelos néfrons drena para os ductos papilares, vão até as papilas renais, e vão até os cálices, depois para a pelve, ureter, bexiga e uretra. O sangue venoso, após perfundir toda a estrutura, volta pela veia renal.<br /><br /><br /><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKpIxdiWuI/AAAAAAAAADY/_s4yseQAjH0/s1600-h/imagem2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278967681412913890" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 279px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKpIxdiWuI/AAAAAAAAADY/_s4yseQAjH0/s320/imagem2.JPG" border="0" /></a>O corpúsculo renal é formado por um aglomerado de capilares, conhecido como glomérulo, e envoltos pela cápsula de Bowman, que possui um folheto parietal, formado por células simples pavimentosas e o folheto visceral formado por células modificadas, com prolongamentos primários e secundários, estas células conhecidas como podócitos.<br /><br />Os prolongamentos dos podócitos envolvem e abraçam os capilares, deixando pequenos espaços entre os prolongamentos secundários, fechados por uma membrana, e conhecidos como fendas de filtração. Além destas fendas de filtração, o filtrado tem de passar pelas fenestrações dos capilares e através de uma membrana basal espessa formada pelas células endoteliais e pelos podócitos.<br />A membrana basal de 100 a 300nm de espessura é a principal barreira no processo de filtração. Além das células endoteliais e dos podócitos, a estrutura glomerular apresenta ainda as células mesangiais. Habitando o espaço entre as células endoteliais, estas células desempenham importante papel de manutenção e limpeza da membrana basal. O filtrado glomerular, após atravessar a barreira de filtração, passa pelo espaço capsular e segue pelo túbulo contorcido proximal.<br /><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKo6kkFgzI/AAAAAAAAADQ/oRDy10O7rDk/s1600-h/imagem1.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278967437432554290" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 236px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_OlidsBhvVNQ/SUKo6kkFgzI/AAAAAAAAADQ/oRDy10O7rDk/s320/imagem1.JPG" border="0" /></a> </div><div>O túbulo contorcido proximal é formados por células cúbicas com borda em escova (microvilosidades), e na porção basal se observam dobras e interdigitações entre as células adjacentes. O citoplasma destas células é rico em mitocôndrias, o que lhes confere características acidófilas. O papel destas células e destes túbulos está na reabsorção de íons e outras sustâncias do filtrado. Após passar pelo túbulo contorcido proximal, o filtrado segue para as alça de Henle, que é formada por uma porção descendente, em sua maior parte constituída por epitélio simples pavimentoso, e porção ascendente formada em sua maior parte por epitélio cúbico simples.<br /><br />As alças de Henle têm o papel fundamental junto aos ductos coletores na concentração da urina e reabsorção de água. Após passar pela alça de Henle, o filtrado segue em direção ao túbulo contorcido distal.<br />Estes túbulos também formados por epitélio cúbico simples, entretanto apresentam microvilos mais curtos e espaçados, além de um número menor de mitocôndrias, o que torna o citoplasma destas células menos acidófilos se comparados às células do túbulo contorcido proximal.<br />O túbulo contorcido distal se aproxima do corpúsculo de Malpighi do mesmo néfron, e suas células se modificam, tornando-se cilíndricas, recebendo o nome de mácula densa. Esta estrutura, em conjunto com as células justaglomerulares da túnica média da arteríola aferente, formam o complexo justaglomerular e funcionam na regulação do balanço hídrico e do equilíbrio iônico. O filtrado após passar pelo túbulo contorcido distal, deixa o néfron e deságua nos túbulos ou ductos coletores, os quais seguem em direção as papilas. Os tubos coletores inicialmente são revestidos por epitélio cúbico e à medida que se fundem com outros tubos e se dirigem para as papilas se espessam e suas células tornam-se cilíndricas.<br />Os tubos coletores atuam em conjunto com a alça de Henle na reabsorção de água.<br /><br />Funções dos rins:<br />- controlar a pressão arterial: no aparelho justaglomerular tem o sistema renina-angiotensina-aldosterona. O fluxo de sangue na arteríola que controla o funcionamento desse sistema;<br />- regulação da composição iônica do sangue através da absorção de íons, como o cálcio, sódio, potássio, cloro;<br />- participa da manutenção da osmolaridade: no calor, a urina fica mais concentrada, devido à perda de água no suor;<br />- regular o volume sanguíneo: quando uma pessoa está perdendo sangue, o sistema renina-angiotensina-aldosterona é acionado e faz aumentar a RVP, aumentando a PA.<br />A regulação da PA pode ser feita inibindo a enzima conversora da angiotensina (ECA), ou diminuindo a absorção de água (diurético).<br />- regulação do PH sanguíneo (devido ao bicarbonato);<br />- liberação de hormônios;<br />- excreção de substâncias (medicamentos).<br /><br />Glândulas Supra Renais:<br />São duas estruturas glandulares endócrinas localizadas no pólo superior de cada rim. Possuem uma camada cortical e uma medular. A camada cortical secreta mineralocorticóides, glicocorticóides e esteróides (cortisol - o mais potente antiinflamatório endógeno que possuímos; hormônios sexuais e aldosterona).<br />A camada medular secreta adrenalina e noradrenalina (através da estimulação do sistema nervoso parassimpático).<br />Um tumor de supra-renal, na camada cortical é designado síndrome de Cushing (que causa diabetes e gordura localizada).<br />Se o tumor for na região medular (feocromocitoma), pode-se desenvolver excesso de secreção de catecolamina na corrente sanguínea, causando hipertensão arterial que não diminui com medicamentos. Para se detectar isso, faz-se a dosagem do metabólito da adrenalina na urina, que é o ácido vanil-mandélico, que nessas condições estará aumentado.<br /><br />Ureteres:<br />São dois túbulos que transportam a urina dos rins à bexiga.<br />São órgãos pouco calibrosos, com peristalse. Isso é útil na expulsão de cálculos até a bexiga e na condução da urina; é composto por musculatura lisa.<br />Pelve renal é a extremidade superior do ureter situada no hilo renal.<br />Percorre a parede posterior do abdome e penetra na cavidade pélvica, o óstio do ureter se situa no assoalho da bexiga urinária.<br />Passa junto à artéria uterina.<br />Em função do trajeto do ureter, ele pode ser dividido em duas partes: abdominal e pélvica.<br />Quando ele chega no osso pélvico, sobrepões os vasos ilíacos. É comum que quando uma mulher faz cirurgia de ligadura, o cirurgião pode cometer o erro de ligar o ureter, isso vai acarretar um edema, enchimento do rim correspondente a esse ureter, isso é chamado hidronefrose, e se não for tratado, pode acarretar em diminuição do fluxo sanguíneo nesse rim, podendo gerar hipertensão arterial e falta de escoamento adequado de urina naquele rim. Essa hidronefrose pode ser revertida se a obstrução for desfeita a tempo, se não, será preciso a retirada do rim para não ter esses efeitos. O outro rim passa a substituir o retirado, e o outro vai ser denominado vicariante (função admitida por um órgão duplo de substituir o seu complementar).<br /><br />Bexiga:<br />Órgão reservatório de urina, localizada dentro da cavidade pélvica, revestida superiormente pelo peritônio. Órgão muscular e elástico. Nos homens se situa anterior ao reto e nas mulheres, anterior à vagina.<br />No homem, a uretra passa dentro da próstata, por isso, quando há aumento da próstata, o paciente tem dificuldades em urinar.<br />Trígono vesical: triângulo formado por pregas na mucosa da bexiga, óstios ureterais (orifício através do qual a uretra se abre para o exterior, que fica entre o clitóris e a abertura vaginal) e o meato da uretra. Os dois ureteres desembocam no meato da uretra, neste ponto está localizado o esfíncter interno da uretra (controle involuntário), tem também o esfíncter externo (de controle voluntário).<br />Porções da uretra masculina: prostática, membranácea e esponjosa (ou peniana).<br />A uretra feminina não tem porções, por isso tem maior possibilidade de ter cistite.<br /><br />A bexiga é um órgão extra-peritoneal ocupa normalmente o oco pélvico, quando cheia, ela pode se situar mais acima, adentrando a cavidade abdominal. A mulher grávida vai ter uma capacidade menor da bexiga.<br />A uretra masculina é maior, e por isso a mulher tem mais chances de desenvolver uma infecção urinária (cistite). A uretra feminina mede de 2 a 3 cm, e a masculina tem 20 a 25 cm de comprimento. A bactéria causadora da infecção da via urinária baixa tem mais facilidades de acender na mulher.<br /><br />No exame de urografia excretora, se injeta contraste intravenoso, que vai percorrer toda circulação até chegar nos rins pela artéria renal, onde é filtrado e cai na bexiga. Ele pode demonstrar o funcionamento renal e o fluxo urinário.<br /><br />Uma das principais causas de tumores de bexiga é o tabaco, que chega até a bexiga através da fumaça que é absorvida pelos vasos sanguíneos, e chega até os rins pelas artérias renais.<br /><br />A bexiga e as vias urinárias são responsáveis pelo armazenamento e pelo transporte da urina para o exterior. A mucosa destas vias é formada por epitélio de transição apoiado sobre uma lâmina basal. As células mais superficiais do epitélio de transição se caracterizam por modificações que, quando a bexiga ou o ureter estão vazios, apresentam o aspecto globoso, quando as vias urinárias estão cheias,estas células passam a apresentar um aspecto mais achatado.<br /><br />FEOCROMOCITOMA: são <a title="Tumor" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tumor">tumores</a>, geralmente benignos, de <a title="Célula" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula">células</a> cromafins, formados por células produtoras de substâncias adrenégicas, como a <a title="Adrenalina" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Adrenalina">adrenalina</a>. Costumam se localizar nas <a title="Adrenal" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Adrenal">glândulas adrenais</a> ou suprarenais, mas podem ter outras localizações. Esse tipo de tumor raramente responde a quimioterapia ou radioterapia, necessitando de intervenção cirúrgica.<br />Os feocromocitomas são de difícil visualização, muitas vezes sendo necessária uma cintolografia com iodo radioativo, quando não são localizados através de tomografia ou ressonância magnética. Podem ter os mais variados graus de sintomas, sendo os mais intensos os das chamadas crises adrenérgicas. Neste caso, o portador apresenta crises súbitas de aceleração do <a title="Coração" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o">coração</a>, com grandes elevações de <a title="Pressão arterial" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_arterial">pressão arterial</a>, dor de cabeça e <a title="Sudorese" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sudorese">sudorese</a>.</div><div> </div></div></div></div>Escola de Medicinahttp://www.blogger.com/profile/13218104512011419392noreply@blogger.com2